Estudo sobre Romanos 11:5-6

Romanos 11:5-6

O texto da Escritura permite uma aplicação à situação atual de salvação porque Deus é hoje o mesmo que naquele tempo. Assim, pois, também agora, no tempo de hoje, sobrevive um remanescente. Novamente aparece o conceito profético central do “remanescente” (cf o exposto sobre Rm 9.27). No judaísmo, que igualmente preservou essa doutrina, era considerado como resto todo aquele que, em meio à secularização geral, se mantinha firme na sua devoção. Contrariamente, Isaías transferiu a ênfase de remanescente “devoto” para remanescente convertido por Deus (Rm 9.28), um remanescente que, em função desse anúncio, também carecia de conversão. “Um remanescente se converte!” (duas vezes em Is 10.21,22). É nessa linha de pensamento que encontramos Paulo: É um remanescente segundo a eleição da graça, são pecadores agraciados dentre os judeus, uma circunstância destacada com força: E, se é (se aconteceu) pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça. Essa menção do contraste entre graça e obras da lei traz novamente para dentro da reflexão Rm 1–8 (cf o já exposto sobre Rm 9.11b,12a). O que no tempo de Elias eram aqueles sete mil, são, portanto, no tempo de Paulo, os judeus convertidos a Cristo.

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Romanos 11:5-6