Números 13 — Análise Bíblica

Análise Bíblica de Números 13





Números 13

Nm 13:1—14:45 A rebelião decisiva
Os capítulos 13 e 14 tratam da morte da geração rebelde que saiu do Egito. Conforme o juramento de Deus, com exceção de dois indivíduos, todos os membros dessa geração morreriam no deserto antes de entrar em Canaã. Deus também afirmou que conduziria a geração seguinte, os filhos dos israelitas que deixaram o Egito, à terra prometida.
13:1-25 A missão dos espias
Uma vez que o povo se encontrava acampado na fronteira do deserto de Parã com o sul de Canaã, só lhe restava tomar posse da terra prometida. Deus ordenou que Moisés enviasse doze homens, um de cada tribo, para espiar a terra (13:1-16) do alto do Neguebe, no sul, e penetrar nas montanhas, no norte (13:17). 0 objetivo dessa missão era determinar a força do povo, a fertilidade da terra e a fortificação das cidades. Os espias também deveriam trazer de volta amostras do fruto da terra (13:18-20). Os homens foram enviados e passaram quarenta dias espiando aterra (13:21-25).
13:26-33 O relatório dos espias
Quando os espias regressaram ao acampamento israelita em Cades, relataram o que haviam visto e apresentaram os frutos que haviam colhido (13:26). Seu relatório inicial foi positivo quanto à produtividade da região, a qual descreveram como uma terra que mana leite e mel (13:27). No entanto, foram bem menos animadores ao falar dos habitantes da terra e de suas cidades fortificadas. De acordo com os espias, o povo era forte e, em seu meio, havia filhos de Anaque (13:28-29). Sabemos por outras referências das Escrituras a esses “filhos de Anaque” que eram um povo de alta estatura e força extraordinária (Dt 9:2). O nome Quiriate-Arba, usado para designar a cidade de Hebrom, era derivado de Arba, um antepassado dos anaquins Qs 14:15). Outros grupos de gigantes são mencionados no AT: os nefilins (Gn 6:4, NVI) e os emins (Dt 2:10-11), o que explica as palavras dos espias: Também vimos ali gigantes (os filhos de Anaque são descendentes de gigantes), e éramos, aos nossos próprios olhos, como gafanhotos e assim também o éramos aos seus olhos (13:32-33).
Ao perceber que esta parte do relatório assustou o povo, Calebe, um dos espias, tomou a palavra e instou os israelitas a conquistarem a terra (13:30). Posteriormente, Josué também procurou encorajar seus compatriotas (14:6-9).
Contudo, os outros espias insistiram: Não podemos subir contra aquele povo, porque é mais forte do que nós (13:31). Espalharam assim um relatório pessimista, afirmando: A terra pelo meio da qual passamos a espiar é terra que devora os seus moradores. De acordo com a explicação judaica para estas palavras, os espias devem ter visto um grande número de funerais durante sua jornada pela terra. Caso seja verdade, esses funerais talvez fossem parte da provisão de Deus para que os espias se deslocassem sem ser percebidos, mas eles interpretaram os acontecimentos como um sinal de que a região não era salutar, apesar de seus habitantes darem a impressão de estar prosperando. Que relatório mais desanimador acerca da terra que Deus havia prometido aos israelitas!

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