Estudo sobre Gálatas 6:17-18

Gálatas 6:17-18

Para si próprio Paulo passa um traço final na discussão. Quanto ao mais, ninguém me moleste. Ele deu tudo de si. Se apesar disso alguém rejeitar suas palavras e continuar atiçando a briga, Paulo com essa declaração sacode a poeira dos pés, de acordo com uma palavra de seu Senhor (Mt 10.14). Ele está pronto para se sacrificar por cada pessoa (2Co 11.28,29), mas não quando o Senhor fecha uma porta.

Assim como no cabeçalho da carta Paulo lançou na balança toda a sua autoridade apostólica, assim faz novamente no encerramento da carta: porque eu trago no corpo as marcas de Jesus. Tinham-no marcado os vestígios de repetidas cruéis chicotadas por autoridades judaicas e gentílicas, um apedrejamento e várias tentativas de linchamento por massas populares agitadas. Devem ter sido visíveis nele, pelo que era do conhecimento dos gálatas. Nele não somente se podia ouvir, mas ao mesmo tempo ver a mensagem da cruz. Ele estava literalmente conformado com o Cristo sofredor, tornou-se cruciforme (Fp 3.10). Até em cicatrizes visíveis ele pertencia a esse Jesus e exibia perante as pessoas a morte de Jesus em seu corpo (2Co 4.10). A esse impacto teria de resistir todo aquele que quisesse descartá-lo.


Assim, segue-se a bênção cristã final. A graça de nosso Senhor Jesus Cristo (seja) com o vosso espírito, (vós meus queridos) irmãos. Amém. Quinze escritos do NT terminam com um voto de graça análogo, entre eles regularmente as cartas de Paulo. Peculiar é aqui a interpelação posposta de irmãos. Ela não significa uma desculpa porque Paulo se tivesse descontrolado, mas aponta para aquilo que o dominou, por mais excitado que tenha escrito, por mais acirrado, impactante e duro que possa ter-se tornado – para a irmandade em Cristo.