Explicação de Juízes 2
Em Juízes 2, a narrativa continua a partir dos eventos do capítulo anterior, focando na geração que vem depois de Josué e seus contemporâneos. Os israelitas agora estão estabelecidos na Terra Prometida, mas rapidamente caem em um ciclo de desobediência e idolatria. Deus permite que as nações que não foram completamente expulsas permaneçam como um teste para a fidelidade de Israel. O povo de Israel abandona o Senhor e serve aos falsos deuses das nações vizinhas, levando à ira de Deus e à sua opressão por potências estrangeiras. Em resposta aos seus clamores por libertação, Deus levanta juízes para resgatá-los. No entanto, cada ciclo de libertação é seguido por outro período de desobediência, revelando o padrão recorrente de infidelidade dos israelitas. Juízes 2 serve como um capítulo de transição que prepara o terreno para o restante do livro, destacando a luta contínua entre a infidelidade dos israelitas e a misericórdia de Deus. Ressalta as consequências de abandonar os mandamentos de Deus e a importância da obediência para manter um relacionamento íntimo com Ele.
Juízes 2
2.1 O Anjo do Senhor. A manifestação de Deus numa Teofania. Subiu... de Gilgal a Boquim. O Tabernáculo foi, então, deslocado de Gilgal (cf. Is 5.9n) para Boquim (ou Betel, segundo a Septuaginta). Nunca... • N. Hom. “A Constância de Deus e a Inconstância dos homens”; 1) Enquanto, Deus vê o passado, o presente e o futuro com absoluta precisão, o homem, esquece o passado, racionaliza o presente e desconhece o futuro; 2) Enquanto Deus firma Sua aliança garantida pela sua própria pessoa, imutável (Hb 6.18), o homem promete sem saber se poderá cumprir (cf. Js 24.31 com Jz 2.2; 3) Sendo Deus perfeito em santidade; não terá motivos para mudar Seu plano; o homem é movido pelas emoções, pelos enganos e pelo interesse próprio (cf. Gl 3.1; Lc 22.25, 26; Ef 4.14; 1 Tm 4.1- 4).
2.3 Não os expulsarei. A desobediência requer a disciplina e a provação. A geração extinta durante a travessia do deserto, por falta de confiança no Senhor, é seguida por outra que deixara de cumprir a Sua palavra.
2.6-3.6 Esta seção forma uma introdução religiosa à história dos juízes. Explica essa história em termos de ciclos, decorrentes de apostasia, opressão, arrependimento e súplica, seguidos pela libertação oferecida por Deus (16-20). A grande lição que devemos perceber é que Israel prosperava e permanecia livre somente enquanto se mostrava fiel a Deus.
2.7 Grandes obras. A passagem paralela (Js 24.31) omite a palavra “grandes”. A ênfase recai aqui sobre a culpa de Israel em face às notáveis demonstrações de poder em favor do Seu povo.
2.9 Timnate-Heres. Deve ser Timnate-Sera como em Js 19.50 e 24.30. É óbvio que um copista trocou a posição das consoantes. Hoje é conhecida como Tibne, 15 km ao norte de Betel.
2.13. Baal e Astarote. Deus e deusa dos cananeus. Baal era o deus do trovão e da chuva, controlador da vegetação. Era conhecido. como o filho de El, no “panteão” cananeu. Astarote é o plural de Astorete (cf. 1 Rs 11.5), deusa da fertilidade e esposa de Baal (“senhor”, “marido”). Na Fenícia foi chamada Astarte (cf. Dt 16.21), e Istar na Babilônia; O culto oferecido a esses deuses da fertilidade era acompanhado de toda espécie de imoralidade e atos de depravação (cf. 3.7).
2.16 Juízes. Líderes militares dotados de poder sobrenatural. Renderam serviço às tribos que, por sua vez, lhes confiaram a posse vitalícia do governo.
2.17 Prostituíram. A aliança entre Deus e Israel é descrita figuradamente como um casamento. Deus é seu único Senhor e protetor, enquanto Israel é em particular amada como noiva ou esposa. Seguir a outro deus (Baal - marido) seria adultério espiritual. Veja a mensagem central dos livros de Oséias e Jeremias (3.1ss). 2.21-23 Não expulsarei. A presença dos pagãos cananeus entre os israelitas serviu, por um lado, como teste de sua fidelidade a Jeová (3.4), e por outro, como fonte de disciplina e correção aos que não obedecem. • N. Hom. “A utilidade do Mundo no plano de Deus”. 1) É uma fonte de provação e tentação que manifesta: a) até onde estamos prontos a guardar os mandamentos de Deus (20); b) até onde estamos prontos a atender Sua voz (20); 2) É a arena onde se demonstra fé, obediência e amor: a) Trilhar um caminho de Deus que não oferece obstáculos não produz dependência dEle; b) Se seguimos a Deus sem provações, não aprendemos a amá-lo profundamente; c) Sem sofrimentos não aprendemos a obedecer-lhe devidamente (Hb 5.8; Rm 5.3-5).
