Significado de Salmos 29
Salmos 29
O Salmo 29 é um hino de louvor que exalta o poder e a glória de Deus em meio a uma tempestade. O salmo pode ser dividido em três partes: um convite à adoração (versículos 1-2), uma descrição da voz de Deus na tempestade (versículos 3-9) e uma declaração do reinado de Deus sobre a criação (versículos 10-11).
Na primeira parte do salmo, Davi convida o povo a adorar a Deus e dar-Lhe glória. Exorta-os a atribuir ao Senhor a glória devida ao seu nome e a adorá-lo no esplendor da sua santidade.
Na segunda parte do salmo, Davi descreve a poderosa e majestosa voz de Deus em meio a uma tempestade. Ele retrata Deus como Aquele que controla as forças da natureza e faz a terra tremer com Sua voz. Davi usa linguagem poética para descrever a tempestade e seus efeitos, enfatizando a soberania de Deus sobre a criação.
Na terceira parte do salmo, Davi declara que Deus é o Rei de toda a criação. Ele enfatiza a força e as bênçãos de Deus para Seu povo e os convida a dar glória ao Senhor para sempre.
No geral, o Salmo 29 é um salmo de louvor que exalta o poder e a soberania de Deus sobre a criação. Ela nos encoraja a adorar a Deus e a reconhecer Sua majestade, particularmente em meio às forças inspiradoras da natureza. O salmo nos lembra que Deus está no controle de todas as coisas e que Ele é digno de nossa adoração e louvor.
Introdução ao Salmo 29
Comentário de Salmos 29
Salmos 29.1 Dai, aqui, significa atribuí. O filhos dos poderosos significa “ó filhos de deuses”. Esta frase hebraica se refere aos seres espirituais que estão na presença de Deus. Conhecemos tais seres como anjos. As palavras hebraicas são semelhantes às de Jó 1.6, que também descrevem os anjos que estão na presença de Deus.
Salmos 29:1–2 Três vezes os “poderosos” são chamados para louvar ao Senhor. Os “poderosos” (ou seja, a assembleia divina de seres celestiais que cercam o trono de Deus) devem mostrar a devida honra à sua “glória e força” e ao seu “nome”. O “nome” de Deus é uma referência respeitosa ao “SENHOR” na demonstração de sua “glória e força” — uma combinação que enfatiza seus atos poderosos na criação e na redenção. O salmista louva o Senhor por seu governo, soberania e majestade em relação ao seu povo e a todas as suas obras.
Salmos 29.2 A glória devida ao seu nome. O chamado é para que as hostes angelicais reconheçam plenamente a grandeza de Deus. Os poetas da Bíblia apreciavam tirar ideias dos cananeus e reduzi-las ao essencial. Veja os ataques pesados à idolatria em 115.4-8 e Isaías 41-21-29. Aqui, o poeta toma uma imagem predileta do pensamento cananeu — Baal, com outros deuses se curvando a ele — e a vira pelo avesso. Não é mais Baal, mas o Deus verdadeiro quem é adorado. Não é adorado por deuses que nem sequer existem, mas, sim, por seus próprios anjos.
Salmos 29.3, 4 A voz do Senhor. Tanto a linguagem como o paralelismo deste versículo espelham diretamente a poesia cananeia. Acreditava-se em Baal como o deus das tempestades, que trovejava nos céus. Aqui, o som do trovão é um símbolo da voz de Deus. A expressão a voz do Senhor ocorre sete vezes nesta passagem (v. 3-9), como trovões que repicam seguidamente.
Os cedros do Líbano. Há uma energia dramática nestes versículos, pois traduzem o movimento da tempestade desde o norte, do Líbano e Siriom, nome antigo do monte Hermom (Dt 3.9), até Cades, no sul. Nada impede o avanço da tempestade; seus efeitos se estendem do mar à terra, de norte a sul, de animais a árvores. Como no início do salmo, todos os anjos do santuário celeste reconhecem a glória suprema do Deus onipotente.
Salmos 29.10, 11 Tal como Baal, supostamente, teria sido vitorioso sobre as águas, aqui é Deus quem vence verdadeiramente sobre tudo. Controla até mesmo as águas no auge do seu poder destrutivo, o Dilúvio. Não há ninguém que se oponha ao Seu reinado glorioso. Ele é o Deus verdadeiro, não existe outro. Somente Ele pode dar poder ao Seu povo.
