Resumo de Jó 38

Resumo de Jó 38

Resumo de Jó 38


Jó 38

Na maioria das disputas, a luta é ver quem terá a última palavra. Os amigos de Jó, nesta controvérsia, tinham docilmente cedido a última palavra a Jó, e, ele, a Eliú. Mas, depois de todas as discussões do conselho no tribunal, o juiz deve ter a última palavra, e Deus a teve, aqui, e assim Ele terá, em todas as controvérsias, pois o juízo de cada homem procede dele, e pela sua sentença definitiva cada homem deverá ficar em pé ou cair, e cada causa será ganha ou perdida. Jó tinha apelado a Deus frequentemente, e tinha falado ousadamente sobre como ele apresentaria a sua causa diante dele, e, como um príncipe, se aproximaria dele, mas, quando Deus tomou o trono, Jó não teve nada a dizer na sua própria defesa, e ficou em silêncio diante dele. Contender com o Todo-Poderoso não é tão fácil como alguns pensam. Os amigos de Jó também tinham apelado a Deus algumas vezes, desejando que ele falasse (Jó 11.7). E agora, por fim, Deus fala, quando Jó, pelos argumentos claros e íntimos de Eliú, se abrandava um pouco, e se humilhava e assim se preparava para ouvir o que Deus tinha a dizer. O ofício dos ministros é preparar o caminho para o Senhor. O que o grande Deus pretende, neste discurso, é humilhar Jó e conduzi-lo ao arrependimento, e a voltar atrás nas suas expressões inflamadas e indecentes a respeito das atitudes da providência de Deus para com ele; e isto Deus faz, ordenando que Jó compare a eternidade de Deus com o seu próprio tempo, a onisciência de Deus com a sua própria ignorância, e a onipotência de Deus com a sua própria impotência. I. Ele começa com um desafio para o despertamento, e uma exigência de caráter geral (vv. 2,3). II. Deus prossegue com vários exemplos e provas, em particular, da completa inabilidade de Jó de contender com Deus, por causa da sua ignorância e fraqueza humana, pois, 1. Ele não sabia nada sobre a fundação da terra (vv. 4-7). 2. Nada sobre os limites do mar (vv. 8-11). 3. Nada sobre a luz da manhã (vv. 12-15). 4. Nada sobre os recessos escuros da terra e do mar (vv. 16-21). 5. Nada sobre as fontes nas nuvens (vv. 22-27), nem sobre os conselhos secretos pelos quais elas são controladas. 6. Ele não podia fazer nada com relação à produção da chuva, ou da geada, ou do relâmpago (vv. 28-30,34,35,37,38), nada com relação ao controle das estrelas e suas influências (vv. 31-38), nada com relação à feitura da sua própria alma (v. 36). E, por fim, ele não podia sustentar e alimentar os leões e os corvos (vv. 39-41). Se, nestas obras comuns da natureza, Jó estava desconcertado, como ousava pretender mergulhar nos conselhos do governo de Deus, e julgá-los? Nisto (como observa o bispo Patrick), Deus retoma o argumento iniciado por Eliú (que foi quem mais se aproximou da verdade) e dá continuidade a ele, com palavras inimitáveis, superando as palavras de Eliú, e a de todos os outros homens, na imponência do estilo, tanto quanto um trovão supera um sussurro.