Resumo de Jó 20
Jó 20
Poderíamos pensar que uma excelente confissão de fé como a feita por Jó, no final do capítulo anterior, satisfizesse seus amigos, ou pelo menos os acalmasse, mas eles não parecem ter tomado conhecimento dela, e por isto aqui Zofar toma a palavra, entra na arena com Jó e o ataca, com tanta veemência como antes. I. O seu prefácio é curto, mas acalorado (vv. 2,3). II. O seu discurso é longo, e todo sobre um mesmo assunto, o mesmo detalhado por Bildade (Jó 18), a infelicidade assegurada das pessoas ímpias e a destruição que as espera. 1. Ele declara, de modo geral, que a prosperidade de uma pessoa ímpia é curta, e a sua destruição é garantida (vv. 4-9). 2. Ele prova a infelicidade da confissão de Jó por meio de vários exemplos - pelo fato de que ele tinha um corpo enfermo, uma consciência perturbada, propriedades arruinadas, uma família empobrecida, um nome de má reputação e o fato de que ele mesmo pereceria sob o peso da ira divina: tudo isto é descrito aqui de maneira curiosa, com expressões sublimes e comparações vivazes; e frequentemente isto é verdade neste mundo, e sempre no outro, se não houver arrependimento (vv. 10-29). Mas o grande engano, e (como expressa o Bispo Patrick) toda a falha do seu discurso (o que ele teve em comum com os demais), foi o fato de que ele imaginasse que Deus nunca variava o seu método, e por isto Jó era, sem dúvida, um homem muito mau, embora não isto não fosse manifesto de qualquer outra maneira senão pela sua infelicidade.