Salmos 29.2 A glória devida ao seu nome. O chamado é para que as hostes angelicais reconheçam plenamente a grandeza de Deus. Os poetas da Bíblia apreciavam tirar ideias dos cananeus e reduzi-las ao essencial. Veja os ataques pesados à idolatria em 115.4-8 e Isaías 41-21-29. Aqui, o poeta toma uma imagem predileta do pensamento cananeu — Baal, com outros deuses se curvando a ele — e a vira pelo avesso. Não é mais Baal, mas o Deus verdadeiro quem é adorado. Não é adorado por deuses que nem sequer existem, mas, sim, por seus próprios anjos.
Salmos 29.3, 4 A voz do Senhor. Tanto a linguagem como o paralelismo deste versículo espelham diretamente a poesia cananeia. Acreditava-se em Baal como o deus das tempestades, que trovejava nos céus. Aqui, o som do trovão é um símbolo da voz de Deus. A expressão a voz do Senhor ocorre sete vezes nesta passagem (v. 3-9), como trovões que repicam seguidamente.
A glória de Deus repousa sobre toda a sua criação: céu, mar, terra e deserto. A tempestade é uma poderosa ilustração da majestade e do poder de Deus — mesmo no mar. O Mar Mediterrâneo era uma força poderosa cujas ondas poderosas poderiam causar grande destruição. Mas o Senhor é soberano sobre as terríveis forças do mar (cf. 93:3–4).
Salmos 29:5–9 A glória de Deus também é evidente nas montanhas (114:4, 6). Em sua presença, eles são abalados como pequenos objetos. Essas poderosas cadeias de montanhas, elevando-se a uma altitude de dez mil pés acima do nível do mar, são dramaticamente retratadas como saltitantes como um bezerro e como um boi selvagem. Pelo efeito do poder de Deus, os grandes cedros do Monte Líbano são derrubados e estilhaçados.
A “voz do SENHOR” ressoa no céu e na terra. O salmista associa o trovão tão intimamente ao relâmpago que reflete sobre os terríveis efeitos de um raio. A glória de Deus se revela nas regiões desérticas, sobre as quais o Senhor também governa. A resposta apropriada das criaturas celestiais de Deus é sua atribuição de glória ao Grande Rei. Todos em seu templo celestial clama: “Glória!”
Salmos 29.10, 11 Tal como Baal, supostamente, teria sido vitorioso sobre as águas, aqui é Deus quem vence verdadeiramente sobre tudo. Controla até mesmo as águas no auge do seu poder destrutivo, o Dilúvio. Não há ninguém que se oponha ao Seu reinado glorioso. Ele é o Deus verdadeiro, não existe outro. Somente Ele pode dar poder ao Seu povo.
Embora as tempestades se enfureçam e as montanhas tremam, o Senhor é rei. Sua entronização sobre o “dilúvio” assegura a seus filhos que, por maior que seja seu poder, ele é soberano. Como nos dias do Dilúvio, é a qualquer momento que a glória de Deus pode ser expressa em julgamento severo. povos que habitam e atravessam a terra e o mar. A demonstração da glória de Deus na natureza dá uma sensação de tranquilidade e temor. O Senhor, nosso Deus, é poderoso em sua glória. Ele pode e protege seu povo.
Salmos 29:1-2 (Devocional)
Atribua ao Senhor GlóriaNeste salmo, é dada a resposta de Deus à oração do Salmo 28, na qual se pede o julgamento dos inimigos. Deus fará soar Sua voz cheia de poder e majestade em Seu tempo. Isso significará julgamento para os ímpios e salvação e alegria para os remanescentes.
Neste salmo não ouvimos o clamor de um aflito em aflição, mas o poder de Deus é demonstrado. Isso é feito para encorajar os fiéis. Aquele que cuida deles é mais poderoso do que todos os poderosos governantes da terra que ainda estão no controle hoje e que muitas vezes tornam a vida tão difícil para os fiéis.
A descrição do poder de Deus está ligada à Sua voz, que é comparada a uma violenta tempestade. Isso deixa claro que Deus é maior que Baal, o ídolo cananeu da tempestade e do trovão. Sua voz é a resposta à voz de Davi (Sl 28:2). Uma das características de uma pessoa é sua voz. Davi reconhece no trovão a voz de Deus (cf. Jó 37:2-5).
Para “um Salmo de Davi” (Salmos 29:1), veja Salmos 3:1.
Neste salmo, Davi chama “os filhos dos poderosos”, os governantes poderosos, os grandes da terra, para “atribuírem ao Senhor glória e força” (Sl 29:1). Com isso, ele está pedindo o reconhecimento deles. Eles devem atribuir a Ele “a glória devida ao Seu Nome” (Sl 29:2). Várias vezes em Salmos 29:1-2 é dito aos poderosos governantes que Ele é “o SENHOR”, o Nome que enfatiza Sua aliança com Seu povo. Em todo o salmo, esse Nome ocorre dezoito vezes. Há uma clara ênfase nisso (cf. Is 42:8).
