João 7 — Exposição do Evangelho de João
Exposição do Evangelho de João
João 7
7.2 FESTA DOS
TABERNÁCULOS. A “Festa dos Tabernáculos”
comemorava as jornadas de Israel depois do Êxodo, i.e., sua peregrinação no
deserto, morando em tabernáculos (ou tendas), sob os cuidados de Deus (ver Lv
23.34-43 nota; Zc 14.16-19).
7.7 O MUNDO
ODEIA A CRISTO. Jesus era odiado pelo
mundo porque Ele proclamava que todos que estão separados de Deus são decaídos,
pecadores e egoístas por natureza (cf. João 2.14-16; 3.19,20; 5.30-47). No decurso de todo
o seu ministério, Jesus denunciou expressamente a injustiça, a crueldade e a
imoralidade dos homens. Esse testemunho constante e direto de Cristo no tocante
à pecaminosidade humana, contradiz os pregadores farisaicos, que pregam um “evangelho
positivo”, i.e., destituído da exigência bíblica do arrependimento e da retidão
de vida.
7.17 SE ALGUÉM
QUISER FAZER A VONTADE DE DEUS. Jesus
declara que a verdadeira fé salvífica e o conhecimento experimental dos seus ensinos
requerem um desejo sincero de a pessoa fazer a vontade de Deus. Crer é estar
decidido a obedecer (ver o estudo FÉ E GRAÇA)
7.18 BUSCA A
SUA PRÓPRIA GLÓRIA. Jesus ressalta
um critério da máxima importância para testar se um pregador é ou não um homem de
Deus: ele busca a sua própria glória ou o progresso da causa do Senhor? Ao
avaliar um pastor, note se sua pregação engrandece a ele mesmo ou a Cristo.
7.38 RIOS DE
ÁGUA VIVA. Quando o crente recebe o
dom do Espírito Santo, passa a ter uma vida transbordante no Espírito. A
seguir, essas “águas vivas correrão” para os outros com a mensagem sanadora de
Cristo (João 10.10; 14.12; 15.5; ver também Sl 46.4; Is 32.15; 44.3; 58.11; Jr
31.12; Ez 47.1-12; Jl 3.18; Zc 14.8).
7.38 COMO DIZ A
ESCRITURA. Jesus citava a Escritura
para ratificar o que dizia, porque a Sagrada Escritura é a própria Palavra do
seu Pai e, portanto, a autoridade suprema da sua vida. A Escritura é, também, a
única autoridade suprema do cristão. Somente Deus tem o direito de determinar a
regra de fé do homem e seus padrões de conduta, e quis exercer essa autoridade
revelando ao homem sua verdade num livro chamado Bíblia. A Bíblia, por ser a
Palavra e a mensagem de Deus, exerce a mesma autoridade que o próprio Deus
exerceria se fosse falar-nos diretamente (ver o estudo A INSPIRAÇÃO E A
AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). (1) A Escritura divinamente inspirada é a
autoridade final do crente. Ideias humanas, tradições eclesiásticas ou humanas,
profecias na igreja e supostas novas revelações ou doutrinas, tudo deve ser
testado pelo padrão das Sagradas Escrituras. Tudo isso jamais terá autoridade
em si, acima das Escrituras ou coexistente com elas (cf. Mc 7.13; Cl 2.8; 1 Pe
1.18,19; Is 8.20). (2) Professar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade
além de Deus (como revelado em Cristo) e da sua Palavra inspirada é afastar-se
da fé cristã e do senhorio de Cristo. Afirmar que qualquer pessoa, instituição,
credo ou igreja possui autoridade religiosa igual à revelação inspirada de
Deus, ou maior do que ela, equivale a idolatria. Se, portanto, alguém não
submete suas crenças e sua doutrina à autoridade da revelação apostólica do NT,
coloca-se fora do cristianismo bíblico e da salvação em Cristo
7.39 JESUS
AINDA NÃO TER SIDO GLORIFICADO.
Trata-se de uma referência à glória de Cristo na cruz (ver 12.23,24). O
Espírito não pode ser concedido na sua plenitude, enquanto o caso do pecado não
for resolvido. O termo “Espírito”, aqui, diz respeito à totalidade da obra do
Espírito Santo no crente, tanto a regeneração (20.22) como o batismo no
Espírito (At 2.4).