Interpretação de 1 Reis 17

Interpretação de 1 Reis 17

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1 Reis 17


2) O Ministério de Elias, a Vocação de Eliseu. 17:1 – 19:21.
1 Reis 17
a) Elias Prediz a Seca. 17:1-8.
17:1. Então Elias, o tesbita, . . . disse a Acabe. Como o aproximar-se de um meteoro iluminando o céu negro da meia-noite, assim foi a entrada de Elias nas trevas da noite espiritual de Israel. Com a chegada de Elias, o processo da revelação direta, interrompido desde os dias de Josué, recomeçou. Substituindo o culto a Jeová em Israel pelo culto a Baal, Jezabel desafiara a existência do Deus vivo. A resposta ao culto a Baal foi o poderoso profeta, Elias (meu Deus é Javé ou Jeová), o tesbita. Tesbe ficava em Gileade, entre os rios Jarmuque e Jaboque na Transjordânia. Tão certo como vive o Senhor, Deus de Israel, perante cujo face estou. Com esta fórmula introdutória, Elias anunciou que a disciplina ia se fazer sentir sobre Acabe e Jezabel em particular, e sobre a terra de Israel. O castigo seria na forma de uma seca de três anos e seis meses de duração. Observe a particularidade desta medida punitiva. O povo de Israel se afastara de Jeová para seguir os deuses populares dos Baalins, os deuses do culto à fertilidade. Os israelitas precisavam que se files lembrasse que Jeová, o Deus de Israel, controla os elementos e portanto toda a fertilidade e vida. Por isso a chuva seria impedida de cair sobre a terra.
2, 3. Veio-lhe a palavra do Senhor, dizendo: Retira-te daqui, vai para a banda do oriente. Isto é, oriente de Samaria, na direção do Jordão. O regato de Quente é um dos diversos regatos que deságuam no Jordão. Embora sua exata identificação seja desconhecida, a tradição o localiza no Wadi el Kelt. Este local constituiu um esconderijo adequado para Elias fugir à ira de Acabe e Jezabel; ele também sustentou Elias durante a fome, pois bebia água do regato e era alimentado por corvos duas vezes ao dia.

b) Elias em Sarepta. 17:9-24.
9. Dispõe-te, e vai a Sarepta. Depois que a água do regato esgotou-se, Deus ordenou ao Seu servo Elias que fosse à cidade de Sarepta, onde uma viúva recebera ordens de sustentá-lo. Sarepta (na LXX) era uma pequena aldeia situada junto ao Mar Mediterrâneo entre Tiro e Sidom.
10. Então ele se levantou e se foi. Quando da sua chegada, foi recebido com o quadro de uma viúva preparando sua última refeição para ela própria e seu filho. Seu pedido de água, embora razoável em circunstâncias normais, talvez fosse um teste de fé. Quando a mulher estava para oferecer ao profeta um pouco de água, ele também lhe pediu um pedaço de pão (v. 11).
12. Tão certo como vive o Senhor teu Deus nada tenho cozido. Ela revelou assim que reconhecia o estranho como um profeta de Deus. Ao mesmo tempo ela estava provocando uma maldição divina sobre si mesma, se as palavras que acabara de proferir não fossem verdadeiras, isto é, que ela e seu filho estavam para comer sua última refeição.
13. Elias lhe disse: Não temas; vai, e faze o que disseste. Com sua obediência em alimentar o profeta, a mulher trocou a incerteza pela certeza, a fome pela fartura, a morte pela vida.
14. A farinha da panela não se acabará. As proféticas palavras de certeza proferidas pelo homem de Deus foram o critério da conduta da mulher, que com indiscutível obediência executou as ordens do profeta. Considerando que ela era gentia, sua fé foi incomparável. Encontramos nosso Senhor referindo-se a ela em Lc. 4:26.
16. Da panela a farinha não se acabou. É mais do que inútil tentar atribuir alguma cousa natural para o suprimento inesgotável do azeite e da farinha da mulher. O ministério de Elias foi marcado de milagres. Neste caso Deus interveio sobrenaturalmente para preservar a vida desta mulher, de sua família e do profeta.
17. Depois disto adoeceu o filho da mulher. Na antiguidade a doença era considerada como visitação divina para chamar a atenção para algum pecado (v. 18). A atitude de Elias aqui prova que esta doença não foi um juízo por causa de pecado. 20, 21. Tomando a criança morta, o profeta retirou-se para o seu quarto, onde invocou a Deus para restauração da vida.
22. O Senhor atendeu à voz de Elias. A fé confiante de Elias levava em si a certeza de ser ouvida. Este é o primeiro genuíno e indiscutível exemplo de ressurreição dos mortos no V.T.
24. Então a mulher disse a Elias: Nisto conheço agora que tu és homem de Deus. Todos os sem temores e dúvidas foram dissipados. As reivindicações de Elias como profeta ficaram comprovadas.


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