Índice: Juízes 1 Juízes 2 Juízes 3 Juízes 4 Juízes 5 Juízes 6 Juízes 7 Juízes 8 Juízes 9 Juízes 10 Juízes 11 Juízes 12 Juízes 13 Juízes 14 Juízes 15 Juízes 16 Juízes 17 Juízes 18 Juízes 19 Juízes 20 Juízes 21
Juízes 2
2.1 O Anjo do Senhor. A manifestação de Deus numa Teofania. Subiu... de Gilgal a Boquim. O Tabernáculo foi, então, deslocado de Gilgal (cf. Is 5.9n) para Boquim (ou Betel, segundo a Septuaginta). Nunca... • N. Hom. “A Constância de Deus e a Inconstância dos homens”; 1) Enquanto, Deus vê o passado, o presente e o futuro com absoluta precisão, o homem, esquece o passado, racionaliza o presente e desconhece o futuro; 2) Enquanto Deus firma Sua aliança garantida pela sua própria pessoa, imutável (Hb 6.18), o homem promete sem saber se poderá cumprir (cf. Js 24.31 com Jz 2.2; 3) Sendo Deus perfeito em santidade; não terá motivos para mudar Seu plano; o homem é movido pelas emoções, pelos enganos e pelo interesse próprio (cf. Gl 3.1; Lc 22.25, 26; Ef 4.14; 1 Tm 4.1- 4).
2.3 Não os expulsarei. A desobediência requer a disciplina e a provação. A geração extinta durante a travessia do deserto, por falta de confiança no Senhor, é seguida por outra que deixara de cumprir a Sua palavra.
2.6-3.6 Esta seção forma uma introdução religiosa à história dos juízes. Explica essa história em termos de ciclos, decorrentes de apostasia, opressão, arrependimento e súplica, seguidos pela libertação oferecida por Deus (16-20). A grande lição que devemos perceber é que Israel prosperava e permanecia livre somente enquanto se mostrava fiel a Deus.
2.7 Grandes obras. A passagem paralela (Js 24.31) omite a palavra “grandes”. A ênfase recai aqui sobre a culpa de Israel em face às notáveis demonstrações de poder em favor do Seu povo.
2.9 Timnate-Heres. Deve ser Timnate-Sera como em Js 19.50 e 24.30. É óbvio que um copista trocou a posição das consoantes. Hoje é conhecida como Tibne, 15 km ao norte de Betel.
2.13. Baal e Astarote. Deus e deusa dos cananeus. Baal era o deus do trovão e da chuva, controlador da vegetação. Era conhecido. como o filho de El, no “panteão” cananeu. Astarote é o plural de Astorete (cf. 1 Rs 11.5), deusa da fertilidade e esposa de Baal (“senhor”, “marido”). Na Fenícia foi chamada Astarte (cf. Dt 16.21), e Istar na Babilônia; O culto oferecido a esses deuses da fertilidade era acompanhado de toda espécie de imoralidade e atos de depravação (cf. 3.7).
2.16 Juízes. Líderes militares dotados de poder sobrenatural. Renderam serviço às tribos que, por sua vez, lhes confiaram a posse vitalícia do governo.
2.17 Prostituíram. A aliança entre Deus e Israel é descrita figuradamente como um casamento. Deus é seu único Senhor e protetor, enquanto Israel é em particular amada como noiva ou esposa. Seguir a outro deus (Baal - marido) seria adultério espiritual. Veja a mensagem central dos livros de Oséias e Jeremias (3.1ss). 2.21-23 Não expulsarei. A presença dos pagãos cananeus entre os israelitas serviu, por um lado, como teste de sua fidelidade a Jeová (3.4), e por outro, como fonte de disciplina e correção aos que não obedecem. • N. Hom. “A utilidade do Mundo no plano de Deus”. 1) É uma fonte de provação e tentação que manifesta: a) até onde estamos prontos a guardar os mandamentos de Deus (20); b) até onde estamos prontos a atender Sua voz (20); 2) É a arena onde se demonstra fé, obediência e amor: a) Trilhar um caminho de Deus que não oferece obstáculos não produz dependência dEle; b) Se seguimos a Deus sem provações, não aprendemos a amá-lo profundamente; c) Sem sofrimentos não aprendemos a obedecer-lhe devidamente (Hb 5.8; Rm 5.3-5).
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