Significado de Salmos 110
Salmos 110
O Salmo 110 é um salmo messiânico, o que significa que fala da vinda de um messias ou figura salvadora. O salmista começa declarando que o Senhor disse ao seu Senhor: “Senta-te à minha direita até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.” Esta declaração é uma profecia da vinda do Messias, que se assentará à direita de Deus e conquistará todos os seus inimigos. Ao longo do salmo, o escritor fala do poder e da autoridade do Messias e de seu papel como rei conquistador.
Um dos temas-chave do Salmo 110 é a ideia da autoridade divina. O salmista fala do Messias sentado à direita de Deus, que é uma posição de grande honra e autoridade. Ele também fala do papel do Messias como rei conquistador, que derrotará todos os seus inimigos e estabelecerá seu domínio sobre a terra. Esse tema da autoridade divina ecoa por toda a Bíblia e nos lembra que Deus é a autoridade suprema no universo e que todas as outras autoridades derivam seu poder Dele.
Outro tema importante no Salmo 110 é a ideia do sacerdócio do Messias. O salmista fala do Messias como sendo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. Esta é uma referência a uma figura sacerdotal antiga mencionada no livro de Gênesis. A ideia do sacerdócio do Messias é significativa porque enfatiza seu papel de mediador entre Deus e a humanidade e sugere que ele oferecerá um sacrifício em nome de seu povo. Esse tema também ecoa por toda a Bíblia e nos lembra que Jesus Cristo é o mediador supremo entre Deus e a humanidade e que ele oferece um sacrifício pelos nossos pecados.
Resumo de Salmos 110
Em resumo, o Salmo 110 é um lembrete da vitória final do reino de Deus. O salmista fala do papel do Messias como um rei conquistador, que derrotará todos os seus inimigos e estabelecerá seu domínio sobre a terra. Esse tema da vitória também ecoa por toda a Bíblia e nos lembra que o reino de Deus finalmente triunfará sobre todas as forças do mal no mundo. É um chamado para colocar nossa confiança em Deus e aguardar com esperança e confiança a vinda de Seu reino.
Significado de Salmos 110
O Salmo 110, salmo real, é um dos salmos mais diretamente messiânicos. Deve ser lido juntamente com outros salmos messiânicos, como os Salmos 2 e 24. O próprio Jesus identificou Davi como escritor deste salmo, como, aliás, indica o título. A interpretação que Cristo fez deste salmo é crucial para desvendar o seu significado (Mt 22.41-45; Mc 12.35-37; Lc 20.41-44; compare à explicação de Pedro deste mesmo salmo em Atos 2.34-36). A chave de sua interpretação está na identificação do meu Senhor do versículo 1. Jesus afirmou que neste versículo Davi estava falando de alguém maior do que ele próprio. Como nenhum filho comum de Davi poderia ser maior do que ele, o meu Senhor do versículo 1 referia-se ao Messias por vir, ao Filho de Deus. Assim, este salmo narra uma conversa entre Deus Pai e Deus Filho, na qual o Pai concede ao Filho honras reais e sacerdotais. A estrutura deste pequeno salmo é a seguinte: (1) Deus manda o Filho sentar-se à Sua direita (v. 1); (2) Deus manda o Filho reinar no meio de Seus inimigos (v. 2, 3); (3) Deus nomeia Seu Filho como sacerdote eterno (v. 4); (4) Deus descreve a batalha que o Filho deverá enfrentar para ganhar Seu reino (v. 5-7).Comentário de Salmos 110
Salmos 110.1 Senhor substitui o nome hebraico de Deus, impronunciável para os judeus: Yahweh. O primeiro Senhor, aqui, conforme explicou Jesus, refere-se a Deus Pai. Ao meu Senhor. De acordo com a sábia interpretação de Jesus (Mt 22.41-45; Mc 12.35-37; Lc 20.41-44), a mesma palavra, Senhor, se refere, em seguida, ao Filho de Deus, que, no caso, está na presença do Pai, no céu. Davi declara que este, o Filho, é o seu Senhor, ou seja, seu amo ou soberano. Assenta-te à minha mão direita. Esta posição de grande honra, ao lado do Pai, foi dada ao Filho depois de Sua ressurreição e ascensão (At 2.33-36; 1 Co 15.20-28; Cl 3.1; Hb 1.13). A colocação dos pés do Salvador sobre Seus inimigos ilustra a vitória absoluta de Jesus (1 Co 15.25, 26; Ef 1.22, 23).Salmos 110.2, 3 Domina. O Pai ordena ao Filho que recupere Seu reino de Seus inimigos. O resultado dessa batalha final já fora determinado muitíssimo tempo antes (Sl 47.3). O teu povo. A descrição, nos versículos 2 e 3, das pessoas que participarão da grande batalha ao lado do Rei é bem semelhante à de Apocalipse 19.14. Vindo do próprio seio da alva refere-se ao exército voluntário e ao seu vigor pujante e vivaz, pronto para a luta santa.
