Comentário de A.T Robertson: João 1:29-34
1:29 No dia seguinte (Gr.: tei epaurion). Caso locativo com hemerai (dia) entendido depois do advérbio epaurion. “O segundo dia do diário espiritual” (Bernard) de João 1:19.
Viu a Jesus vindo (Gr.: blepei ton Iesoun erchomenon). O presente dramático histórico indicativo (blepei) com o vívido particípio presente médio (Gr.: erchomenon). Figura gráfica.
Eis o Cordeiro de Deus (Gr.: ide ho amnos tou theou). Exclamação ide como idou, não verbo, e assim o nominativo amnos. Expressão comum em João (João 1:36; 3:26, etc.) Para “o Cordeiro de Deus” veja 1Cor 5:7 (cf. João 19:36) e 1Ped 1:19. A passagem em Isa 53:6. é diretamente aplicada a Cristo por Filipe em Atos 8:32. Veja também Mat 8:17; 1Ped 2:22.; Heb 9:28. Mas os Judeus não buscavam um Messias sofredor (João 12:34) nem mesmo os discípulos no início (Mar 9:32; Luc 24:21). Mas não era possível para João, o Precursor do Messias, ter uma perspicácia profética com respeito ao Messias como o Cordeiro Pascoal, já em Isa 53:1-12, mesmo que os rabinos não entendessem? Simão entendia obscuramente (Luc 2:35), mas João de maneira mais clara. Assim Westcott está correto. Bernard não está disposto a acreditar que João Batista tinha mais perspicácia sobre esse assunto do que o Judaísmo atual. Então, por que e como ele reconheceu Jesus como o Messias afinal de contas? Certamente, o Batista não tinha que ser tão ignorante como os rabinos.
Que tira o pecado do mundo (Gr.: ho airon ten hamartian tou kosmou). Note o singular hamartian não o plural hamartias (1Jo 3:5) onde o mesmo verbo airo, tirar, é usado. O trabalho futuro do Cordeiro de Deus é aqui descrito no tempo presente como em 1João 1:7 sobre o sangue de Cristo. Ele é o Cordeiro de Deus para o mundo, não apenas os Judeus.
1:30 De quem (Gr.: huper hou). Não peri, mas huper. “Em benefício de quem.” João aponta para Jesus como ele fala: “Esse é aquele.” Lá está ele. Veja João 1:15 para uma abordagem das palavras de João.
1:31 E eu não o conhecia (Gr.: kago ouk eidein auton). Repetido em João 1:33. Segundo passado perfeito de oida como imperfeito. Ele tinha predito e descrito o Messias antes de O encontrar e batizar. Veja os Sinóticos para essa história. Se João conhecia Jesus pessoalmente antes do batismo, nós não sabemos.
Mas para que ele devesse ser feito manifesto a Israel (all' hina phanerothei tōi Israel). A clausula final com hina e o primeiro aoristo passivo subjuntivo de phaneroo. O propósito do ministério de João era manifestar a Israel com seus privilégios espirituais (João 1:49) a presença do Messias. Portanto, ele estava batizando em água aqueles que confessavam seus pecados, ele quer dizer, como em Mar 1:5. O relato Sinótico é pressuposto o tempo todo aqui.
1:32 Deu testemunho (Gr.: emarturesen). Primeiro aoristo ativo indicaivo de martureo. Uma outra amostra do testemunho de João do Messias (João 1:7, 1:15, 1:19, 29, 35, 36).
Eu vi (Gr.: tetheamai). Indicativo médio perfeito de theaomai, o cumprimento da promessa do sinal (João 1:33) pelo qual ele deveria reconhecer o Messias. De fato, nós sabemos que Ele foi assim reconhecido como o Messias quando Ele se apresentou para o batismo antes do Espírito Santo descer (Mat 3:14.). Mas essa visão do Espírito descendo como uma pomba sobre Jesus em seu batismo (Mar 1:10; Mat 3:16; Luc 3:22) tornou-se prova permanente para ele. A alusão de João lembra o relato do Sinótico. Os Semitas consideravam a pomba como um símbolo do Espírito.
