João 12 — Exposição do Evangelho de João

João 12

12.3 MARIA... UNGIU OS PÉS DE JESUS. O ato de Maria ungir os pés de Jesus foi um grande sacrifício, pois o seu unguento ou perfume era muito caro. Ela sabia que dentro em breve terminaria a sua oportunidade de expressar devoção a Jesus; então, aproveitou a oportunidade que teve. Sua fé no Senhor e sua devoção a Ele oferecem o melhor exemplo do que Deus deseja da parte dos crentes. Foi por isso que Jesus declarou que aquele gesto de amor seria mencionado onde quer que o evangelho fosse pregado (ver Mt 26.13 nota).

12.23 O FILHO DO HOMEM... GLORIFICADO. Jesus fala da sua morte na cruz em termos de glorificação e não de tragédia. Diz aos discípulos que o caminho da frutificação passa pelo sofrimento e morte (v. 24).

12.25 QUEM, NESTE MUNDO, ABORRECE A SUA VIDA. Aborrecer a própria vida, aqui, significa a atitude de valorizar os interesses celestiais e espirituais muito acima dos desta terra. Os seguidores de Cristo dão pouca importância aos prazeres, filosofias, sucessos, valores, alvos ou métodos do mundo. Os tais obterão a “vida eterna”, pois não existe nada tão precioso neste mundo que eles não deixem por amor ao Senhor (Mt 16.24,25; Mc 8.34,35).

12.26 SE ALGUÉM ME SERVE. A fé em Jesus envolve um compromisso pessoal de segui-lo, guardar os seus ensinos e estar onde Ele estiver. Seguir a Cristo inclui o negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz (ver Mc 8.34, nota sobre o significado de tomar nossa cruz).

12.31 SERÁ EXPULSO O PRÍNCIPE DESTE MUNDO. A palavra “expulso” refere-se ao fato de que, por meio da morte e da ressurreição de Cristo, Satanás foi vencido e tudo que lhe diz respeito. Sua derrota final ocorrerá quando ele for lançado para sempre no lago de fogo (Ap 20.10). Neste tempo presente, Satanás ainda está ativo, e atualmente é o governante ou “príncipe deste mundo” (João 14.30; 16.11; 2 Co 4.4; cf. Ef 2.2). Este fato revela seu poder e autoridade aqui no mundo. Ele usa as coisas do mundo contra Cristo e a igreja. É por isso que somos ensinados que “a amizade do mundo é inimizade contra Deus” (Tg 4.4; ver também 1 Jo 2.15,16).

12.32 TODOS ATRAIREI A MIM. A graça de Deus não é exclusivista, i.e., como se fosse para algumas pessoas e outras não. Alguns, no entanto, por causa do seu amor ao pecado, anulam a graça de Deus com próprias decisões e ações (ver Mt 23.37).

12.39 NÃO PODIAM CRER. Aqueles homens não podiam crer, porque suas decisões no tocante a Jesus produziram o seu endurecimento da parte de Deus. O evangelho nunca deixa inalterada a pessoa que se recusa a ouvir, arrepender-se e crer. O apóstolo Paulo diz que Israel foi afastado (“quebrado”) por causa da sua incredulidade (Rm 11.20; cf. Sl 95.8; Hb 3.8). Mesmo assim, o endurecimento não foi permanente para cada indivíduo naquela nação. Todo aquele que cria, recebia a vida eterna (vv. 44-50). Na realidade, muitos em Israel chegaram a crer depois do Pentecoste (At 2.41).

12.43 AMAVAM MAIS A GLÓRIA DOS HOMENS. Muita gente, para agradar o próximo e ter sua aprovação, sacrifica sua fé, suas convicções e age contrariamente à sua consciência. Os tais estão prontos para juntar-se à maioria (cf. Dn 11.32,34) e ficar ao lado da opinião dos grandes ou das massas. Como pode o crente obter vitória sobre o receio dos homens e o desejo de reconhecimento da parte deles? É pela nossa fé (1 Jo 5.4); a fé que vê a Deus, a Cristo, o céu, o inferno, o juízo e a eternidade, como realidades básicas (Ef 3.16-19; Rm 1.20; Hb 11). Professar o cristianismo e, ao mesmo tempo, amar a glória dos homens mais do que a glória de Deus, é flagrante hipocrisia.

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