Apocalipse 18 — Estudo Teológico das Escrituras
Apocalipse 18
18.2 Caiu a grande Babilônia. Cf. 14.8; veja nota em Is 21.9, versículo do qual essas palavras provêm. O texto grego vê os resultados disso com o já alcançados (veja nota em 14.8). Mas sétima taça é referida aqui e ainda está para chegar a esse ponto (16.17-21). Quando chegar, acontecerão devastação e aniquilação, deixando o lugar para os demônios.18.3 vinho... da sua prostituição. A Babilônia religiosa (cap. 17) seduz as nações a embriaguez espiritual e fornicação com falsos deuses (17.2,4); a Babilônia comercial (cap. 18) seduz o mundo descrente ao estupor materialista, de modo que as pessoas do mundo ficarão embriagadas de paixão por causa do seu relacionamento com a Babilônia. reis... mercadores. Governantes políticos e líderes corporativos são arrastados para esse sistema mundial de comércio (14.8; 17.2).
18.4 Retirai-vos dela, povo meu. Deus chamará os seus para se desenredarem desse sistema perverso. Também pode ser o chamado de Deus para que os eleitos abandonem o sistema do mundo e se voltem para a fé no Salvador. Em qualquer caso, a mensagem é para abandonar o sistema antes que o mesmo seja destruído (cf. 2 Co 6.17; 1 Jo 2.15). O juízo de Deus sobre essa sociedade que vive em prazer pecaminoso e arrogante pode ser evitado. Cf. a mensagem de Isaías e Jeremias dirigida ao povo de então para abandonarem a Babilônia (Is 48 .2 0; Jr 50.8; 51.6-9,45).
18.5 se lembrou. Veja 16.19. Deus não se lembra da iniquidade do seu povo (Jr 31.34), mas se lembra de protegê-lo (Ml 3.16-4.2). Para a Babilônia impenitente, não haverá esse perdão, mas apenas castigo.
18.6-7a pagai-lhe. O anjo pede que Deus retribua a fúria de Babilônia no próprio cálice dela, segundo as suas obras (veja nota em 17.4). Isso é um eco da lei de retaliação do AT (Êx 21.24) que será executada por Deus (Rm 12.17-21).
18.6 dobro. No sentido de "pleno" ou "transbordante". A punição será de acordo com o que o crime merece (cf. Jr 16.18). cálice. O cálice da perversidade do qual tantos beberam (14.8; 17.2,4,6) vai pedir pelo cálice da ira (14.10; 16.19).
18.7b Viúva, não sou. Arrogante, porém vazia ostentação de autossuficiência, também feita pela Babilônia histórica (Is 47.8). Cf. 1 Co 10.12.
18.8 em um só dia. Veja vs. 10,17,19. O s castigos especiais da Babilônia acontecem num breve período de tempo. A passagem de Dn 5.30 registra que a antiga Babilônia caiu em um dia. seus flagelos. Estes podem incluir os flagelos de 16.1 ss., mas devem ser a destruição especial também da cidade, descrita com o "morte, pranto e fome".
18.9-20 Essa seção registra o lamento sobre a destruição da Babilônia, não do seu pecado, por aqueles que faziam parte do sistema dela.
18.9 chorarão e se lamentarão sobre ela. "Chorar" quer dizer "soluçar publicam ente". "Lamentar" traduz a mesma palavra grega usada para expressar o desespero do mundo incrédulo por ocasião do retorno de Cristo (1.7). reis. Líderes políticos do mundo chorarão porque a perda de sua cidade capital sinalizará a sorte do império do anticristo, e com ele, a fonte do poder deles. Cf. v. 3; 17.2.
18.10 uma só hora. Cf. vs. 8 ,17 ,19.
18.12-13 Mais da metade de suas mercadorias aparece na lista de Ez 27.12-22.
18.12 púrpura. Isso se refere às vestes laboriosamente tingidas com tinta púrpura extraída de moluscos. Lídia (At 16.14) era vendedora dessas vestes caras. Uma marca distintiva dos Césares era a roupa de púrpura que eles usavam, madeira odorífera. Madeira de árvores cítricas da África do Norte, muito valorizada por causa de sua cor, que era usada para fazer peças de mobília extremam ente caras, mármore. Mármore importado da África, do Egito e da Grécia era amplamente usado nas construções romanas.
18.13 unguento. Perfume muitíssimo caro (cf. Mt 26.7,12; Jo 12.3). bálsamo. Goma fragrante ou resina importada da Arábia e usada com o incenso e perfume (Ct 3.6; M t 2.11). escravos e até almas humanas. O comércio de escravos há muito tempo banido pelos povos civilizados do mundo, reaparecerá no iníquo sistema comercial do anticristo.
18.19 Lançaram pó sobre a cabeça. Antiga expressão de tristeza (cf. Js 7.6; 1 Sm 4.12; 2Sm 1.2; 15.32; Jó 2.12; Lm 2.10; Ez 27.30). em uma só hora. Não 60 minutos, m as um breve período de rápido castigo {veja nota no v. 8 ).
18.20 Deus contra ela julgou a vossa causa. O anjo exortará os mártires da tribulação (6.9-11) a se regozijarem, não por causa da morte dos condenados ao eterno inferno, mas porque a retidão e a justiça de Deus terão prevalecido.
18.21 grande pedra de moinho. Pedras de moinho eram pedras grandes e pesadas usadas para moer cereais. Essa metáfora retrata a violência pela qual Babilônia sucumbirá. Cf. Jr 51.61-64; veja nota em Mt 18.6.
18.22-23 A queda da Babilônia encerra tudo quanto ainda se assemelha à normalidade no mundo depois de todos os selos, todas as trombetas e taças. A vida será totalmente desorganizada e o fim estará próximo. Não mais haverá música, nem empreendimentos comerciais, nem preparo de alimento ("ruído de pedra de moinho"), nenhum a energia para luz e nem casamentos porque Deus destruirá os enganadores e os enganados.
18.24 sangue de profetas, de santos. Os sistemas religiosos e comerciais/políticos incorporados na Babilônia cometerão inexprimíveis atrocidades contra o povo de Deus (cf. 6.10; 11.7; 13.7,15; 17.6; 19.2). Deus vingará essa matança do seu povo (19.2)
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