Interpretação de Jeremias 5

Jeremias 5

Jeremias 5 continua a mensagem profética de Jeremias ao povo de Judá e de Jerusalém, concentrando-se na sua rebelião persistente e nas consequências iminentes das suas ações.

O capítulo começa com o lamento de Jeremias pela infidelidade e falta de justiça do povo. Ele retrata uma cidade onde a verdade e a honestidade desapareceram e as pessoas se tornaram endurecidas em seus erros.

Jeremias 5 prossegue descrevendo a busca de Deus por indivíduos justos entre o povo, mas não encontrando nenhum. O capítulo enfatiza a teimosia e a recusa do povo em se arrepender, apesar dos repetidos apelos de Deus para que retornassem.

O capítulo também inclui uma descrição da ira de Deus e Sua intenção de trazer julgamento sobre a terra. Os inimigos de Judá são descritos como rápidos e ferozes, simbolizando a invasão iminente que trará destruição e sofrimento.

Jeremias 5 continua com uma comparação do povo a um cavalo rebelde e desenfreado, simbolizando a sua teimosia e falta de restrição na busca dos seus próprios desejos.

O capítulo termina com o chamado de Deus ao povo para que considere suas ações e as consequências de sua rebelião. O desejo de Deus por justiça e retidão é contrastado com a recusa do povo em se afastar da sua maldade.

No geral, Jeremias 5 transmite uma mensagem de julgamento e das consequências da rebelião persistente contra Deus. O capítulo enfatiza os temas da infidelidade, da teimosia e da urgência de atender ao chamado de Deus ao arrependimento. Serve como um aviso do desastre iminente que surgirá como resultado da recusa do povo em voltar-se para Deus e abraçar os Seus caminhos.

Interpretação

5:1-3 O profeta é informado a que procure na cidade um homem temente a Deus, tal como Diógenes na antiguidade procurou um “homem honesto”. Não encontrando ninguém entre o povo comum, Jeremias o procura entre os líderes, mas estes não são melhores (vs. 4-6). Por isso Deus não vê razão para perdoá-los (vs. 7-9).

5:1 Praças, lugares largos. Verdade, sinceridade.

5:2 Tão certo como vive o SENHOR. O fato de usarem o nome de “Jeová” nos seus juramentos não é nenhuma prova de que realmente o adorem, pois juram usando uma base mentirosa.

5:3. Para a fidelidade. Buscando a sinceridade.

5:4. O direito. A palavra aqui (e em v. 5, e II Reis 17:26), significa “a lei divina”, isto é, a religião.

5:5. Os grandes. Aqueles que têm tempo para aprender a conhecer os mandamentos divinos.

5:6 A nação está tão desamparada quanto um homem numa floresta de bestas feras (cons. 4:7). Dos desertos, e não vespertinos.

5:8 Garanhões bem fartos, e não cavalos alimentados pela manhã (cons. 2:23, 24).

5:10-19 Jeremias, tal como Isaías (Isa. 10:5-34), vê Deus acenando a uma nação estrangeira para que venha castigar o Seu povo.

5:10. Vinha, e não muros. Gavinhas, e não ameias. A vinha de Israel será devastada (2: 21; cons. Is. 5:1-7).

5:12. Não é ele. Ele nada fará.

5:13 Este versículo continua apresentando a declaração dos incrédulos: “Os profetas que anunciam a desgraça são sacos cheios de vento, e suas profecias ameaçadoras só se realizarão para eles mesmos”. Aqui há um jogo com a palavra rûah, que pode significar “espírito” o “vento”. Os profetas criam que tinham o espírito de Deus; o povo replicou: “É só vento!”

5:17. Comerão... os teus filhos e as tuas filhas. Antes, Eles comerão seus filhos e suas filhas (a ser entendido metaforicamente).

5:19. Deuses estranhos, Deuses estrangeiros. A causa da calamidade iminente.

5:20-31 Deus, o governador moral do universo, deve julgar o Seu povo rebelde.

5:24. Chuva. Veja 3:3. Que nos conserva as semanas... da sega. A estação da colheita (a segunda metade de abril e maio) deveria ser uma estação seca ; as chuvas estragam a colheita (Pv. 26:1).

5:26-29. Uma repreensão ao rico perverso que oprime o pobre.

5:26, 27. As aves eram apanhadas com uma rede; os homens amarravam a rede com cordas quando a ave era apanhada. Depois passavam as aves para um cesto gaiola; cons. Mq. 7:2).

5:28. Nédios e não luzidios.

5:29. Castigaria, e não visitaria.

5:30, 31. Uma repreensão aos falsos profetas e sacerdotes que se lhes sujeitavam. Espantosa, não maravilhoso. De mãos dadas com eles e não às suas ordens.

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