Salmos 110:1 (Devocional)
Cristo no céu
O Aflito e Necessitado do Salmo 109 é o Rei-Sacerdote reinante no Salmo 110. Entre Seu sofrimento na terra e Sua glorificação pública na terra, que é o tempo em que vivemos, Ele se senta no trono do Pai (Salmo 110:1) esperando Seu próprio trono (Ap 3:21). Seu sofrimento e a glória subsequente são o grande tema dos profetas (1Pe 1:11).
Frequentemente encontramos Cristo nos Salmos em conexão com o remanescente. Neste salmo é somente sobre Ele. Ele se esvaziou e Deus lhe deu um nome acima de todo nome (Fp 2:9-11).
O Salmo 110:1 deste salmo é citado mais do que qualquer outro versículo – até quatorze vezes – do Antigo Testamento para o Novo Testamento:
1. O Senhor Jesus cita este versículo aos fariseus para provar que Ele, o Messias, não é apenas o Filho de Davi, mas também o Senhor de Davi porque Ele também é o Filho de Deus (Sl 2:7; Mt 22: 41-44; Mar 12:35-37; Lucas 20:42).
O versículo também é citado para afirmar que Cristo:
2. Como o Filho é exaltado muito acima dos anjos (Hb 1:3; Hb 1:13);
3. Como Senhor tem autoridade sobre todas as coisas e como Cristo é o homem da vontade de Deus (Atos 2:33-34);
4. Recebeu um sacerdócio imutável (Hb 7:17; Hb 7:20-21; Hb 5:5-6);
5. Aguarda o momento de Seu governo público, quando Seus inimigos serão um estrado para Seus pés (Hb 10:13).
O Salmo 110:1 é citado em Mateus 22 para repreender, para mostrar que o Filho de Davi é mais do que Davi. Em Atos 2 é citado para convencer os judeus do fato da ascensão. Em Hebreus 1 é citado para confirmar que Cristo é mais do que os anjos.
Para “um salmo de Davi” (Salmos 110:1), veja Salmos 3:1.
Este salmo, como confirmado pelo próprio Senhor Jesus, é “de Davi”. No entanto, não é sobre Davi, mas no Espírito ele profetizou sobre o grande Filho de Davi, o Cristo de Deus na glória do céu. Nos Salmos, Davi é principalmente um tipo de Cristo. Como profeta, ele então fala no Espírito. Neste salmo, que trata da glorificação de Cristo, ele não pode ser um tipo. O Salmo 110 é o único salmo em que Davi se distingue claramente de Cristo. Portanto, este versículo é usado pelo Senhor Jesus para mostrar Sua glória como o Senhor e o Filho (Mateus 22:43).
