Explicação de Êxodo 8

Êxodo 8

A praga de rãs que cobriu a terra do Egito foi tão angustiante que Faraó pareceu ceder. Quando pediu a Moisés que tirasse a praga, Moisés disse: “Aceite a honra de dizer quando intercederei por você, por seus servos e por seu povo, para destruir as rãs de você e de suas casas, para que permaneçam em apenas o rio”. Os magos também foram capazes de produzir sapos – como se já não houvesse o suficiente! Eles provavelmente fizeram isso por poder demoníaco, mas não ousaram destruir os sapos porque o sapo era adorado como o deus da fertilidade! Quando as rãs morreram no dia seguinte, havia um tremendo fedor de seus cadáveres. Faraó mais uma vez endureceu seu coração.

Na terceira praga o pó da terra se transformou em mosquitos ou piolhos. Desta vez, os magos, incapazes de produzir piolhos, avisaram o faraó que um poder maior que o deles estava em ação, mas o rei estava obstinado. Quanto mais ele endurecia seu coração, mais ele era endurecido por Deus.

8:20–24 Então Deus enviou a quarta praga — enxames de moscas. Como os itálicos na NKJV indicam, o hebraico significa literalmente enxames (ou “misturados”), e o inseto específico (moscas) é fornecido pelos tradutores. Talvez os enxames fossem uma mistura de muitas espécies. Como a maioria ou todas as pragas foram direcionadas aos falsos deuses do Egito (o Nilo, e praticamente todas as criaturas eram uma divindade no Egito!), é possível que o besouro se refira. Isso seria um ataque contra Khepri, o deus do besouro sagrado.

8:25–32 Faraó cedeu ao ponto de permitir que os israelitas sacrificassem a Deus na terra do Egito. Mas isso não funcionaria porque eles estariam sacrificando animais adorados pelos egípcios e, assim, incitariam um tumulto. O faraó fez mais uma concessão: os judeus podiam ir ao deserto para sacrificar, mas não deviam ir... longe. Isso também foi insatisfatório porque Deus havia ordenado que eles viajassem por três dias. Assim que o Egito se livrou da praga, Faraó mudou de ideia e proibiu o povo de ir.

Notas Adicionais:

8.2 Rãs. Assim como um pecado abre o caminho para outro, também um castigo (o de inutilizar as águas do Nilo), acumula outro (as rãs que já não podem mais viver no Nilo).

8.7 Os magos. Mais uma vez, só serviram para multiplicar a desgraça; nada mais fácil do que produzir rãs naquela hora, e Faraó não podia desperceber isto, e por isso, logo veio com promessas e pedidos (8-11).

8.12 Combinara. Faraó era, segundo o pensamento dos egípcios, um ser divino, e logo o ato de “combinar” com os mensageiros de Deus seria equivalente a admitir um ser superior a si mesmo. A guerra que vamos ver na mente de Faraó é semelhante àquela que cada pessoa enfrenta quando decide seguir ou rejeitar a Cristo.

8.15 Alívio. Passando o perigo, e com ele o medo, passam muitas promessas religiosas, feitas em tais condições. Deus quer converter totalmente o coração do homem, e não aceita a obediência forçada, mas sim, a adoração em espírito e em verdade.

8.16 Piolhos. Esta praga era a resposta imediata à desobediência de Faraó. A terra contaminada pelos corpos das rãs seria uma ótima fonte de piolhos; mas mesmo assim, seu aparecimento súbito seria reconhecido como um inegável milagre.

8.18 Não o puderam. A revelação de Deus já estava desmascarando a fraqueza humana. Isto quer dizer que agora Faraó ouviria da boca dos próprios profissionais que ensinavam o paganismo, a confissão que se trata de uma intervenção de Deus (19).

8.21 Enxames de moscas. Se Faraó não queria obedecer à ordem de Deus, então seria forçado a enfrentar um exército de moscas composto de meros insetos, mediante o que haveria de obedecer.

8.22 Separarei. Deus vai mostrar claramente que as pragas não são um acidente natural, poupando Seu próprio povo de tais castigos mandados contra o Egito e seus deuses.

8.25 Nesta terra. Faraó se vê em dificuldades, mas pensa que pode “pechinchar” com Deus. Vai obedecer à ordem divina mas tem que ser ele quem vai ditar os termos exatos da obediência.

8.26 Abomináveis. Os egípcios tinham ídolos de touros e de carneiros, e não poderiam tolerar que tais animais fossem sacrificados a outro Deus. Não havia jeito de evitar a ordem original dada em Êx 5.3, que Moisés passa a repetir (27).

8.28 Orai também. Petição de um homem cercado de perigos, que ele não sobe como remover. Mas Moisés nunca rejeitaria a um pedido deste tipo (29). Devemos estar sempre prontos a orar em favor de outras pessoas, inclusive nosso perseguidores (Lc 6.27-28).

8.32 Não deixou ir. Não somente não quis abrir mão da vantagem de ter uma nação como sua escrava, como também quis levar ao extremo, seu desafio anterior: “Quem é o Senhor?” (5.2).

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