Apocalipse 22 — Estudo Devocional

Apocalipse 22

22.1-2 o rio da água da vida. Este rio absolutamente puro sugere o Espírito Santo, e as folhas da árvore da vida simbolizam o poder curador de Deus; esta é uma espécie de recriação do jardim do Éden, representando a cura e restauração após o triste episódio do pecado humano. Ao mesmo tempo, esse esforço de cura também dignifica os esforços terapêuticos humanos pela promoção da saúde.

22.3 O trono de Deus e do Cordeiro estará na cidade, e os seus servos o adorarão. A autoridade suprema de Deus e Jesus recebendo a merecida adoração de seus servos.

22.6 Essas palavras são verdadeiras. Confirmando mais uma vez a autoridade deste livro, que não deve ficar escondido em prateleiras, mas é para ser lido e divulgado.

22.7 Eu venho logo! Felizes os que obedecem. Numa época em que a busca da felicidade é muitas vezes distorcida em busca de riqueza, o Apocalipse coloca tudo no seu devido lugar. Jesus vai voltar: esse é o critério para orientar a vida humana na terra. Felizes são os que viverem de acordo com essa verdade, que por agora muitas vezes significará que serão pobres, que serão humildes, que chorarão e sofrerão injustiças (Mt 5). Estamos no mundo, mas não existimos para as coisas de agora. Estamos sendo preparados para a eternidade e, sendo assim, o Senhor tem cultivado pérolas em nós: a pérola do seu amor, da bondade, da mansidão, do domínio próprio, da alegria, da paz interior, da confiança, da perseverança. Ainda acrescenta a sabedoria, o discernimento, o desenvolvimento em todas as áreas da vida. Esse é o trabalho que o Espírito Santo faz na nossa vida, tornando-nos especiais para Deus.

22.9 Não faça isso!... Adore a Deus! Como somos abençoados nesta revelação presenciada pelo apóstolo João, pois somos convidados por ele a participarmos como “humanos”, estarrecidos face à majestade, à grandeza e ao mistério de nosso Deus e de, portanto, sermos vulneráveis a tudo o que humanamente se pode sentir em tal situação. Parece que nos é humanamente difícil não intermediarmos a nossa relação com o nosso grandioso Pai e, assim, sem que percebamos, tendemos a eleger “mediadores” a quem adoramos. Tal qual o fez João ante a presença do anjo, poderemos nos perguntar aqui: quem serão nossos atuais mediadores? Serão pastores? Ou talvez grandes pregadores? Ou grandes escritores, ou comentaristas bíblicos? Ou teólogos? Ou psicólogos? E cada um pode se autoexaminar e talvez descubra vários mediadores, frente aos quais nos prostramos, mas também de quem exigiremos em contrapartida uma conduta “santa, boa, imaculada e perfeita”, sendo que ninguém é bom senão Deus (Mc 10.18). Sendo assim, somente Deus merece adoração. Portanto, talvez devamos aceitar, de uma forma mais realista e humana, como o fez Jesus, que as pessoas a quem muito admiramos são nossos “conservos”, sujeitos às mesmas imperfeições que nós.

22.10 Não faça segredo. Novamente o anjo pede urgência na divulgação desta revelação. Ao mesmo tempo, a vida humana nesta sociedade continuará tal qual vem sendo, até o dia final, tal como foi com Noé e o dilúvio.

22.12 Eu venho logo! A advertência (Escutem!) chama a atenção para a importância do que está sendo dito. Jesus vai voltar, e isso não pode mais ser ignorado: é o Senhor por quem tudo começou e por quem tudo findará que está falando isso. Vou trazer comigo as minhas recompensas. Haverá um julgamento sobre os que não creram em Cristo, assim como há livramento e salvação completa para os que foram salvos pelo sangue do Cordeiro. Aos que creem, o céu nos espera, a eternidade com Deus, onde veremos sua face. Desde já aprendemos de Jesus a ser a Igreja que devemos ser, e na sua vinda as boas ações também serão contempladas e recompensadas.

22.14-15 Felizes as pessoas que lavam as suas roupas. A felicidade de quem pratica os ensinos revelados neste livro, representados pela pureza das vestiduras, com liberdade para comer da fruta da vida e ter acesso aos portões da Jerusalém Celestial. Mas fora da cidade estão os que cometem pecados nojentos. A salvação não será universalmente cega, mas contemplará o sacrifício de Jesus, o Cordeiro que foi morto — por meio dele chegamos à presença gloriosa do Pai; quem nele crê será libertado do terrível e mortal pecado. Quem não creu continuará nos seus pecados até o final. Haverá uma seleção física, como faz o pastor que separa ovelhas das cabras (Mt 25.32-33). Veja as notas sobre Mt 24 e o quadro “Os pecados e a salvação em jesus” (Jo 3).

22.18-19 Eu, João, aviso solenemente. A última advertência de João ressalta a seriedade do conteúdo deste livro, e pode perfeitamente ser estendida a toda a Bíblia, que o Apocalipse conclui. Não cabe mais acrescentar nada e também não se deve retirar nada da Palavra de Deus.

22.17-21 que a graça do Senhor Jesus esteja com todos. Como é encantador acompanharmos as últimas linhas do último livro da Bíblia e nela nos depararmos, mais uma vez com a maravilhosa e transformadora graça de nosso Deus. E assim que se encerra esse precioso texto. Que amor misterioso é esse? O que fizemos para sermos merecedores? Sabemos que entre os homens ocorrem trocas afetivas sempre na base da contrapartida: para “o amor doado” há, invariavelmente, a expectativa do “amor por receber”, criando-se assim um ciclo meritório para o ser amado. Contudo, ao fechar o texto final do livro que será o grande manual do amor de Deus, temos uma notícia de “última hora”: venham, venham todos, pois O Espírito e a Noiva dizem: 'Venha!' Aquele que ouve diga: 'Venha!' Aquele que tem sede venha. E quem quiser receba de graça a água da vida. (v. 1 7). A salvação e todo o conforto espiritual são oferecidos por Jesus de modo espontâneo e gratuito, sem necessidade alguma de qualquer mérito humano. E é esse o mistério maior do amor de nosso Deus: ele nos ama a despeito de nossos acertos e erros; quebra-se, assim o ciclo dos “amados por merecimento”. Fomos amorosa e graciosamente lavados no “sangue do Cordeiro” e a partir desse momento, poderemos, se assim o desejarmos, ter o direito à árvore da vida (v. 14b) e ao maravilhoso brilho de nosso Deus, num lugar em que não se precisará de luz artificial “pois o Senhor Deus brilhará sobre eles. E reinarão para todo o sempre”, (v. 5). E nesse Reino de Justiça e Luz poderemos experimentar a grande transformação de nossos corações e mentes. Somente um Deus apaixonado por seus filhos seria capaz de criar um plano assim!

22.20 Vem, Senhor Jesus! Esse chamado (“Maranata”, na língua original) expressa o profundo desejo dos cristãos redimidos. Veja o quadro “A alma do Apocalipse” (Ap 1).

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