Estudo sobre Romanos 1:12
Estudo sobre Romanos 1:12
Paulo precisa deixar clara a natureza de sua visita em Roma. “Isto é” não significa: Tenho de me corrigir. Se a frase anterior estivesse errada, Paulo nem a teria ditado. No entanto, é possível que algo diferente pairasse no ar. Na segunda carta aos Coríntios, há pouco escrita, evidencia-se como Paulo precisava defender-se de outras imagens existentes sobre apóstolos. Talvez também fossem conhecidos em Roma superapóstolos com pose de astro que “deturpavam o ministério”: ávidos de glória, senhoriais, ufanistas e exigentes (2Co 6.3; 11,12). Ali, em 2Co 1.24, Paulo contrapõe: “Não que fôssemos senhores sobre a vossa fé, mas somos cooperadores da vossa alegria; porquanto pela já estais firmados”. É exatamente essa a acepção do que ele escreve aos romanos, sobre o que deseja que aconteça quando da sua visita: para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da (troca de) fé mútua, vossa e minha. Igualmente de acordo com 12.3-8 ele tem a visão de uma igreja cristã como sendo um organismo com dons de todos os aspectos, ainda que com medidas diferentes de fé. É daí que procedem o dar e receber recíprocos. Cada um dá o que tem e recebe o que lhe falta – inclusive o irmão apóstolo. O apostolado e a condição de irmãos se interpenetram.