1:33 Ele disse (Gr.: ekeinos eipen). Pronome explícito e enfático como em João 1:8, se referindo a Deus como aquele que enviou João (João 1:6).
Com o Espírito Santo (Gr.: en pneumati hagioi). “No Espírito Santo.” Aqui, novamente, precisasse da ajuda dos Sinóticos para o contraste entre o batismo de João em água (Jo 1:26) e aquele do Messias no Espírito Santo (Mar 1:8; at 3:11; Luc 3:16).
1:34 Eu vi (Gr.: heoraka). Presente perfeito ativo de horao. João repete a afirmação de João 1:32 (Gr.: tetheamai).
Tenho testemunhado (Gr.: memartureka). Indicativo perfeito ativo de martureo, para esse verbo veja João 1:32.
Esse é o Filho de Deus (Gr.: ho huios tou theou). O Batista viu o Espírito vir sobre Jesus em Seu Batismo e, sem dúvida, ouviu a voz do Pai se referindo a Ele como “Meu Filho Amado” (Mar 1:11; Mat 3:17; Luc 3:22). Natanael o usa como um título Messiânico (Jo 1:49) assim também Marta (Jo 11:27). Os Sinóticos também o usam sobre Cristo (Mar 3:11; Mat 14:33; Luc 22:70). Caifás o emprega como um título Messiânico para Cristo (Mat 26:63) e Jesus confessou sob juramento que Ele era (Mat 26:64), aplicando assim o termo a Si mesmo como Ele faz no Evangelho de João (João 5:25; 10:36; 11:4) e, por implicação (o Pai, o Filho), em Mat 11: 27 (Luc 10:22). Daí também, nos Sinóticos, Jesus chama a Si mesmo de o Filho de Deus. A frase significa mais do que apenas o Messias e expressa a relação peculiar do Filho ao Pai (João 3:18; 5:25; 17:5; 19:7; 20:31) como a do Logos com Deus em João 1:1.
Viu a Jesus vindo (Gr.: blepei ton Iesoun erchomenon). O presente dramático histórico indicativo (blepei) com o vívido particípio presente médio (Gr.: erchomenon). Figura gráfica.
Eis o Cordeiro de Deus (Gr.: ide ho amnos tou theou). Exclamação ide como idou, não verbo, e assim o nominativo amnos. Expressão comum em João (João 1:36; 3:26, etc.) Para “o Cordeiro de Deus” veja 1Cor 5:7 (cf. João 19:36) e 1Ped 1:19. A passagem em Isa 53:6. é diretamente aplicada a Cristo por Filipe em Atos 8:32. Veja também Mat 8:17; 1Ped 2:22.; Heb 9:28. Mas os Judeus não buscavam um Messias sofredor (João 12:34) nem mesmo os discípulos no início (Mar 9:32; Luc 24:21). Mas não era possível para João, o Precursor do Messias, ter uma perspicácia profética com respeito ao Messias como o Cordeiro Pascoal, já em Isa 53:1-12, mesmo que os rabinos não entendessem? Simão entendia obscuramente (Luc 2:35), mas João de maneira mais clara. Assim Westcott está correto. Bernard não está disposto a acreditar que João Batista tinha mais perspicácia sobre esse assunto do que o Judaísmo atual. Então, por que e como ele reconheceu Jesus como o Messias afinal de contas? Certamente, o Batista não tinha que ser tão ignorante como os rabinos.
Que tira o pecado do mundo (Gr.: ho airon ten hamartian tou kosmou). Note o singular hamartian não o plural hamartias (1Jo 3:5) onde o mesmo verbo airo, tirar, é usado. O trabalho futuro do Cordeiro de Deus é aqui descrito no tempo presente como em 1João 1:7 sobre o sangue de Cristo. Ele é o Cordeiro de Deus para o mundo, não apenas os Judeus.
