Interpretação de 1 Coríntios 16
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1 Coríntios 16
V. A Conclusão: Assuntos Práticos e
Pessoais. 16:1-24.
A. A Coleta para os Pobres. 16:1-4.
O último capítulo
da carta trata de assuntos práticos e pessoais, dos quais o primeiro é a coleta
para os pobres em Jerusalém. O capítulo apresenta uma ilustração da operação
externa da grande realidade espiritual afirmada em 1:9 – isto é, que os crentes
são “chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor” (cons.
15:58).
1. Quanto introduz o assunto, dando a entender que
foi mencionado na carta dos coríntios a Paulo.
2. No primeiro
dia da semana, ou no domingo,
era o dia em que os crentes se reuniam para prestar culto. Esta é a más antiga
menção do fato (cons. Atos 20:7). A contribuição tinha de ser sistemática. Conforme
a sua prosperidade estabelece a medida da contribuição no N.T. (cons. Atos
11:29). De parte é provavelmente urna referência ao lar; a contribuição
tinha de ser particular. Paulo desejava que esta coleta fosse levantada antes
de sua chegada, para que não houvesse nenhuma pressão (cons. lI Co. 9:5). Este
sistema revolucionaria os costumes da igreja atual!
3,4. O cuidado que Paulo tomava em questões de
dinheiro é de se notar. Ele nunca pedia dinheiro para si mesmo e até não
gostava de lidar com o dinheiro dos outros se houvesse a menor possibilidade de
dúvidas a respeito. Se convier, provavelmente significa, “Se for
suficientemente grande para que valha a pena que eu abandone outro trabalho e
vá com a oferta” (cons. Rm. 15:25).
B. A Planejada Visita de Paulo. 16:5-9.
O apóstolo
desejava passar algum tempo entre os coríntios. Por isso planejou passar pela
Macedônia primeiro, em vez de ir diretamente a Corinto. Foi uma mudança de
planos, pelo que foi mais tarde criticado por alguns na igreja (cons. II Co.
1:15-17).
5,6. Para que me
encaminheis nas viagens que eu tenha de fazer não envolve nenhuma ajuda financeira (cons. 9:15).
7. Se o Senhor o
permitir. O apóstolo
reconhece uma vontade acima da sua. Ele não se apegava às rédeas de sua vida.
8,9. Porta. Figurativo de uma oportunidade (cons. lI
Co. 2:12; Cl. 4:3). Muitos adversários podia ser o motivo de Paulo
permanecer em Éfeso (cons. 15:32; Atos 19:1-41).
C. Recomendações,
Exortações, Saudações e a Bênção. 16:10-24.
Sua planejada
visita fê-lo lembrar-se de dois cooperadores seus no ministério em Corinto –
Timóteo e Apolo.
10,11. Se Timóteo
for dá a entender possíveis dificuldades
(cons. 4:17; Atos 19:22). Timóteo era jovem e ao que parece um tanto tímido (I
Tm. 4:12; 5:21-23; II Tm. 1:6-8; 2:1, 3, 15; 4:1,2), mas era um obreiro
dedicado. É difícil imaginar um elogio maior do que este, trabalha na obra
do Senhor, conto também eu.
12. Embora Paulo pudesse ter motivos para invejar
Apolo (cons. 1:12), ele não tinha ciúmes do atraente e talentoso alexandrino.
Como também não exercia autoridade sobre ele, pois embora Paulo desejasse muito
que fosse com os irmãos, Apolo achou que não era a hora e não o fez.
Vontade refere-se a Apolo.
13. Aqui começa uma série de exortações à
igreja. As quatro primeiras palavras são palavras militares; na verdade, portai-vos
varonilmente lembra o grito de guerra dos filisteus (cons. I Sm. 4:9). Cada
um dos imperativos deste versículo e um do seguinte estão no tempo presente,
expressando ações que devem ser contínuas.
15,16. A família
de Estéfanas (cons. 1:16). Que
é cooperador e obreiro (lit., que se tem designado) refere-se à “uma
obrigação assumida de vontade própria” (ICC, pág. 395).
17,18. Estéfanas,
Fortunato e Acaico eram
provavelmente os portadores da carta dos coríntios a Paulo (cons. 7:1). Ao
meu espírito e ao vosso refere-se ao ânimo de Paulo e deles, que seria
revigorado quando ouvissem o relatório dos seus representantes sobre a sua volta
e quando lessem a carta.
19-24. Saudações finais, admoestações e a
bênção. Áqüila e Priscila, tanto em Roma (Rm. 16:3-5) como em Éfeso,
mantinham reuniões dos santos em sua casa.
20. O ósculo
santo (cons. Rm. 16:16; I Ts. 5:26; lI Co.
13:12; I Pe. 5:14). Era um costume antigo. É uma exortação implícita para
abandonarem suas facções.
21,22. O apóstolo toma a pena da mão do seu
amanuense e escreve as palavras finais, cuja primeira declaração ecoa como um
trovão. Anátema. O equivalente grego para o herem hebraico,
significando “coisa destinada à destruição, objeto de maldição” (cons. Rm. 9:3;
Gl. 1:8, 9; I Co. 12:3). A palavra devia estar seguida de ponto final. A
palavra seguinte, Maranata (transliteração grega de uma expressão
aramaica) pode significar “Vem, Nosso Senhor”, ou “Nosso Senhor veio”
(referindo-se à Encarnação), ou “Nosso Senhor vem” (Segunda Vinda). O contexto,
com sua nota de advertência, decide pela última tradução (Vem, Nosso Senhor!)
23,24. A nota de advertência não é, entretanto, a nota final. Nem mesmo a
bênção apostólica seria adequada; Paulo tinha de acrescentar com ternura, O
meu amor seja com todos vós. Suas reprimendas feitas com amor, e o seu amor
se estende a todos, até mesmo aos desviados e rebeldes.