Explicação de Êxodo 40

Êxodo 40

40:1–8 Deus ordenou que o tabernáculo fosse montado no primeiro dia do ano (vv. 1, 2); isso foi cerca de um ano após o Êxodo e oito meses e meio após a chegada de Israel ao Sinai. Ele também descreveu onde cada móvel deveria ser colocado, como segue:

40:9–17 Nos versículos 9–15, as instruções foram repetidas para ungir... o tabernáculo, seus móveis e o sumo sacerdote e seus filhos. As instruções foram cumpridas no primeiro dia do primeiro mês, quase um ano depois que os israelitas deixaram o Egito (vv. 16, 17).

40:18-33 Então Moisés levantou o tabernáculo... Este parágrafo conta como o grande legislador executou todas as instruções detalhadas que o Senhor havia ordenado a Moisés para cada parte da estrutura em si, bem como para cada item de mobília.

Por último, Moisés levantou o pátio ao redor do tabernáculo. Então vêm as palavras culminantes de conclusão de uma importante tarefa bem feita: Assim Moisés terminou o trabalho.

40:34–38 A nuvem de glória desceu e encheu o tabernáculo para que Moisés não pudesse entrar. Essa nuvem deveria acompanhar as pessoas em suas jornadas. Eles deveriam se mover apenas quando a nuvem se movesse. Quando parasse, eles também deveriam parar (vv. 34-38). Como membro da tribo de Levi, Moisés aparentemente estava qualificado para desempenhar funções sacerdotais até que Arão e seus filhos fossem investidos dessa responsabilidade (Lv 8).

E assim Êxodo é a história do povo de Deus durante o ano entre sua libertação do Egito e a construção do tabernáculo no Monte Sinai. O livro está repleto de belas imagens de Cristo e Suas perfeições morais. É nossa responsabilidade adorar este Cristo de glória e viver na luz de Sua santidade.

Notas Adicionais:

40.2 No primeiro dia. Era o primeiro dia do ano religioso, antecipando por duas semanas o dia em que Deus salvou Seu povo da escravidão física, do Egito (12.2-6), com grandes obras milagrosas. Muito justa é a escolha deste dia para a construção do santo edifício, que, em todos os seus detalhes, revela ensinamentos sobre Cristo, que nos concede a liberdade integral da escravidão do pecado, tanto aqui como na eternidade, Jo 8.31 -36.

40.3 Cobrirás com o véu. Significa esconder com o véu, isto é, levantando-o para separar o Santo dos Santos do Lugar Santo.

40.4 Acenderás as suas lâmpadas. Na visão que João teve de Jesus Cristo, Ele estava andando entre as lâmpadas que representam a luz que emana das igrejas, conservando-as em ordem (Ap 1.13).

40.5 O altar de ouro. Não estava no Santo dos Santos, mas era lá que o perfume do incenso entrava, assim como a oração é feita na terra, mas se dirige aos céus.

40.6 Holocausto. Este altar guardava a porta do tabernáculo. Lembra-nos que não há maneira de entrar em contato com as coisas de Deus, sem primeiro aceitar o sacrifício de Cristo por nós.

40.9 Óleo da unção. A unção é um ato de consagração. Era necessário para a separação exclusiva, tanto de objetos (o Tabernáculo com seus móveis), como também de pessoas (o Sumo Sacerdote, Arão e seus filhos). Na Nova Aliança do NT a consagração é realizada, não através de óleo, mas pela unção do Espírito Santo. Sem Ele não podemos adorar a Deus (Jo 4.23, 24), não podemos participar da salvação (Jo 3.3, 5), nem podemos compartilhá-la com outros (Jo 7.38, 39). Sem o Espírito Santo não existe santidade (2 Ts 2.13, 1 Pe 1.2) e sem santidade não há acesso ao Céu (Hb 12.14). É por isso que apagar o Espírito Santo (1 Ts 5.19) ou entristecê-lo (Ef 4.30), quando pecamos deixando de glorificar a Deus (1 Co 6.19, 20), é uma ofensa gravíssima (cf. Mt 12.32).

40.16-33 É a sétima e última lista dos objetos que compõem o Santuário, no livro do Êxodo; veja as notas das demais listas.

40.34 A nuvem. O livro está terminando com uma descrição daquela Glória que encheu o Templo de Salomão, 1 Rs 8.10-11, e que é presente no santuário celestial, Ap 15.8. Os crentes vão construindo o verdadeiro tabernáculo nos seus íntimos, à medida que se deixam ser tomados pela plenitude de Deus, que o amor de Cristo faz brotar neles, Ef 3.19. Na eternidade, esta glória divina lhes dará esplendor, na presença perpétua de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Ap 21.23).

40.36, 37 Quando Moisés, perto do fim de sua vida, descreve a nuvem de glória, relembra aos leitores que esta era a mesma nuvem que acompanhava, nas viagens, aos israelitas, as quais serão descritas nos livros que se seguem. Às vezes, a glória da presença de Deus é um convite a prosseguir para grandiosas obras, e, às vezes, é um incentivo a permanecer paciente e fiel, embora em situação um tanto desagradável, mas obediente à Sua vontade.

40.38 Em todas as suas jornadas. Não consta de nenhuma promessa, que a vida nos dará tudo o que dela exigimos, mas que só a presença de Deus é que nos trará a vitória em quaisquer circunstâncias. Assim Jesus acompanha os fiéis à medida que avançam, proclamando o evangelho: “E eis que estou até convosco todos os dias até a consumação do século” (Mt 28.18-20).

Índice: Êxodo 1 Êxodo 2 Êxodo 3 Êxodo 4 Êxodo 5 Êxodo 6 Êxodo 7 Êxodo 8 Êxodo 9 Êxodo 10 Êxodo 11 Êxodo 12 Êxodo 13 Êxodo 14 Êxodo 15 Êxodo 16 Êxodo 17 Êxodo 18 Êxodo 19 Êxodo 20 Êxodo 21 Êxodo 22 Êxodo 23 Êxodo 24 Êxodo 25 Êxodo 26 Êxodo 27 Êxodo 28 Êxodo 29 Êxodo 30 Êxodo 31 Êxodo 32 Êxodo 33 Êxodo 34 Êxodo 35 Êxodo 36 Êxodo 37 Êxodo 38 Êxodo 39 Êxodo 40