A ordem é apropriada: “Adore o SENHOR em vestes sagradas”. Isso acontecerá sem qualquer resistência. Onde Ele habita, tudo é glorioso e santo. Com Ele não há contradição entre glória e santidade. Uma de Suas glórias é Sua santidade. Ambas as características Dele compelem os governantes da terra a adorá-Lo.
O “atribuir” três vezes repetido parece implicar uma certa indisposição. Mas eles não podem escapar disso. Um dia todo joelho se dobrará diante dele e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai (Fp 2:10-11).
Salmos 29:3-9 (Devocional)
A poderosa voz de DeusO salmo é caracterizado por uma repetição de palavras, dando a impressão de repetir trovões. Sete vezes nesses versículos se fala da “voz do SENHOR”. Isso dá a este salmo seu apelido: o salmo dos sete trovões.
Com exceção da sétima vez, “a voz do SENHOR” sempre fala em conexão com o julgamento. Na sétima vez, a voz de Deus fala para trazer uma nova vida. O fato de Sua voz soar poderosa sete vezes não pode deixar de causar profunda admiração por aquela Majestade. Suas obras são poderosas e poderosas também é Sua direção da história. Esses versículos descrevem Sua glória e honra sobre toda a criação: sobre o ar, o mar, a terra e o deserto.
A primeira vez que ouvimos a voz do SENHOR soar “sobre as águas” (Sl 29:3). As águas são muitas vezes uma imagem das nações que vivem em rebelião contra Deus (cf. Is 57:20). “O Deus da glória troveja” terrivelmente sobre eles. Deus está “sobre muitas águas”, Ele as governa, elas estão em Seu poder. Portanto, Ele pode salvar Seu povo quando eles tiverem que passar pelas águas (Is 43:2; Êx 14:21-22).
A voz de Deus é poderosa e majestosa (Sl 29:4). Quando Deus fala, é sempre com poder. Ele se revela em Seu falar, algo Dele então se torna visível. Vemos isso na criação (Gn 1:3; Gn 1:6; Gn 1:9; Gn 1:11; Gn 1:14; Gn 1:20; Gn 1:24). Tudo acontece por Seu falar poderoso; e tudo o que Ele criou, Ele também sustenta pela palavra do Seu poder (Hb 1:3). Na criação, vemos “Seu eterno poder e natureza divina” (Rm 1:20). Nela Ele fala (Sl 19:1) e se revela. E quando Ele se revela, Ele se glorifica.
O poder e a majestade de Deus são expressos em uma tempestade; eles se tornam tangíveis nele. Uma tempestade é uma maneira de falar de Deus. Como resultado, os cedros são quebrados, “sim, o Senhor esmiuça os cedros do Líbano” (Sl 29:5). Os cedros aqui são uma figura do homem orgulhoso, que será humilhado pelo SENHOR (Is 2:11-13; Is 2:17). Não apenas o homem orgulhoso será humilhado, mas nações inteiras, que são comparadas a montanhas como “Líbano” e “Sirion” (Sl 29:6), que é o Monte Hermon (Dt 3:8-9). Sirion é o nome fenício do Monte Hermon. O nome fenício enfatiza que neste salmo é destacada uma contradição com o ídolo fenício Baal.
Essas poderosas montanhas no norte de Israel saltam por Sua voz “como um bezerro” e “como um novilho selvagem”. Ele lida com eles como se fossem animais jovens e brincalhões. As montanhas são imóveis para nós humanos, mas pela voz de Deus até mesmo essas montanhas imóveis começam a pular como um bezerro e um jovem boi selvagem.
Ao contrário dos versículos circundantes que consistem em duas frases paralelas, o Salmo 29:7 consiste em apenas um versículo poderoso que podemos, portanto, considerar o centro e o cerne deste salmo. O terremoto criado pelo falar de Deus no versículo anterior é acompanhado pelas chamas ardentes que Deus corta das nuvens, por assim dizer. Assemelha-se à Sua espada brilhante com a qual Ele traz vingança sobre Seus adversários (Dt 32:41; cf. Ap 19:15). Diante dessa grandeza, o homem encolhe (Jr 10:13-14).
Do Líbano e do Sirion no norte, a tempestade avança para o deserto de Cades no sul (Sl 29:8). A terra inteira é devastada pelos julgamentos de Deus para recompensar o derramamento do sangue de pessoas inocentes.
