Gênesis 43 — Exposição Bíblica
Exposição Bíblica
Gênesis 43
43.7 NOS PERGUNTOU. — Em Gn 42:13, eles aparecem mais como voluntários de uma declaração de suas relações familiares do que como tendo sido arrancado deles por interrogatório. Mas realmente esta história deve ser tomada como explicando e complementando a primeira. Acusados de espiões, eles naturalmente prestariam contas de si mesmos, e José, ansioso por saber sobre seu pai e irmão, certamente lhes faria inúmeras perguntas sobre sua casa e família. E eles as responderiam completa e francamente, sem suspeitar de quem era o questionador e qual era o seu verdadeiro motivo para exigir a presença de Benjamin como prova de sua confiabilidade:
NOSSOS PARENTES. — Hebr., a respeito de nós mesmos e de nosso local de nascimento (ver Gn 12:1; Gn 24:4; Gn 24:7; Gn 31:3), isto é, nosso lar. Perguntas sobre nós mesmos seriam como as dadas: “Seu pai ainda está vivo? Você tem um irmão?” E além disso, Joseph os interrogava de perto sobre o lugar de onde eles vieram, e o estado das coisas lá.
43.9 SEREI RÉU DE CRIME. Assim como Rúben (Gn 42.37), Judá assumiu de espontânea vontade a responsabilidade pelo seu irmão Benjamim. Ofereceu-se para tomar sobre si a vergonha e a culpa, se Benjamim não voltasse são e salvo.
43:11 OS MELHORES FRUTOS. — Hebr., o cântico, isto é, tudo o que na terra é mais celebrado em cânticos.
SEUS VASOS. —A palavra usada em Gn 42:25, onde veja Nota. A respeito deste presente, duas observações devem ser feitas; a primeira, que prova que, embora não houvesse chuva suficiente na Palestina para trazer o milho à perfeição, ainda assim havia um pequeno suprimento, suficiente para manter uma certa quantidade de vegetação; e se não fosse isso Jacó não poderia ter mantido seu gado vivo (Gn 47:1). E a seguir, a pequenez do presente não mostra tanto que Jacó tinha ideias muito simples a respeito da grandeza do rei do Egito, mas que havia escassez até mesmo desses frutos. Provavelmente o comércio deles havia cessado e, portanto, mesmo uma quantidade moderada “seria bem-vinda”. Para as palavras traduzidas como bálsamo, especiarias e mirra realmente bálsamo, goma-tragacanto e ladanum), veja Nota em Gn 37:25.
MEL — Como tanto o mel feito pelas abelhas quanto o mel de tâmaras eram comuns no Egito, muitos supõem que era mel de uva, preparado fervendo o suco de uvas maduras a um terço de sua quantidade original. Hebron é famosa por sua preparação e, mesmo nos tempos modernos, trezentas cargas de camelos costumavam ser exportadas anualmente para o Egito. Diluído com água, forma uma bebida muito agradecida, e também é amplamente consumida com pão, pois comemos manteiga.
NOZES. — Ou seja, pistache, o fruto do pistache, vera. Como a árvore se deleita em situações secas e rochosas, ela não crescerá no Egito. Tem um caroço oleoso, tanto palatável por si só e também muito usado para fazer carnes salgadas. Estas e as amêndoas, que também não crescem bem no Egito, seriam presentes aceitáveis.
43.14 E EU, SE FOR DESFILHADO. Quando Israel percebeu que nada podia fazer para alterar as suas circunstâncias terríveis, só lhe restava colocar seus filhos nas mãos de Deus, orar pedindo misericórdia e preparar-se para qualquer eventualidade. Estava disposto a aceitar a vontade de Deus, mesmo se envolvesse a perda do filho e demais sofrimentos. Entretanto, os acontecimentos levaram-no a um final de vida feliz, regozijando-se em Deus e nEle confiando, pois o guiara durante toda a sua vida.
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