Interpretação de 1 Samuel 23
1 Samuel 23
23:1. Queila era uma cidade no Sefelá, um lugar
importante no tempo de Neemias (Ne. 3:17, 18). Foi mencionada nas Cartas de
Amarna com o nome de Quila. Hoje está em ruínas, mas as encostas das
montanhas com seus terraços dão testemunho de sua capacidade de cultivo de
cereais, a qual os filisteus invejavam. Saqueiam. Os filisteus usavam
este método para reduzir Israel à submissão por meio da fome. No Oriente, até
os dias de hoje, a principal fonte da alimentação continua sendo – o pão.
9. Maquinava. De harash, “fabricar”, “forjar”. É
uma metáfora derivada de trabalhar com metal.
14. No deserto. O pedaço de terra inculto e selvagem que
há entre as montanhas de Judá e o mar Morto. Começa mais ou menos na longitude
de Maom e o Carmelo, tornando-se cada vez mais selvagem e desolado conforme
desce na direção do mar Morto. Em Js. 15: 61, 62, seis cidades são mencionadas
nesta região desolada. O lugar onde Davi mais permanecia era Zife, que ficava
cerca de meio caminho entre o Hebrom e o Carmelo, em uma das muitas cavernas
desta região de rochas calcárias.
15. Zife, em
Horesa é um outeiro conspícuo, 872,34ms acima do
nível do mar, 6,4kms a sudeste do Hebrom, sobre um platô de solo vermelho e
ondulado. O platô é desprovido de vegetação em sua maior parte, embora
parcialmente coberto com trigo e cevada. Aqui e ali levantam-se escarpas de
calcáreo parcialmente cobertas por cerrados e esburacadas com cavernas, que
começam perto do Hebrom.
16. Jônatas . . .
foi para Davi. A humildade e o
amor desprendido de Jônatas está aparentemente nesta passagem. Contudo, sem
dúvida, foi pela boa providência de Deus que os nobres sentimentos de Jônatas
não ficassem sujeitos à tensão natural de tal situação. Jônatas morreu como um
soldado, lutando bravamente por sua pátria, antes que acontecesse
19. Os zifeus. O motivo da traição dos zifeus foi o seu
zelo por Saul ou u fato de Davi ter arrecadado deles o preço da proteção como
fez com Nabal (cap. 25).
24. No deserto. A palavra braba geralmente indica a
depressão localizada ao redor do mar Morto, o território deserto que se estende
ao longo do vale do Jordão desde o mar Morto até o mar da Galiléia, hoje
chamado El Ghor. Esta palavra também se aplica ao vale entre o mar Morto e o
golfo de Ácaba, ao qual especificamente os árabes atualmente dão esse nome.
29.
En-Gedi é uma região muito bem aguada na margem oriental do
deserto de Judá. Fica a 182,88ms acima do nível do mar Morto, e das rochas
calcárias brota uma torrente copiosa que se precipita para o mar. Há umas cinco
ou seis quedas de água durante o percurso, a torrente saltando como uma cabra
de uma saliência para outra; daí o nome “A Fonte do Cabrito”. No tempo de
Abraão, a cidade de Hazazom-Tamar ficava nessa região. En-Gedi continua sendo
um oásis no deserto calcáreo e embora as vinhas e palmeiras tenham
desaparecido, as folhas petrificadas ali encontradas e os terraços escavados
nas encostas falam da fertilidade antiga. Um pequeno kibutz (fazenda) judeu
localiza-se atualmente no En-Gedi.