Comentário de John Gill: Filipenses 1:4-5

 1:4 Sempre em cada oração minha por todos vós,... O apóstolo era um crente que orava bastante, e ministro de oração: todavia, todos os seus dons, e graças, e grandes feitos, não eram feitos anterior ao trabalho e dever da oração, e em qual ele era sensato por se aperceber da necessidade da ajuda e direção do Espírito de Deus, assim que ele foi convertido, ele orou, e continuou fazendo assim sem cessar, como ele mesmo menciona; ele era constante e assíduo ao trono da graça, e estava preocupado para os outros, como também com ele, para com todas as igrejas, e para esta igreja, e todos os santos nela,

Fazendo súplica com alegria;... Pelo que Deus tinha feito por eles, e continuou com eles. As súplicas devem ser feitas a Deus junto com gratidão. Quando nós suplicamos favor a Ele, nos cabe voltar depois para Lhe agradecer pelo que nós conseguimos. A gratidão é um traço da oração; assim como sempre temos, segundo a Sua misericórdia, condições de pedir, nós temos também o privilégio, segundo Sua misericórdia, para agradecer.

1:5 Pelo vosso companheirismo no Evangelho,... Ou “pela vossa comunhão para com o Evangelho”; ou seja, por sustentá-los. Esses Filipenses eram uma das igrejas da Macedônia a quem o apóstolo elogia grandemente por causa da liberalidade deles em 2Cor 8:1; eles tinham sido muito generosos com ele, e aqueles que tinham estado com ele, desde o início da pregação do Evangelho: como o exemplo da Lídia, e que é tomado nota em Filip 4:15; e esse mesmo espírito generoso continuava, do qual o presente deles por Epafrodito era um exemplo; e a isso o apóstolo dá graças, não que eles tinham uma habilidade para sustentar o Evangelho, e assistir os ministros do Evangelho, mas que eles estavam sempre a disposição para ajudar, e de fato, ajudavam, com prontidão e alegremente, largamente, e liberalmente; ou isso pode se referir “a participação deles no Evangelho”, como verte a versão Árabe. O Evangelho fora trazido a eles de uma forma maravilhosa e providencial, e fora assistido com grande poder na conversão deles; e eles o receberam com grande alegria e regozijo, e alegremente se submeteram as suas ordenanças; eles tinha muito deleite nisso, e conhecimento espiritual do Evangelho; e foram feitos participantes das bênçãos da graça, que fora recebido e exibido nele, e de sua grandeza e promessas preciosas, pela qual o apóstolo dá graças; porque todas essas vinham dele, e era um exemplo excelente da graça. Acima de tudo, através do Evangelho, sendo trazido a eles, e tendo sido bem-sucedido entre eles; eles se tornaram uma igreja do Evangelho, e tinham, através do Evangelho, e as ordenanças dele, ajudado um ou outro; sim, eles tinham tido o auxilio e companheirismo com o Pai, e Seu Filho Jesus Cristo, para a qual eles fora chamados para esse Evangelho; e nesses eles permaneceram.

Do primeiro dia até agora;... Eles continuaram no Evangelho no qual eles foram feitos participantes, e no companheirismo de um com o outro, em partir o pão, e nas orações, em ouvir a palavra, que eles constantemente prestavam atenção, e foram abençoados com a comunhão com o Pai, Filho, e Espírito, a esse tempo; e, portanto, o apóstolo continua desde o início do recebimento do Evangelho até esse momento, a dar graças a Deus ao presente momento, como verte a versão Etíope, pela qual ele era abundantemente grato; mas a continuidade de sua gratidão por este motivo, pelo primeiro encontro com eles nesse tempo

Fonte: John Gill's Exposition of the Entire Bible de Dr. John Gill (1690-1771)