Quem é o Anjo Forte em Apocalipse 10:1?
Quem é o Anjo Forte em Apocalipse 10:1?
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Mais estudos: Interpretação de Apocalipse - Explicação do Livro de Apocalipse - Interpretação Bíblica de Apocalipse - Significado de Apocalipse - Resumo de Apocalipse - Teologia do Livro de Apocalipse - Comentário de Apocalipse - Explicação de Apocalipse - Fundo Histórico do Livro de Apocalipse - Estudo do Livro de Apocalipse - Devocional de Apocalipse
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Como João subiu até a porta do céu
conforme Ap 4.1 e agora um anjo desce até ele, parece que ele entrementes mudou
sua localização. Alguns comentaristas (p. ex., Zahn) ilustram, porém, que
João teria ido até a praia da ilha e visto ali uma nuvem de imponente altura,
da qual, como relâmpagos, teriam descido, sob trovões, duas colunas de luzes,
uma sobre o mar, outra sobre a terra. Depois eles continuam a inferir: se,
conforme o v. 2, o anjo pisava com o pé esquerdo sobre a terra firme da Ásia
Menor, com o direito sobre o mar, ele estaria olhando em direção de Jerusalém
e, por conseguinte, também teria profetizado a respeito de Jerusalém e Israel.
A direção do
olhar do anjo, no entanto, não pode ser constatada, pois isso depende de onde
ele se postou nas praias recortadas. Todas as possíveis direções são
imagináveis. Pode-se ter concepções e suspeitas particulares a esse respeito.
Porém elas não cabem na interpretação.
O aposto: outro,
em relação com o anjo, poderia acrescentar este anjo, sem destaque, como
mais um, à serie de aparições anteriores de anjos (cf. o cap. 14). No Ap
freqüentemente aparecem novos anjos. A expressão, no entanto, também poderia
exercer uma função de diferenciação: é um anjo com uma incumbência de tipo
diferente. Aos anjos castigadores segue-se agora um anjo de salvação. Já em Ap
7.2; 8.3 e novamente em Ap 18.1 João fala, nesse sentido, de um outro anjo.
Ele tende a distinguir com exatidão os anjos e as vozes (Ap 4.1; 10.7).
Como em Ap
5.2, trata-se
aqui de um anjo forte. Muitas vezes o at
fala da força de luta de Deus, que se impõe contra toda a resistência no mundo.
Um reflexo desse Senhor paira sobre os seus emissários, que concretizam sua
força.
As próximas
quatro características desse anjo evocam de forma igualmente marcante o Deus e
o Cristo exaltados. Envolto em nuvem: a majestade dos céus o rodeia como
ao próprio Senhor (Ap 1.7; 14.14). Com o arco-íris por cima de sua cabeça:
neste trecho o artigo definido poderia apontar praticamente para Ap 4.3, onde o
arco-íris emoldura o trono de Deus – uma imagem de radiante beleza (cf.
comentário correspondente). O rosto era como o sol: um rosto de sol como
esse João viu em Ap 1.16 na pessoa de Cristo. É assim que o Vencedor se
apresenta. As pernas (“os pés” [rc,
teb, bv]),
como colunas de fogo: isto evoca igualmente os pés na visão de Cristo em Ap
1.15. Agora, porém, é acrescentada a comparação com as colunas, de maneira que
se recomenda a tradução possível com “pernas” (cf. ra, blh, nvi, bj,
vfl).
Apesar da
extraordinária majestade do anjo descarta-se a interpretação de que ele seja
Cristo. O Ap nunca confunde entre o Senhor que está assentado no trono com seus
emissários que descem à terra (cf. o comentário a respeito de Ap 7.2; 8.3).
Talvez, porém, fosse apropriado recordar o “anjo do Senhor” no at. Ele era a “personalização do auxílio
de Iahweh para Israel”, em muitas passagens difícil de distinguir claramente do
próprio Iahweh. Aqui consideramos que esse anjo anuncia a sétima trombeta, i.
é, a “última” e extraordinária trombeta. Depois virá o Senhor (1Co 15.52). Como
precursor imediato, ele exibe as características majestáticas que permitem
reconhecer que Senhor sublime ele proclama.