Interpretação de 2 Reis 19

Interpretação de 2 Reis 19

Interpretação de 2 Reis 19



2 Reis 19


d) O Apelo que Ezequias fez ao Senhor 19:1-19.
1. Tendo o rei Ezequiel ouvido isto . . . cobriu-se de pano de saco. Um sinal de penitência. Ezequias considerava a invasão como um castigo. Orei orou e também buscou a resposta divina com o profeta Isaías. Ele tinha aprendido a confiar no Senhor inteiramente. Ele tinha abandonado a prática de buscar alianças com o mundo. Só Deus devia liderar e livrar. Veja 3 abaixo.
3. Dia de angústia, de disciplina e de opróbrio (não blasfêmia como está na E.R.C.). A angústia do povo era o castigo da invasão pelos seus inimigos. Filhos. O povo estava em grande perigo, mas seus frágeis esforços para efetuar o livramento poderiam destruir a todos.
4. Porventura. Ezequias expressava esperanças em que o Senhor pudesse notar a blasfêmia.
6. Não temas. Isaías falou primeiro para afastar o temor, declarando que, tal como Senaqueribe fizera Ezequias temer, uma mensagem vinda de sua capital também o faria temer.
7. Assim como ele pretendia derrubar Jerusalém, ele mesmo cairia em sua própria terra (veja v. 37).
8-13. Voltou, pois, Rabsaqué. Ele se retirou porque Jerusalém estava fortemente defendida. Laquis. Uma escultura escavada em Nínive mostra Senaqueribe assentado diante de Laquis, recebendo seu tributo.
9. O rei ouviu. Senaqueribe ouviu do avanço de Tiraca, rei do E#to (veja BASOR, 130 págs. 8 e segs.). Veja comentário sobre 18:17. Isto aconteceu depois de 688, ao fim do reinado de Ezequias. Enviar mensageiros. Senaqueribe procurou subjugar Ezequias pelo medo e assim vencer Jerusalém sem lutar.
10. Não te engane o teu Deus. Senaqueribe atribuía agora o “engano” ao Senhor. Nisto ele atingiu o apogeu da blasfêmia e selou seu destino (cons. v. 7).
11. Já tens ouvido. “Tome nota de minhas conquistas anteriores” (cons. 18:34). Nenhuma dessas cidades foi mencionada nas três primeiras campanhas. Se este ataque ocorreu depois da captura dessas cidades, Senaqueribe não teria deixado de mencioná-las. Portanto isto deve se referir a uma campanha posterior não registrada (veja Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág. 29). As cidades que não foram anteriormente mencionadas são: Gozã – a Gazanu assíria, moderna Tell Hallaf, sobre o Habor, a leste de Harã, que data de antes do quinto milênio A.C.; Harã – a antiga Harã sobre o rio Balique; Rezefe – a Rasapa assíria, provavelmente a atual Rusafá, ou Risafe, a nordeste de Palmira; Éden – a Bit-Adini das inscrições assírias, um pequeno reino atravessando o Eufrates, a oeste do rio Balique; Telassar – provavelmente na mesma região.
13. O rei da cidade poderia ser o rei de Lair, uma vez que esta cidade é atualmente conhecida como a cidade assíria de Lahiru (veja BASOR, 141, pág. 25; Luckenbill, Anc. Records, Vol II, parágrafo 252. Cons. II Reis 18:34). Senaqueribe faz uma lista de mais cidades, etc., para aumentar o efeito da mensagem.
14. Tendo Ezequias recebido a carta ... leu-a. O significado deste incidente jaz no que Ezequias fez com a mensagem. Estendeu-a perante o Senhor. Passou a carta para o Senhor, por assim dizer, deixando que Ele punisse a blasfêmia contida nela.
16. As palavras, Inclina . . . o teu ouvido . .. abre ... os teus olhos expressa o mais ansioso apelo ao auxílio e sua mais específica atenção. Deus é glorificado quando nos lançamos assim tão completamente sobre o Seu poder e misericórdia.
17,18. Verdade é. Ezequias admitia a verdade das reivindicações de Senaqueribe (vs. 12, 13). Ao mesmo tempo ele reconhecia que os assírios tiveram sucesso não porque os deuses de madeira e pedra fossem incapazes, mas porque o Senhor estivera operando na história humana.
e) O Livramento de Jerusalém. 19:20-37.
20. Assim diz o Senhor, o Deus. A resposta veio rapidamente, provavelmente por meio de Eliaquim ou Sebna (v. 2). A primeira parte da resposta (vv. 21-28) era dirigida a Senaqueribe.
21. A virgem, filha. Isto é, Jerusalém ainda permanece inconquistada e inconquistável para Senaqueribe. . . . te despreza. Isaías, antecipando o livramento da cidade, apresenta as ameaças jactanciosas de Senaqueribe como desprezíveis e ridículas. “Ela meneia com a cabeça diante de teu vulto que se afasta em vergonha e frustração”. Senaqueribe estava para perder todo o sem exército.
