Explicação de Juízes 20
Explicação de Juízes 20
Juízes 20
20.1 Mispa.
Cidade da fronteira ao norte de Benjamim, uns 13 km ao norte de
Jerusalém. Dã até Berseba. Expressão vulgar que se referia à nação
inteira.
20.2,17 Quatrocentos
mil homens. Este número elevadas levanta um problema para a intérprete.
Como na nota de 12.6, deve ser levado em conta que a palavra hebraica 'eleph pode
significar “mil” ou “unidades de família” (cf. Jz 6.15; 1 Sm 10.19; Mq 5.2),
sem especificar o número de indivíduos envolvidos. Pode ainda reportar-se
aos oficiais que dirigiam o exército confederado. Para maior clareza,
consulte o artigo “Número” no nDb, II, p 1124ss.
20.3 Ouviram...
Benjamim. É evidente que os benjamitas não pesaram a gravidade
do pecado dos homens de Gibeá, achando melhor apoiá-los numa guerra civil,
ao invés de entregá-los ao castigo merecido.
20.5 Cidadãos
de Gibeá. Tal foi a impressas da maldade feita por aqueles homens, e
seu julgamento, que permaneceu na lembrança do povo até aos dias de
Oséias.
20.6 Vergonha
e loucura. Veja 19.23n. O erudito M. Noth acha que “fizeram loucura em
Israel” era frase técnica apropriada para certas violações da lei divina,
rigorosa especialmente em casos de pecado sexual.
20.8 Tenda...
casa. Outra menção da antigüidade da narrativa, sugerindo os tempos
do deserto, quando as casas ainda eram feitas de tendas.
20.13 Tiremos
de Israel o mal. Se o pecado não for tratado de maneira
suficientemente severa para ser desarraigado, suas conseqüências se
alastram e se agravam; (Js 7; 2 Sm 21.1-14). • N. Hom. “Trato Bíblico do
Pecado”: 1) A morte do pecador (Ez 18.4, 20; Gn 2.17; 6.17); 2) A morte
vicária de um substituto inocente (Jo 11.50; 18.14; Rm 5.8; 2 Co 5.14, 15).
20.16 Funda.
Nota-se a eficiência desta arma de, guerra, usada pelos exércitos
egípcios, assírios e babilônicos, e na morte de Golias nas mãos de Davi (1
Sm 17.49). Calcula-se que a funda usada naqueles dias poderia arremessar
uma pedra do peso de 400 g à velocidade de 140 km horários.
20.18 Betel.
A esta altura, o santuário estava em Betel, ou possivelmente, a arca
fora trazida àquela cidade, (cf. v. 27), que distava apenas 8 km de Mispa.
20.21 Vinte
e dois mil homens de Israel. O preço do pecado é sempre elevado.
Na confiança de estarem cumprindo a vontade de Deus, provavelmente, não
receavam as dificuldades par derrotar Benjamim.
20.23 Choraram
perante o Senhor. A aflição da alma e boa, quando acompanhada de uma
indagação sobre a pureza de consciência e das intenções (Sl 51.17). Não se
deve, porém, pensar que Deus requer apenas tristeza do pecador.
Arrependimento significa, acima de tudo, uma mudança de mentalidade. É
possível, neste caso, que Deus não concedeu vitória a Israel pelo fato
deste não ter afastado realmente o pecado de seu meio (cf. Dt 1.45; Js
7.11, 12; 2 Rs 22.19; Jl 2.15-17). Confiando na sua grande
superioridade numérica, talvez não tivesse confiado devidamente em Deus.
20.26 Betel.
O Santuário (tabernáculo, provavelmente) pouco tempo permaneceu em Siquém
(Js 8.30ss; cap. 24), sendo, depois, transferido para Siló (Js 18.1; 22.12), de
onde passou para Betel, e voltando novamente para Siló (1 Sm 1.9; 3.15). Holocaustos
e ofertas pacíficas. Os dois tipos de sacrifícios revelam
arrependimento genuíno, o que leva à reconciliação com Deus (Lv 1.4; 7.16).
2.27 A
arca da Aliança. Esta é a única referência à arca, no livro de Juízes.
20.28 Finéias.
Nome dê origem egípcia (como também a de Moisés) que significa “criança
morena”. Como se evidencia nesta narrativa, tais acontecimentos ocorreram pouco
depois da conquista da Terra Prometida; este, sacerdote, neto de Arão,
seria o mesmo que afastou a ira de Deus em Sitim (Nm 25.1-15; cf. 31.6; Js
22.9-34). Os entregarei. Só dessa terceira vez foi que o Senhor
determinou a derrota dos benjamitas.
20.31 Gibeá
do Campo. Sugere-se que se refira, possivelmente, a Gibeom, próxima
a Gibeá.
20.32 Fujamos.
O estratagema dos israelitas era o de simular o pânico de um
exército derrotado, atraindo, assim, aos exércitos benjamitas para longe
da cidade. Idêntico plano estratégico deu a vitória a Josué, na batalha
contra Ai (Js 8.3-28).
20.33 Saiu
do seu lugar. Lit. “romperam”, termo usado para descrever a queda
d'água, quando do romper-se de uma barragem.
20.37,38
Investigações no local confirmam a destruição de Gibeá, por fins do século XII
(cf. NDB, II; p 667). Após um século, foi reconstruída por Saul. Sinal.
A mesma palavra aparece também no original de Jr 6.1, além de ter sido
descoberta nas cartas de Laquis, dos tempos da terrível destruição dos
babilônios. Neste caso, para indicar sinais de fumaça, os quais eram o
meio mais rápido de comunicação a distância.
20.42 Cidades.
A frase “cercaram a Benjamim” (43) indica que devemos ler, aqui,
“cidade” como em vários manuscritos gregos.
20.43 Gibeá.
Deve ser Geba, a uns 8 km. de Gibeá, seguindo-se o caminho da penha
de Rimom (45) que fica a pouco mais de 10 km a nordeste.
20.47,48
Deixando de perseguir aos seiscentos homens valentes, os israelitas passaram a
destruir sistematicamente todas as cidades de Benjamim, matando mulheres,
crianças e até o gado. Sem homens para a defesa, tiveram que sucumbir. A
tribo seria totalmente destruída, não fora os seiscentos homens refugiados
na penha de Rimom, uns 6 km a leste de Betel.
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