“O SENHOR” (Sl 110:1) informou a Davi pelo Espírito que Ele “diz ao meu Senhor” e o que Ele diz. Esta é a resposta à oração de Davi no Salmo 109 (Salmos 109:1). O Salmo 109 é o passado, o sofrimento do Senhor Jesus na terra. O Salmo 110:1 é o presente; quase 2.000 anos, o Senhor está sentado à direita de Deus. Começando com o Salmo 110:2, é o futuro, quando o Salvador aparecerá como o Rei-Sacerdote, como o Conquistador, que se assentará em Seu próprio trono. Resumindo:
- Salmo 109 O sofrimento de Cristo.
- Salmo 110:1 Cristo está sentado.
- Salmo 110:2-6 O reinado de Cristo.
“Diz” é literalmente ‘oráculo, um falar de Deus’, uma expressão frequentemente encontrada nos livros proféticos. Este salmo é realmente profético, como Mateus 22 deixa claro (Mateus 22:43).
Davi fala de “meu Senhor”, Adonai, o governante soberano. O Senhor Jesus é o Filho de Davi como Homem, mas Ele também é o Senhor de Davi porque Ele também é o Filho de Deus. A ele o Senhor, o Senhor, disse para se sentar à sua direita.
A mão direita é o lugar de honra (cf. 1Rs 2,19) e de poder. Esse lugar foi dado ao Senhor Jesus por Deus. Refere-se à glorificação do Senhor Jesus depois que Ele cumpriu a obra na cruz, Sua morte e Sua ressurreição. Ele ocupa esse lugar desde e desde Sua ascensão até que Ele apareça em glória.
Pedro refere-se a este versículo em seu discurso no dia de Pentecostes e diz que Deus fez do Senhor Jesus “tanto Senhor como Cristo” (Atos 2:34-36). Ele atribui tudo a Deus para mostrar o quanto Deus valoriza e aceitou a obra de Seu Filho. Na terra, as pessoas podem tê-lo desprezado e rejeitado, como mostra o Salmo 109, mas o Salmo 110 mostra que para Deus Ele é o Ser perfeitamente Deleitoso, a quem Ele alegremente dá o lugar mais alto e glorioso no céu.
O contraste entre o lugar que Deus lhe dá e o lugar que o homem lhe dá é enorme. O homem O traiu, rejeitou, maltratou e assassinou como indigno. Mas Deus o fez Senhor, o Soberano que tem todo o poder no céu e na terra. Deus também O fez Cristo, o Portador e Dispensador de todas as Suas promessas.
A referência de Pedro a este versículo prova que não se trata de Davi, mas do Senhor Jesus. Davi está falando aqui da glorificação do Senhor Jesus como um ato de Javé, que é Deus. O Senhor Jesus foi exaltado à direita de Deus e Deus deu a Ele o lugar de honra à Sua direita. Esse lugar pertence a Ele, Ele mereceu esse lugar. O sofrimento de Cristo pelas mãos do povo e a glorificação de Cristo como resposta de Deus a isso é o tema recorrente da pregação dos apóstolos ao povo judeu no livro de Atos.
Há um “até” anexado a esse lugar de honra à direita de Deus. Pois chegará um tempo em que o Senhor Jesus deixará aquele lugar para voltar à terra. Ele então julgará os inimigos de Seu povo, isto é, o remanescente fiel – os inimigos de Seu povo também são Seus inimigos. Esses inimigos estão tanto dentro do povo – eles são o anticristo e seus seguidores, a parte incrédula de Israel – quanto fora do povo – eles são os assírios liderados pelo rei do Norte.
Cristo colocará todos aqueles que se recusaram a se arrepender e continuamente se voltaram contra Ele e Seu povo cheios de ódio como inimigos vencidos sob Seus pés, para que Ele descanse sobre eles. Um escabelo simboliza submissão total (cf. Jos 10:24). Até aquele momento, Ele permanece na glória.
É importante notar que a verdade da conexão entre Cristo e a igreja não é mencionada. Este salmo mostra Cristo em glória imediatamente após a subjugação de Seus inimigos sob Seus pés por Deus. O salmo é a resposta dupla de Deus à humilhação de Cristo: primeiro Sua glorificação no céu e depois Sua glorificação na terra (Mateus 6:10).