22. A quem afrontaste? A loucura de Senaqueribe consistia em ter injuriado o Senhor.
23. Com a multidão dos meus carros. Senaqueribe se jactam de poder terreno passageiro. Subi. Tempo perfeito. O Senhor revela o pensamento de Senaqueribe que achava que era invencível e que não poderia ser desviado seu propósito. Líbano é Judá, seu cume é Jerusalém, seus cedros são os príncipes de Judá, e suas pousadas com seu pomar são os palácios do Monte Sião (cons. Jr. 22:6,7,23; Ez. 17:3).
24. Em mesmo cavei, etc., continua a mesma idéia em outra figura.
25. Acaso não o ouviste. Agora o Senhor Deus fala dos seus próprios feitos e mostra que Senaqueribe é um ladrão que se apossou dos feitos de outrem, e que ele certamente será punido. E eu quis que tu. Senaqueribe não passava de um instrumento e devia temer para não cair como outros arrogantes pecadores já tinham caído.
26. Por isso os seus moradores, debilitados. Não porque seus deuses fossem mais fracos que os da Assíria, mas porque o Senhor concedera poder a Senaqueribe para realização de Seus próprios propósitos. O capim dos telhados murcha por falta de terra. O cereal queimado antes de amadurecer é o cereal que tende a apodrecer antes de germinar. Essas comparações ilustram e confirmam o fracasso de Senaqueribe.
27. Mas eu conheço o teu assentar. Deus conhece o coração de um homem e seus pensamentos determinantes (Sl. 139:1-4). Furor. Ódio violento; animosidade positiva (cons. vs. 23, 24). Aqui ele forma a base para a vingança de Jeová.
28. Porei o meu anzol no teu nariz. Senaqueribe seria certamente afastado dos seus propósitos, assim como levara seus prisioneiros. A segunda seção da resposta do Senhor a Senaqueribe é endereçada a Ezequias (vs. 29.31).
29. Isto te será por sinal. A descrição do ciclo de três anos de colheitas indica que Isaías estava profetizando em um ano sabático, o que significa que no próximo ano não haveria colheita. O sinal seria que aquilo que a terra produzisse após o ano sabático ficaria para eles. Isto é, os exércitos de Senaqueribe não estariam por perto para despojá-los. O produto ficaria para os judeus colherem. Veja Levítico 25.
30. O que escapou. . . dará fruto. Jerusalém escaparia à destruição. E a população que restasse da invasão aumentaria grandemente.
31. O zelo do Senhor. Cons. Zc. 4:6b. Através do profeta Isaías, Deus predisse o colapso do cerco de Senaqueribe.
32. Não entrará nesta cidade. As invencíveis táticas do cerco dos assírios não seriam usadas contra Jerusalém. O Senhor levaria o rei da Assíria de volta pelo caminho no qual viera, vazio e derrotado.
34. Por amor de mim; isto é, para refutar a jactância de Senaqueribe. Por amor de meu servo Davi. Para que a casa de Davi pudesse perdurar por um período de tempo mais longo como testemunho da promessa explícita de Deus a Davi.
35. Naquela mesma noite ... o anjo do Senhor . . . feriu. . . os assírios. Compare com o versículo 7. Heródoto registra uma tradição egípcia que talvez descreva os meios físicos usados por Deus para destruir o exército de Senaqueribe: “Os ratos comeram os tremedores”. Presumivelmente os ratos chegaram trazendo a peste bubônica. A praga, incubada nos soldados, chegou ao seu ponto crítico naquela noite quando foi prometida a libertação da cidade, matando-os durante o sono. Deus ordena acontecimentos que coincidam com a Sua vontade. Isto aconteceu depois que Rabsaqué afastou-se de Jerusalém e encontrou-se com Senaqueribe em Libna.
36. Senaqueribe . . . se foi; voltou. Fugiu de Nínive por causa de possível ação do Egito. Ficou em Nínive indica que não se ocupou mais de campanhas ao oeste (cons. Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág. 17).
37. Seus filhos, o feriram. Senaqueribe morreu como resultado de uma intriga no palácio (cons. v. 7). Esar-Hadom (681-668 A.C.) declara (Luckenbill, Anc. Rec., Vol. II, parágrafos 501, 592) que seus mulos mataram Senaqueribe em uma conspiração para tomarem o trono. Assurbanipal (688-626 A.C.) declara (ibid., Vol. II, parágrafo 795) que ele matou aqueles que mataram Senaqueribe, seu avó.


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