Estudo sobre Romanos 11:16
Romanos 11:16
Duas ilustrações trazem uma premissa adicional para a confiança de Paulo em relação a judeus que até aqui estão endurecidos. A primeira ilustração lembra a prescrição de ofertar parte da massa de pão, em Nm 15.18-20. E, se forem santas as primícias da massa, igualmente o será a sua totalidade. Da massa preparada para assar pão a dona de casa tinha de enviar primeiramente uma pequena quantia predeterminada à casa do sacerdote. Com isso a massa toda era considerada como consagrada a Deus e agradável a ele, sendo liberada para o consumo. Desse modo o pequeno remanescente fiel em Israel faz com que o povo todo não “se tornou como Sodoma e Gomorra” (Rm 9.29), mas continua pertencendo a Deus e, assim, é santo. A segunda figura não relaciona uma pequena parte com a massa toda, mas a origem do povo ao seu desdobramento nos membros. E se for santa a raiz, também os ramos o serão. A qualidade dos ramos é determinada pela raiz (quanto à explicação da raiz, cf o que será exposto sobre o v. 17). Referente ao conceito de santidade no presente texto: Em 1Co 7.13-16 Paulo é capaz de, contra seu uso terminológico comum, chamar de “santificada” uma pessoa que não crê e ainda não foi salva, se ela “consente em viver (com o cônjuge crente)”. Pois por meio dessa convivência ela vive realmente na esfera de santidade. Portanto, existe uma santidade de segunda mão. Seguramente ela não representa o alvo dos caminhos de Deus, mas é algo promissor. Aquele entendimento de “santo” com certeza também coincide com o nosso versículo.
Continuação...
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