Por Sua voz, Deus traz uma nova vida (Sl 29:9). Este versículo se refere ao início do Salmo 22, ‘o final da aurora’ (Salmos 22:1). Aquele cervo ou corça aqui se torna um cervo que lança filhotes. Através da conexão com o Salmo 22, podemos dizer que Deus dá uma nova vida com base na morte do Ungido. O cervo é uma figura do remanescente fiel (cf. Sl 42:1). Eles passam pela grande tribulação, na qual tantas vezes se desesperam da vida, e então chegam a uma nova vida, por assim dizer.
As florestas são desnudadas pela tempestade. As árvores estão nuas após a tempestade. Toda a sua glória se foi. As árvores aqui são uma imagem da grandeza do homem (Dn 4:20-22). Nesta figura vemos que após os julgamentos de Deus o homem é completamente despojado de toda a sua glória e fica nu diante de Deus. Deus se glorifica por meio do julgamento.
Após a purificação da terra, o santuário será purificado. O templo será reconstruído pelo anticristo que se deixará adorar ali como Deus. Então Deus intervém, pois quem entra em Seu templo deve dar-Lhe glória. Em toda parte, em toda a criação, a honra de Deus é visível. Ninguém mais vai adorar nada nem ninguém. Todos dirão a Ele o que virem: Glória!
Salmos 29:10-11 (Devocional)
Deus é rei para sempreEsses versículos são a resposta à oração em Salmos 29:1-2. Em Sl 29:10 vemos Quem é o SENHOR como Aquele que tem poder sobre tudo. Em Sl 29:11 vemos quem Ele é para o Seu povo.
Seu domínio sobre tudo é demonstrado em Seu governo sobre o dilúvio (Sl 29:10). Isso fala do julgamento que Ele traz sobre a terra, um julgamento semelhante ao “dilúvio” do dilúvio (Gn 6:17). O SENHOR “senta-se como Rei” acima dela, Ele governa sobre ela, é o Seu julgamento. Mas, assim como no dilúvio, Ele mantém um remanescente durante os julgamentos.
Assim como um novo mundo surgiu após o dilúvio, também esta tempestade de julgamento é necessária se houver um novo mundo, um novo céu e uma nova terra (Is 65:17-25). Naquela terra purificada pelo julgamento, o remanescente por Ele poupado pode habitar sob o governo do Senhor Jesus, que reina como Rei em Jerusalém. Seu reinado não termina; é um reino eterno (Dn 2:44).
Deus tirou o poder dos poderosos governantes do Salmo 29:2 e o entregou ao “Seu povo” (Salmo 29:11). Israel exercerá o domínio mundial com o SENHOR em seu meio e o fará com a paz com a qual foi abençoado por Seu Deus. Haverá abundância de paz que encherá toda a terra (Sl 72:7-8). É a paz que prevalece na terra após as tempestades tempestuosas.
Para a prática da nossa vida de fé, o salmo é um encorajamento. Aqueles que estão com problemas porque são tratados com hostilidade pelo mundo veem aqui que Deus está no controle de tudo. Ele tem o poder de derrubar a oposição mais forte. Quando o coração crente considera isso, recebe força para perseverar e há paz Nele.
O que o Salmo 29 me ensina sobre Deus?
O Salmo 29 é um salmo de louvor que exalta o poder e a glória de Deus. Ela nos ensina várias coisas importantes sobre Deus:
Deus é poderoso e majestoso: O salmista declara: “Atribuam ao Senhor, ó seres celestiais, atribuam ao Senhor glória e força. Atribua ao Senhor a glória devida ao seu nome; adorem o Senhor no esplendor da santidade” (versículos 1-2). Isso fala do poder e majestade de Deus, que inspiram adoração e louvor.
A voz de Deus é poderosa: O salmista descreve a voz do Senhor como estrondosa, dizendo: “A voz do Senhor está sobre as águas; o Deus da glória troveja, o Senhor, sobre muitas águas” (versículo 3). Isso fala do poder e autoridade de Deus sobre toda a criação e sua capacidade de falar com autoridade.
A voz de Deus traz bênção e julgamento: O salmista descreve a voz do Senhor como trazendo bênção e julgamento, dizendo “A voz do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é cheia de majestade... A voz do Senhor quebra os cedros; o Senhor quebra os cedros do Líbano” (versículos 4, 5). Isso fala da capacidade de Deus de abençoar e julgar, e de seu poder de trazer mudanças ao mundo.
Deus é digno de adoração e louvor: O salmista conclui o salmo declarando: “Que o Senhor dê força ao seu povo! Que o Senhor abençoe seu povo com paz!” (versículo 11). Isso fala da dignidade de adoração e louvor de Deus, e nossa necessidade de nos voltarmos para ele em busca de força e paz.