Explicação de Êxodo 19

Êxodo 19

19:1–9 Os filhos de Israel chegaram agora ao Monte Sinai. O restante do livro de Êxodo, todo o livro de Levítico e os primeiros nove capítulos de Números registram eventos que ocorreram aqui.

Desde Adão até este momento, não houve lei direta de Deus. O trato do Senhor com Seu povo foi predominantemente na graça. Agora Ele lhes ofereceu um pacto condicional da lei: Se vocês realmente obedecerem à Minha voz e guardarem o Meu convênio, então vocês serão um tesouro especial para Mim acima de todos os povos;… vocês serão para Mim um reino de sacerdotes e uma nação santa. Se eles obedecessem, Ele abençoaria. Não percebendo sua própria pecaminosidade e desamparo, o povo concordou prontamente. D. L. Moody comenta:
“Tudo o que o Senhor falou, faremos.” Linguagem ousada e autoconfiante. O bezerro de ouro, as tábuas quebradas, as ordenanças negligenciadas, os mensageiros apedrejados, o Cristo rejeitado e crucificado, são evidências esmagadoras dos votos desonrados do homem. (D. L. Moody, Notes From My Bible, pp. 33, 34.)
19:10–20 O povo foi instruído a se preparar para uma revelação de Deus lavando suas roupas e abstendo-se de relações sexuais. O objetivo era ensinar-lhes a necessidade de pureza na presença de Deus. O Monte Sinai era um lugar proibido. Nem a humanidade nem os animais deveriam tocá-lo sob pena de morte. Um transgressor não deveria ser seguido até o monte, mas deveria ser atingido por uma flecha ou apedrejado à distância. Somente Moisés e Arão foram autorizados a subir (v. 24), e somente quando a trombeta soou. O monte estava coberto por uma nuvem espessa; houve trovões e relâmpagos, fogo e fumaça; toda a montanha tremeu muito. Tudo isso falava dos terrores de encontrar Deus, especialmente com base na observância da lei.

19:21–25 O SENHOR repetiu Sua advertência a Moisés de que o povo não deveria tocar no monte. Moisés a princípio achou desnecessário lembrar o povo, mas depois obedeceu. Os sacerdotes nos versículos 22 e 24 eram provavelmente os filhos primogênitos.

Notas Adicionais

19.4 Águia. O Êxodo tinha sido um arrebatamento dramático da terra da escravidão, para o povo estar livre para servir a Deus.

19.5,6 Eis o conteúdo da aliança de Deus com os homens - separados, santificados, e salvos para servir, adorar e gozar de eterna graça com Deus.

19.10 Purifica-o. A purificação é um rito específico para sacerdotes, e daí podemos ver a aplicação imediata da promessa de Deus mencionada no v. 6, e abraçada unanimemente pelo povo (8); que os que aceitam às promessas e aos preceitos de Deus, já são sacerdotes i.e., servem a Deus e são veículos para revelar a Palavra a terceiros (Vd as refs. bíblicas).

19.12 Limites. Todos os pormenores e cuidados para evitar que o povo se aproxime do monte, são para inculcar, de maneira bem clara e dramática, na mente do povo presente, que existe uma barreira enorme entre Deus, que é Santo, e o homem pecaminoso. Ninguém pode compreender o sacrifício de Cristo, sem reconhecer que foi feito tudo, nesse, para transpor essa barreira.

19.15 Mulher. Um espírito de castidade, reverência e meditação pode preparar o homem para receber a revelação de Deus. A vida diária precisa ser interrompida, de vez em quando, para um levantamento de nossa condição espiritual.

19.16 Se estremeceu. Qualquer revelação da natureza de Deus faz estremecer nosso pequeno “eu” com seus vícios, seus temores, sua soberba e sua falta habitual de fé e de obediência.

19.21 Não traspasse. Quem viveu em perpétua rebelião contra Deus, como foi o caso desses israelitas, desde a primeira ação de Moisés para libertá-los em nome de Deus, não poderia contemplar Sua glória sem ser consumido. Assim será no Dia do julgamento: os que não amaram a Deus na terra, não O conhecerão como Salvador, mas sim, como Juiz, naquele Dia.

19.22 Também os sacerdotes. Os sacerdotes são humanos, com falhas humanas. Jesus é divino e sem falha (Hb 7.20-28).

19.23 Consagra-o. Moisés não podia consagrar o monte: é a presença de Deus que o torna santo. Mas, como profeta de Deus, pode proclamar essa consagração e colocar limites ao seu redor. • N. Hom. A Epístola aos Hebreus nos ensina que a solenidade e a reverência desta ocasião, não se podem comparar em importância com aquilo que Deus fez para nós no monte, perto de Jerusalém, onde Jesus foi crucificado para fazer uma Aliança de graça, de perdão e de santificação com o ser humano, não baseada na virtude humana (Êx 19.8, 24.3), mas no sangue de Jesus (Hb 12.18-29). Compreendemos, pois, que os trovões (16) representam a ira de Deus, a nuvem protege o homem da luz Eterna, e a buzina é o chifre do carneiro, usado para convocar os adoradores, v. 13.

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