Significado de Êxodo 8
Êxodo 8
Êxodo 8 continua a narrar a história das dez pragas do Egito. Neste capítulo, Deus envia a segunda e a terceira pragas sobre a terra do Egito: rãs e mosquitos. Os mágicos do Faraó são inicialmente capazes de replicar esses sinais, mas eventualmente, eles admitem que não podem fazê-lo, reconhecendo a superioridade de Deus.
O capítulo lança luz sobre o tema do julgamento de Deus, que é um tema central no livro de Êxodo. Ele destaca como Deus traz julgamento sobre aqueles que oprimem Seu povo e como Ele usa sinais milagrosos para demonstrar Seu poder e soberania. As pragas servem como um lembrete de que Deus está no controle de todas as coisas e Ele não tolerará injustiça e opressão.
Além disso, Êxodo 8 mostra a contínua teimosia do Faraó. Apesar do sofrimento que as pragas trazem sobre seu povo, Faraó se recusa a deixar os israelitas irem, e seu coração fica ainda mais endurecido. O capítulo também revela o papel de Moisés como o agente escolhido por Deus para executar Seu plano. Moisés intercede em favor dos egípcios, e Deus mostra Sua misericórdia removendo a praga das rãs. No entanto, o faraó ainda se recusa a ouvir e as pragas continuam.
Concluindo, Êxodo 8 é um capítulo crucial que enfatiza a importância de atender às advertências de Deus e seguir Sua vontade. Ele destaca as consequências da desobediência e o poder do julgamento de Deus. O capítulo também revela a importância da intercessão e da misericórdia de Deus, demonstrada pelas ações de Moisés. As pragas servem como um lembrete da soberania de Deus sobre todas as coisas e Seu desejo de libertar Seu povo da opressão.
Comentário de Êxodo 8
Êxodo 8.3-5 Avara de Arão (Êx 7.19) não era um cajado mágico, mas sim um poderoso símbolo do poder de Deus na mão de Seu servo (Ex 4.1-8,20; 7.9,20; 8.16; 9.23; 10.13,22; 14.16; 17.5,9). Não está muito claro nesta passagem, mas é bastante provável que, com base nas palavras em Êxodo 8.22; 9.4,26; 10.23; 11.7, os hebreus tenham sido poupados dos efeitos desta praga na terra do Egito. Apenas a poluição do Nilo (Êx 7.14-25) teria afetado diretamente o povo hebreu.
Êxodo 8.6,7 Os magos [...] com os seus encantamentos. Novamente, não sabemos como e em que quantidade os magos (Êx 7.11) produziram as rãs. Mas, ao fazer isso, acabaram por contribuir com a situação.
Êxodo 8.8 Note que faraó não falou a seus magos para libertarem a terra das rãs. Ele mandou chamar Moisés e Arão para rogar ao Senhor (traduzido como orar no versículo 9) a seu favor.
Êxodo 8.9 E Moisés disse a Faraó: Tu tenhas glórias. Moisés aceitou o pedido do faraó e até deixou que este escolhesse quando ele deveria orar para libertá-lo das rãs. Desta forma, o rei do Egito não poderia dizer depois que foi apenas uma coincidência e que os anfíbios começaram a sumir sozinhos.
Êxodo 8.10, 11 Na Bíblia, especialmente nos livros proféticos, muitas vezes é dito que ninguém há como o Senhor. Aqui, o Deus vivo estava sendo diferenciado dos falsos deuses do Egito (Êx 9.14; 15.11; Is 40.25). O fato de Deus ser incomparável (Êx 9.14; 15.11; Is 40.25) é um dos principais ensinamentos dos profetas do Antigo Testamento. No mundo antigo, em que era comum os povos cultuarem inúmeras divindades, o Deus vivo, Yahweh, não podia ser comparado a nenhuma delas, porque Ele próprio é diferente de tudo que está em Sua criação (Sl 113.4-6). Para a questão quem é como o Senhor?, a resposta é: Ninguém! (Mq 7.18).
Êxodo 8.12 Clamou ao Senhor. O verbo hebraico traduzido como clamar aponta para uma necessidade urgente do suplicante e sugere que, por Sua boa vontade, Deus responde a esse pedido (Êx 22.27; SI 40.1). O mesmo tipo de oração fez com que o Senhor resgatasse Seu povo (Êx 2.23; 14.10,15; 15.25; 17.4; 22.23,27).