Salmos 110:2-3 (Devocional)
O rei
No Salmo 110:2 vemos Cristo em Sua glorificação na terra. Isso acontece quando Ele aparece no mundo pela segunda vez. Então “o SENHOR”, Yahweh, dá a Ele o domínio que Ele merece por meio de Sua obra na cruz (Ap 5:1-14). Cristo estende Seu “cetro forte de Sião”. Este é o cumprimento da profecia dita por Balaão (Nm 21:17; cf. Sl 2:8-9; Sl 72:8). O cetro é um símbolo de autoridade, que é enfatizado ainda mais ao falar de um “cetro forte”. Sião é o centro de Seu governo que se estende por toda a terra. Ele governa no meio de Seus inimigos. Toda a inimizade chegou ao fim.
Ele também governa sobre Seu povo, que “se voluntariará voluntariamente no dia do Teu poder” (Sl 110:3; cf. Filho 6:12). Quando o Senhor Jesus aparecer em glória, o remanescente se curvará a Ele e se colocará à sua disposição. O remanescente então exibe as características do Senhor Jesus. É com eles como com os seguidores de Davi que, cansados e sobrecarregados, buscaram refúgio com ele na caverna de Adullam, e foram transformados por Ele em heróis (1Sm 22:1-2). O Senhor Jesus “se ofereceu voluntariamente” para fazer a vontade de Seu Pai (João 4:34). Assim é com o remanescente: eles “se voluntariam livremente”.
Agora que a força e a vontade própria do remanescente crente foram quebradas, ele está disposto a fazer a vontade de Deus (Sl 119:60). Jacó, que aprendeu na escola de Deus, é um exemplo maravilhoso disso. Quando seu quadril é deslocado e sua força é quebrada no encontro com o Anjo do SENHOR, o Deus de Jacó declara que seu nome doravante será “Israel”, que significa “príncipe de Deus” (Gn 32:24-28).
Jacob experimentou um renascimento, por assim dizer. Nisso ele é um tipo do remanescente fiel que foi feito um povo muito disposto pelo Deus de Jacó.
Não há nenhuma relutância, mas uma grande vontade de servi-lo e de confirmá-lo na sua realeza (cf. 1Cr 11,10). Eles combinam com Ele, pois estão vestidos “com vestes sagradas”, o que significa que são santos como Ele é santo. Eles estão vestidos com vestes brancas, como sacerdotes, as vestes lavadas no sangue do Cordeiro (Ap 7:14). A aparência de tantas pessoas vestidas com vestes brancas, assemelha-se ao orvalho, puro e fresco, sacerdotal e poderoso. É verdadeiramente um reino de sacerdotes.
Eles saem “do ventre da aurora”. Esta é uma bela e poética descrição do novo período que começará quando o Messias começar a reinar (cf. Filho 6:10). O novo período é como um novo nascimento. O Senhor Jesus, portanto, fala desse tempo como a “regeneração”, que é o tempo em que Ele reinará e Seus discípulos reinarão com Ele (Mateus 19:28). A regeneração é a da terra, quando ela é libertada da maldição do pecado que está sobre ela (Rm 8:19-21). Então o reino terreno é regenerado, renovado, renascido (Sl 104:30).
Para isso, “a juventude… [como] o orvalho” está intimamente ligada. As pessoas dispostas e a regeneração da criação pertencem ao Messias como o orvalho pertence ao amanhecer de um novo dia. O orvalho fala de refrigério, revigoramento. É o frescor de um novo dia. O orvalho é descrito várias vezes no Antigo Testamento como uma bênção do céu para a terra de Deus (Dt 33:13; Dt 33:28; Nm 11:9). A nova geração que entrará no reino da paz à imitação do Messias será um refrigério para o Messias e dará frutos para Ele em sua vida. Eles servirão ao Senhor com alegria.
