Apocalipse 6 — Exposição de Apocalipse

Exposição de Apocalipse 6





Apocalipse 6

6.1 HAVENDO O CORDEIRO ABERTO UM DOS SELOS. O próprio Jesus Cristo (i.e., o Cordeiro) rompe todos os selos que desvendam os julgamentos devastadores de Deus contra o mundo (vv. 1,3,5,7,9,12). Isso indica que os julgamentos são divinos na sua origem, pois foram entregues às mãos de Cristo (5.1,7; cf. Jo 5.22). Por todo o livro de Apocalipse, os julgamentos sob a forma de pragas são chamados “a ira de Deus” (vv.16,17; Ap  11.18; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19; 19.15).
6.1 ABERTO UM DOS SELOS. Alguns intérpretes entendem que o rompimento do primeiro selo é o início da tribulação de sete anos, i.e., o tempo futuro de sofrimento e juízos sem precedentes que antecedem a segunda vinda de Cristo à terra (ver Dn 9.27; cf. Jr 30.7; Dn 12.1; Ap 6.17; 7.14; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). Outros creem que os selos descrevem os últimos três anos e meio da tribulação, frequentemente chamada “a grande tribulação”. Ainda outros consideram que são o começo do julgamento divino, perto do fim da presente era. Os julgamentos divinos ocorrem em séries sucessivas. A primeira série é a dos sete selos (cap. 6); a segunda é a das sete trombetas (Ap 8; 9; 11.15-19); e a terceira, as “sete taças da ira de Deus” (Ap  16; ver Ap 8.1 nota)
6.2 UM CAVALO BRANCO. Quatro cavaleiros se apresentam quando os quatro primeiros selos são abertos (cf. Zc 1.8-17; 6.1-8); representam o julgamento divino contra o sistema mundial corrupto e maligno e contra os ímpios. Muitos intérpretes bíblicos creem que o cavaleiro do cavalo branco é o anticristo (1 Jo 2.18), o futuro dominador mundial, que deve iniciar suas atividades no início dos últimos sete anos (ver o estudo O PERÍODO DO ANTICRISTO). Deus permite que ele engane todos que se opõem a Cristo. Sua conquista inicial realiza-se sem guerra aberta, pois a paz só é tirada da terra a partir dos tempos do segundo cavaleiro (v. 4; cf. 1 Ts 5.3; Dn 9.26,27). Por outro lado, todos os demais cavaleiros são personificações, de modo que aquele que estava assentado no cavalo branco pode simbolizar a conquista ou um espírito poderoso da parte de Satanás, a ser solto nos tempos do fim6.4 OUTRO CAVALO, VERMELHO. O cavalo vermelho e seu cavaleiro representam a guerra e a morte violentas, que Deus permitirá quando trouxer sua ira contra o mundo (cf. Zc 1.8; 6.2). A tribulação será um período de violência, morte e guerra.
6.5,6 UM CAVALO PRETO. O cavalo preto com seu cavaleiro simboliza uma grande fome (cf. Jr 4.26-28; Lm 4.8,9; 5.10). Haverá escassez de produtos básicos de sobrevivência, e a carestia será grande; a fome se alastará por todo o mundo. O “azeite e o vinho” referem-se à oliveira e à videira, que não sofrem tanto na seca quanto os cereais. Embora tenha havido fome durante a época da igreja (Mt 24.7), esse trecho alude a uma fome específica durante a tribulação.
6.8 UM CAVALO AMARELO. O cavalo amarelo, ou pálido, e seu cavaleiro que se chama Morte, simbolizam uma escalada terrível da guerra, da fome, da morte, das pragas, das enfermidades e das feras perigosas. Esse julgamento será tão terrível que uma quarta parte da raça humana será morta.
6.9 MORTOS POR AMOR DA PALAVRA DE DEUS. Quando é aberto o quinto selo, João vê o que está acontecendo no céu. Os “mortos por amor da palavra de Deus” são os que foram martirizados por sua fé em Cristo e pela verdade da sua Palavra. (1) A eles foi dito que tivessem paciência, porque muitos outros ainda morreriam pela sua fé em Cristo (cf. Ap 7.13,14; 13.15; 18.24; 20.4). (2) O período da tribulação será um tempo terrível de perseguição para quem crer no evangelho e permanecer fiel a Deus e sua Palavra (ver Ap 3.10 nota; Ap 7.9 nota; Ap 14.6 nota). Talvez os mártires do passado estejam incluídos entre os que estão “debaixo do altar”.
6.10 NÃO JULGAS E VINGAS O NOSSO SANGUE. Os que estão no céu oram para que os ímpios que rejeitaram a Deus e mataram os seus seguidores recebam a justiça divina. Há momentos em que Deus leva o seu povo a orar para que a justiça prevaleça, o mal seja destruído e Cristo seja exaltado acima de todos aqueles que se opõem a Ele. Esta oração não pede vingança pessoal, pois provém do zelo por Deus e pela retidão e da preocupação com os sofrimentos do seu povo.
6.12 UM GRANDE TREMOR DE TERRA. Os juízos catastróficos de Deus, descritos aqui, abrangem tremores físicos no mundo, comoções cósmicas, densas trevas e terror para os habitantes da terra (vv. 15-17; cf. Is 34.4; Jl 2.30,31; Ag 2.6; Mt 24.29). Isso ainda não é o fim da tribulação. Vem a seguir o sétimo selo (Ap  8).
6.16 CAÍ SOBRE NÓS. Todos os que não forem arrebatados da terra para encontrar o Senhor nos ares (1 Ts 4.17) experimentarão pavor e desespero ao procurarem fugir para esconder-se.
6.16 IRA DO CORDEIRO. A ira do Cordeiro descrita nos capítulos 6-19 deve alertar todos os leitores quanto à medida do ódio de Deus contra o pecado, a imoralidade e a iniquidade impenitente. É o mesmo que a ira de Deus (cf. Ap 15.7; ver Rm 1.18 nota; Hb 1.9 nota). Os fiéis da igreja de Cristo não estão destinados à ira de Deus (1 Ts 5.9), pois Jesus prometeu que virá para livrá-los da ira vindoura (ver 3.10 nota; 1 Ts 1.10 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA)

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