Êxodo 8.13, 14 Havia muitas rãs mortas nos pátios e nos campos. A natureza miraculosa desta praga está no perfeito ajuste de tempo e na magnitude da invasão. Deus não as mandara sem planejamento. Ele fez com que as rãs aparecessem aos milhões de uma forma sobrenatural no momento exato, e também fez com que elas morressem na hora certa (Êx 8.30,31; 9.33; 10.18,19).
Êxodo 8.15 O comportamento do faraó seguia um padrão. Durante os dias difíceis, o rei do Egito prometia qualquer coisa. Contudo, tão logo vinha o alívio, ele endurecia seu coração e não fazia o que havia assegurado (Êx 3.19; 4.21; 5.2; 7.3,13,14).
Êxodo 8.16, 17 A praga dos piolhos foi a primeira a não ser anunciada antecipadamente ao faraó. Toda a terra do Egito. Também não está claro nesta passagem, mas, provavelmente, com base em Êxodo 8.22; 9.4,26; 10.23; 11.7, os hebreus não sofreram os efeitos dessa praga. Todo o pó da terra do Egito transformou-se em piolho (NVI) é uma hipérbole que indica um problema sem precedentes envolvendo minúsculos insetos multiplicados em um número incontável.
Êxodo 8.18 Os magos fizeram também assim com os seus encantamentos para produzirem piolhos, mas não puderam. Desta vez, os magos falharam. Talvez o fato de não ter havido anúncio prévio não lhes tenha dado tempo de prepararem-se.
Êxodo 8.19 É realmente notório que os magos do faraó tenham atribuído toda a desgraça ao dedo de Deus. Mas, que opções eles tinham? A própria competência dos feiticeiros estava em jogo. Ainda assim, as suas palavras não causaram nenhum impacto no faraó (Êx 3.19; 4.21; 5.2; 7.3,13,14).
Êxodo 8.20-22 A pressão sobre o faraó foi intensificada com esta praga. Pela primeira vez (leia Êx 9.4,26; 10.23; 11.7), Deus prometeu separar a terra de Gósen, a fim de proteger Seu povo das pragas egípcias. As moscas invadiriam todos os lugares, exceto o local onde estavam os hebreus. Assim, o Senhor faria com que Seu objetivo fosse compreendido por todas as pessoas do Egito. De certa forma, essa separação é o aspecto mais notável das pragas, especialmente na última (Êx 11.7; 12).
Êxodo 8.23 Na promessa porei separação entre o meu povo e o teu povo, está implícita a ideia de estabelecer um resgate, mas o significado não está claro neste contexto. A tradução separação decorre do fato de ter sido usado como documento original a Septuaginta (LXX) e a Vulgata, versões que visam a uma melhor interpretação (e seguem o significado do verbo-chave em Êxodo 8.22).
Êxodo 8.24 Não há a menção da vara de Moisés nesta passagem (compare com Êx 7.20). Talvez a vara tenha sido erguida por Moisés ou Arão, mas a ênfase aqui é na ação do Senhor. Como Ele avisara, as moscas trouxeram destruição. A palavra corrompida pode ser usada tanto para aludir a uma corrupção moral (Gn 6.12) como para indicar ruína física, como no caso deste versículo.
Êxodo 8.25 A resposta do faraó foi de uma submissão parcial somente. Nesta terra indica que o rei do Egito não permitiu que eles saíssem do país.
Êxodo 8.26 Quando Moisés utilizou a forte terminologia abominação dos egípcios (Dt 17.1; 18.12; 22.5), ponderou e percebeu que os sacrifícios iam contra a ética e a cultura dos egípcios (Gn 43.32; 46.34). Os sacrifícios de animais em Israel incluíam as ovelhas, que eram detestáveis para os egípcios. A raiva que geraria nos egípcios poderia fazer com que eles apedrejassem os hebreus até a morte.
Êxodo 8.27 Deixa-nos ir caminho de três dias ao deserto. Aqui há reiteração do pedido em Êxodo 3.18. Para mais detalhes, ver o comentário sobre esse trecho.
Êxodo 8.28 Faraó até estava disposto a considerar o pedido, mas com uma restrição e uma condição: somente que indo, não vades longe; orai também por mim.
Êxodo 8.29 Moisés prometeu orar para que os enxames de moscas deixassem o povo egípcio, mas pediu a faraó que, desta vez, mantivesse a sua palavra: somente que Faraó não mais me engane, não deixando ir a este povo para sacrificar ao Senhor. (Veja também Êx 7.22; 8.15,19.)
Êxodo 8.30-32 Assim que o Senhor retirou os enxames de moscas, o faraó obstinou-se novamente contra Moisés, Israel e Deus, endurecendo seu coração (Êx 3.19; 4-21; 5.2; 7.3,13,14).
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