1:30 De quem (Gr.: huper hou). Não peri, mas huper. “Em benefício de quem.” João aponta para Jesus como ele fala: “Esse é aquele.” Lá está ele. Veja João 1:15 para uma abordagem das palavras de João.
1:31 E eu não o conhecia (Gr.: kago ouk eidein auton). Repetido em João 1:33. Segundo passado perfeito de oida como imperfeito. Ele tinha predito e descrito o Messias antes de O encontrar e batizar. Veja os Sinóticos para essa história. Se João conhecia Jesus pessoalmente antes do batismo, nós não sabemos.
Mas para que ele devesse ser feito manifesto a Israel (all' hina phanerothei tōi Israel). A clausula final com hina e o primeiro aoristo passivo subjuntivo de phaneroo. O propósito do ministério de João era manifestar a Israel com seus privilégios espirituais (João 1:49) a presença do Messias. Portanto, ele estava batizando em água aqueles que confessavam seus pecados, ele quer dizer, como em Mar 1:5. O relato Sinótico é pressuposto o tempo todo aqui.
1:32 Deu testemunho (Gr.: emarturesen). Primeiro aoristo ativo indicaivo de martureo. Uma outra amostra do testemunho de João do Messias (João 1:7, 1:15, 1:19, 29, 35, 36).
Eu vi (Gr.: tetheamai). Indicativo médio perfeito de theaomai, o cumprimento da promessa do sinal (João 1:33) pelo qual ele deveria reconhecer o Messias. De fato, nós sabemos que Ele foi assim reconhecido como o Messias quando Ele se apresentou para o batismo antes do Espírito Santo descer (Mat 3:14.). Mas essa visão do Espírito descendo como uma pomba sobre Jesus em seu batismo (Mar 1:10; Mat 3:16; Luc 3:22) tornou-se prova permanente para ele. A alusão de João lembra o relato do Sinótico. Os Semitas consideravam a pomba como um símbolo do Espírito.
1:33 Ele disse (Gr.: ekeinos eipen). Pronome explícito e enfático como em João 1:8, se referindo a Deus como aquele que enviou João (João 1:6).
Com o Espírito Santo (Gr.: en pneumati hagioi). “No Espírito Santo.” Aqui, novamente, precisasse da ajuda dos Sinóticos para o contraste entre o batismo de João em água (Jo 1:26) e aquele do Messias no Espírito Santo (Mar 1:8; at 3:11; Luc 3:16).
1:34 Eu vi (Gr.: heoraka). Presente perfeito ativo de horao. João repete a afirmação de João 1:32 (Gr.: tetheamai).
Tenho testemunhado (Gr.: memartureka). Indicativo perfeito ativo de martureo, para esse verbo veja João 1:32.
Esse é o Filho de Deus (Gr.: ho huios tou theou). O Batista viu o Espírito vir sobre Jesus em Seu Batismo e, sem dúvida, ouviu a voz do Pai se referindo a Ele como “Meu Filho Amado” (Mar 1:11; Mat 3:17; Luc 3:22). Natanael o usa como um título Messiânico (Jo 1:49) assim também Marta (Jo 11:27). Os Sinóticos também o usam sobre Cristo (Mar 3:11; Mat 14:33; Luc 22:70). Caifás o emprega como um título Messiânico para Cristo (Mat 26:63) e Jesus confessou sob juramento que Ele era (Mat 26:64), aplicando assim o termo a Si mesmo como Ele faz no Evangelho de João (João 5:25; 10:36; 11:4) e, por implicação (o Pai, o Filho), em Mat 11: 27 (Luc 10:22). Daí também, nos Sinóticos, Jesus chama a Si mesmo de o Filho de Deus. A frase significa mais do que apenas o Messias e expressa a relação peculiar do Filho ao Pai (João 3:18; 5:25; 17:5; 19:7; 20:31) como a do Logos com Deus em João 1:1.
Fonte: The Robertson's Word Pictures of the New Testament de Archibald Thomas Robertson. Copyright © Broadman Press 1932,33, Renewal 1960. Todos os direitos reservados. (Southern Baptist Sunday School Board)