Salmos 110:4 (Devocional)
O Sacerdote
Agora que Sua realeza foi estabelecida, ouvimos que “o SENHOR jurou”. Ele fez um juramento do qual diz, como um endosso adicional, que “não mudará de ideia”. No Salmo 109, no sofrimento de Cristo, o SENHOR permaneceu em silêncio (Sl 109:1; cf. Sf 3:17). No Salmo 110, o SENHOR falou um oráculo, um falar de Deus (Salmo 110:1), e jurou (Salmo 110:4).
O juramento implica que Cristo não será apenas Rei, mas que ao mesmo tempo Ele será “sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (Heb 5:6; Heb 6:20; Heb 7:17; Heb 7 :21). No mundo de hoje, o poder deve ser dividido (as chamadas trias politicas). Com o Senhor Jesus é diferente. Ele pode dizer que TODO o poder no céu e na terra foi dado a Ele (Mateus 28:18). No mundo de hoje, igreja e estado devem ser separados. Mesmo com o povo de Israel, o sacerdote deve ser da tribo de Levi, descendente de Aarão, e o rei deve ser da tribo de Judá. Não foi possível uma combinação. O rei Uzias experimentou em seu detrimento que, como rei, ele não poderia assumir sozinho a posição de sacerdote (2Cr 26:16-20).
Assim não com o Senhor Jesus, pois Ele é Rei e Sacerdote em uma Pessoa. Exceto aqui no Salmo 110:4, encontramos esta verdade mais uma vez no Antigo Testamento e isso está em Zacarias 6 (Zacarias 6:13). O único que poderia ser um tipo disso era Melquisedeque, o misterioso rei de Jerusalém (Hb 7:2-3). Melquisedeque era rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo (Gn 14:18; Hb 7:1-2). Ele é uma figura de Cristo como Rei-Sacerdote em Seu trono (Zacarias 6:12-13). O tempo da bênção não pode chegar até que o Senhor Jesus também apareça como Sacerdote para trazer essa bênção. Toda bênção depende Dele como Sacerdote.
“A ordem de Melquisedeque” – segundo a ordem de Aarão, o Senhor Jesus não poderia ser sacerdote (Hb 7,14) – é uma ordem de bênção. De acordo com essa ordem, o Senhor Jesus é o Rei-Sacerdote que traz bênçãos de Deus para o povo de Deus na terra. Isso encontrará seu pleno cumprimento no reino milenar da paz. Vemos isso retratado no encontro entre Melquisedeque e Abraão (Gn 14:18-20).
Melquisedeque abençoa Abraão da parte de Deus e louva a Deus pelo que Ele fez por Abraão. Após a batalha de Abraão, Melquisedeque o encontra com pão e vinho e o abençoa. O pão e o vinho falam de Cristo como alimento e alegria para o coração.
Esta é a bênção do reino da paz, onde Cristo é a fonte de todo poder e alegria (Is 12:3). Assim como Melquisedeque, o rei-sacerdote, parece abençoar com pão e vinho depois que a vitória foi conquistada (Gn 14:18-20), também Cristo aparecerá como Rei-Sacerdote para dar a bênção depois que a vitória for conquistada e todos os inimigos foram postos como estrado para Seus pés.
O que mais impressiona é que Ele é chamado Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque e não Sumo Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque. Há uma bela explicação para isso. Um sumo sacerdote pressupõe outros sacerdotes, mas como Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, o Senhor Jesus está sozinho.
O sacerdócio de Melquisedeque é mencionado no Antigo Testamento apenas em Gênesis 14 e no Salmo 110. Esse sacerdócio existe antes do de Aarão e continuará mesmo quando o de Aarão não for mais necessário. O sacerdócio de Arão agora é exercido pelo Senhor Jesus no céu para a igreja, e é exercido em vista das fraquezas dos membros da igreja (Hb 4:15-16). Quando a igreja for arrebatada, esse sacerdócio não será mais necessário, pois então não haverá mais fraqueza. Ele exercerá o serviço sacerdotal de Melquisedeque em Seu retorno em vista de Seu povo terreno que desfrutará de Suas bênçãos no reino da paz.
