João 3 — Exposição do Evangelho de João

João 3

3.3 NASCER DE NOVO. Para um exame da doutrina bíblica da regeneração (nascer de novo), ver o estudo A REGENERAÇÃO.

3.5 NASCER DA ÁGUA. Jesus certamente se referia à obra purificadora do Espírito Santo no novo nascimento. Em Tt 3.5, Paulo fala da “lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo”.

3.8 O VENTO... DO ESPÍRITO. Assim como o vento, embora invisível, é identificado por sua atividade e pelo seu sonido, assim também o Espírito Santo é observado pela sua atividade sobre os nascidos de novo e pelo seu efeito sobre eles.

3.16 DEUS AMOU O MUNDO DE TAL MANEIRA. João 3.16 revela o coração e o propósito de Deus para com a humanidade. (1) O amor de Deus é suficientemente imenso para abranger todos os homens, i.e., “o mundo” (cf. 1 Tm 2.4). (2) Deus “deu” seu Filho como oferenda na cruz por nossos pecados. A expiação procede do coração amoroso de Deus. Não foi algo que Ele foi obrigado a fazer (1 Jo 4.10; Rm 8.32). (3) Crer (gr. pisteuo) inclui três elementos principais: (a) plena convicção de que Cristo é o Filho de Deus e o único Salvador do perdido pecador; (b) comunhão com Cristo pela nossa auto-submissão, dedicação e obediência a Ele (cf. João 15.1-10; ver 14.21 nota; Jo 15.4 nota); (c) plena confiança em Cristo de que Ele é capaz e também quer conduzir o crente à salvação final e à comunhão com Deus no céu (ver o estudo FÉ e GRAÇA, p. 1704). (4) “Perecer” é a quase sempre esquecida palavra em 3.16. Ela não se refere à morte física, mas à pavorosa realidade do castigo eterno no inferno (Mt 10.28 nota). (5) “Vida eterna” é a dádiva que Deus outorga ao homem quando este nasce de novo (ver o estudo A REGENERAÇÃO). “Eterna” expressa não somente a perpetuidade da nova vida, mas também a qualidade desta vida, como a de Deus; uma vida que liberta o homem do poder do pecado e de Satanás, e que o afasta daquilo que é puramente terreno para que ele conheça a Deus (cf. João 8.34-36; ver 17.3 nota)

3.19 AMARAM MAIS AS TREVAS DO QUE A LUZ. Uma característica fundamental dos ímpios é que eles amam às trevas, i.e., seu prazer está no pecado e na imoralidade (Rm 1.18-32; 2 Tm 3.2-5; Fp 3.19; 2 Pe 2.12-15). O cristão verdadeiro, ao contrário, ama a justiça e aborrece a iniquidade (Hb 1.9), e se entristece quando prevalecem as ações perversas dos ímpios (1 Co 13.6). Não tem prazer nos passatempos sensuais, nem na prática da conduta pecaminosa, tão abertamente manifesta na sociedade atual (Sl 97.10; Pv 8.13; Rm 12.9; ver 2 Pe 2.8 nota; Ap 2.6 nota).

3.34 NÃO LHE DÁ DEUS O ESPÍRITO POR MEDIDA. Ver Mt 3.16 e Lc 3.22, notas sobre a unção de Jesus com o Espírito Santo; ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO.

3.36 AQUELE QUE NÃO CRÊ. A palavra grega traduzida por “não crê” é apeitheo e significa “desobedecer” ou “não se sujeitar a”; é contrastada com “aquele que crê” (gr. pisteuo) no começo do versículo. Para João, incredulidade significa “não obedecer ao Filho”. A fé e a obediência são duas palavras cujas ideias são frequentemente intercambiáveis (comparar Rm 1.8 com 16.19; 1 Ts 1.8; ver também Rm 15.18). O evangelho chega até nós como uma dádiva gratuita (Rm 5.15,16; 6.23), mas uma vez aceito, não nos deixa livres para fazermos aquilo que queremos. Ele requer que entremos no caminho da salvação ordenado por Deus e que nos sujeitemos à justica de Deus (Rm 10.3, ver 1.5 nota; ver o estudo FÉ E GRAÇA)

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