Apocalipse 9 — Estudo Devocional
Apocalipse 9 — Estudo Devocional
Apocalipse 9
9.1-12 A estrela abriu o poço do abismo. Uma tragédia anunciada através do lamento da águia
(Ap 8.13), o primeiro ai fala de um sofrimento terrível causado por um
imenso exército de seres descritos como gafanhotos, criaturas
que simbolizam os poderes demoníacos que atormentam aqueles que não têm a
marca do sinete de Deus em suas testas (v. 4). Observemos que a terra não
é afetada (v. 4) e eles não têm o poder último da morte (v. 5), mas sim de
produzir dor! O mais notável neste texto é que os que caminham com Deus
estão protegidos. Os cristãos não são isentos de qualquer dor e
sofrimento, mas também percebem a dor de uma forma distinta, e mesmo
através dela podem receber bênçãos de Deus. Veja o “espinho na carne”
(2Co 12.1-10) e o quadro “O sofrimento na vida de fé” (Rm 5).
9.13-31 o sexto anjo tocou a sua trombeta. O terror se incrementa e a destruição é grande. A
praga da sexta trombeta é semelhante à da quinta, só que agora
provoca a morte. O objetivo de todas estas calamidades é um
forte chamado para que os humanos deixem de praticar o mal (vs.
20-21). Porém, mesmo diante de tantas evidências do poder de Deus, de
tanta dor e sofrimento causados, as pessoas não mudam de opinião e
continuam longe da graça que os salvaria. Sua maldade aparece não somente na
feitiçaria, mas também em sua imoralidade (v. 21). O texto deixa
transparecer a ideia de que bastaria que estas pessoas reconhecessem a
soberania de Deus e adotassem os seus princípios de vida, e todo o terror
e sofrimento se estancariam imediatamente. Mas o que se passa
nesta cena apocalíptica é uma prefiguração de nosso cotidiano, em que
as pessoas enfrentam terríveis sofrimentos por se distanciarem dos
caminhos de Deus: solidão, rancores que se arrastam por anos; culpa; depressões;
compulsões em geral (álcool, drogas, sexo, jogo); busca obsessiva
por dinheiro e conforto, mas não reconhecem a Deus!
O arrependimento
O arrependimento é o
caminho de retorno, de volta e saída do caminho do erro, enquanto que o caminho
diabólico é uma ida ao erro sem volta. E o erro — o pecado — é a incredulidade,
o não crermos em Deus. Somos por ele chamados ao arrependimento, a voltar
para Deus através de crer em Jesus, e a negativa a esse chamado abre o
espaço para o mortífero. Nas cartas às sete igrejas (Ap 2;3) o chamado ao
arrependimento acontece várias vezes, tanto à igreja inteira, quanto a
determinados indivíduos ou grupos. Às pessoas de fora da Igreja,
as destruições, sofrimentos e castigos provocados pelo modo de vida
egoísta são também um impacto que visa provocar o arrependimento, mesmo
que não seja correspondido (Ap 9.20-21).
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