A carta aos Hebreus descreve detalhadamente as diferenças entre o sacerdócio segundo a ordem de Aarão e o sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 7,1-19). A principal diferença, porém, é que o sacerdócio de Aarão é exercido por homens mortais, enquanto o sacerdócio de Melquisedeque é exercido por Aquele que é Sacerdote “segundo o poder de uma vida indestrutível” (Hb 7:16). Cristo não tem sucessor, como Aarão, mas é “sacerdote para sempre” (Hb 7:17). Este último versículo é a citação do Salmo 110:4 do Salmo 110.
Salmos 110:5-6 (Devocional)
O Guerreiro
Então é anunciado o dia da Sua ira (Sl 110:5). “O Senhor”, isto é, Cristo, “está à tua direita”, isto é, à direita de Yahweh, o lugar de honra que Yahweh Lhe deu de acordo com Sl 110:1 (Hb 8:1; Hb 10:12) . Quando chegar o dia da Sua ira (cf. Ap 6:17), Cristo destruirá os reis (Ap 16:16; Ap 19:13-15; Jo 3:2; Jo 3:11-14).
É o Senhor, Javé, que faz dos inimigos um estrado de Cristo (Sl 110:1) e, ao mesmo tempo, o próprio Cristo despedaçará os reis hostis (Sl 110:5). Ele é a Pedra que aparecerá sem a intervenção de mãos humanas para destruir a imagem do homem, o poder governante do mundo. Quando Ele estabelecer Seu reino, isso significará o fim de todos os reinos mundanos (Dn 2:44). O dia da sua ira é o dia do Senhor. É outra indicação de que o Senhor Jesus, Adonai, não é outro senão o próprio Senhor.
Quando o Senhor Jesus vier à terra pela segunda vez, Ele julgará “entre as nações” (Sl 110:6). Deus deu a Ele esse poder porque Ele é o Filho do Homem (João 5:22; João 5:27). Ele se assentará no trono de Sua glória e julgará as nações (Mateus 25:31-32). Com a espada que sai de Sua boca, Ele matará Seus inimigos e “encherá” o campo de batalha “de cadáveres” (Is 66:16; Sf 1:17-18; Ez 35:8; Ap 19:17).
Por “os chefes de um país amplo”, podemos pensar no esmagamento de Gog, o príncipe da Grande Rússia que odeia a Deus (Ezequiel 39:11-12). Este poder perverso é o último poder rebelde a ser julgado. Depois disso, o reino da paz é estabelecido em toda a sua glória e então haverá perfeita harmonia na terra, sem qualquer ameaça de revolta organizada. Cristo reina.
Salmos 110:7 (Devocional)
O Homem humilde
Cristo bebeu água refrescante “do ribeiro à beira do caminho” (cf. 1Cr 11,17; Jz 7,6). Ele desfrutou com gratidão de todo o refrigério que o Pai lhe deu durante Seu caminho de humilhação – do qual fala o riacho – na terra. Mostra Sua total dependência de Seu Pai.
Ele bebe do riacho quando fala com uma pobre samaritana. É um grande refrigério para Ele poder dar-se a conhecer a ela como o Salvador do mundo. Maria também refrescou Sua alma por sua compreensão de Seu sofrimento e morte, que ela expressou ungindo-O (João 12:3). Um refrigério semelhante o Salvador experimentou de Maria Madalena.
A consequência (“portanto”) de Sua total dependência de Seu Pai é que Ele seguiu Seu caminho com a cabeça erguida. Há uma interação completa entre Ele e Seu Pai. Ele vive pelo que o Pai lhe dá e, portanto, sempre levanta a cabeça para o Pai. Em Seu caminho como Homem na terra, do começo ao fim, há comunhão completa entre Ele e Seu Pai.