Interpretação de 2 Reis 20

Interpretação de 2 Reis 20

Interpretação de 2 Reis 20



2 Reis 20


3) A Enfermidade de Ezequias e seu Restabelecimento. 20:1-11.
1. Naqueles dias. Os dias das primeiras invasões de Senaqueribe. Comparando-se a ordem de 18:1 – 20:19 com Is. 36:1 – 40:1 vemos que o registro de Isaías veio a ser a fonte desta narrativa. Está evidente que as duas narrativas tinham propósitos diferentes. Em Isaías o propósito foi mostrar que apenas o Senhor pode confortar o Seu povo; em Reis foi para mostrar que os reis judeus que seguissem a política de Ezequias buscando alianças com o mundo apressariam a queda de Judá. Assim diz o Senhor. Acontecimentos subseqüentes mostram que a sentença de morte foi condicional.
2. Virou Ezequias o rosto para a parede. Ezequias ficou a sós com Deus.
3. Andei diante de ti com fidelidade. Ezequias pediu mais dias de vida, tal como está prometido para aqueles que andam com justiça (Pv. 10:27). Considerando que suas ações foram feitas em obediência às ordens divinas, por que, então, ele teria de morrer? Compare com o testemunho de Ezequias em Is. 38:10-20. Ezequias queria mas tempo para estabelecer suas reformas morais mais firmemente entre o povo.
4. Parte central da cidade (E.R.C., pátio). A área do palácio, o Monte Sião. O Senhor respondeu rapidamente.
5. Ouvi a tua oração. Ele prometeu a cura. Em Is. 38:17,18 temos a impressão de que houve algum motivo para Ezequias ser castigado, muito provavelmente por causa de sua falta de fé quando da primeira invasão de Senaqueribe, ocasião em que Ezequias fez aliança com os árabes (Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág. 33). A esta altura ele não era um exemplo notável de alguém que confiava e obedecia a Deus.
6. Acrescentarei. Deus propôs que Ezequias ainda desse provas de verdadeira fé. As palavras, . . . te livrarei, a ti e a esta cidade, colocam a enfermidade durante a primeira invasão por Senaqueribe. E defenderá. Veja 19:34, 35.
7. Tomai uma pasta de figos. Os antigos criam que cataplasma de figos curava feridas. A enfermidade exata de Ezequias, não sabemos qual foi. Talvez a úlcera fosse sintomática. Deus na sua graça concedeu ao rei um sinal de que certamente seria curado.
8. Qual será o sinal. Para ter a seqüência natural dos acontecimentos ler os versículos nesta ordem: - 6, 8, 11, 7. Ezequias queria um testemunho externo para alívio de sua ansiedade e fortalecimento de sua fé. Terceiro dia. Seu restabelecimento seria rápido.
9. Adiantar-se-á a sombra dez graus, ou os retrocederá? Ezequias escolheu o retrocesso corno a prova mais forte e mais positiva da promessa do Senhor.

4) Os Embaixadores de Merodaque-Baladã. 20:12-19.
12. Merodaque-Baladã (Marduk-Apalidin) foi rei da Babilônia duas vezes (722-710, 703-702). Foi destronado pela primeira vez por Sargão em cerca de 710 A.C., mais tarde retomou o trono. A segunda vez ele foi derrotado e destronado por Senaqueribe, junto com o seu aliado Elã (veja Luckenbill, Annals of Sennacherib, pág. 24) em sua primeira campanha, 703 A.C. A embaixada de 20:12 veio no décimo quarto (uma vez que quinze anos foram acrescentados) ano do reinado de Ezequias, durante o decorrer da primeira invasão de Senaqueribe (vila comentário sobre v. 6). Merodaque quis fazer de Ezequias seu aliado (veja Josefo Antiq. x. 2. 2). Ezequias não tinha abandonado ainda seu hábito de fazer alianças. Ele o faria, contudo, antes da invasão e comprovaria ser um verdadeiro homem de fé. A embaixada de Merodaque provavelmente veio em 700A.C.
13. Ezequias se agradou ... e lhes mostrou toda a casa do seu tesouro. Traduza o se agradou como deu boas vindas. Josefo (Antiq. x. 2. 2) indica que Ezequias mostrou seus tesouros para provar que era um aliado capaz. Evidentemente o tributo que prestou a Senaqueribe era 701 ainda não exaurira demais as suas reservas.
14. Então Isaías . .. lhe disse. Isaías, que compreendeu o motivo oculto da embaixada, chamou a atenção de Ezequias e o advertiu das conseqüências. Compare com II Cr. 32:31.
17, 18. O que entesouraram teus pais até o dia de hoje, será levado. A vaidade de Ezequias era um exemplo da vaidade e incredulidade que provocaria a queda de Judá. Ezequias deixou de lado a fé no Senhor dos exércitos e confiou em seus próprios meios (II Cr. 32:25).
19. Então disse Ezequias . . . Boa é a palavra . . . Haverá paz e segurança em teus dias. Isto não foi uma confissão de pecado. Foi uma expressão da política que só via “a paz atual”, uma atitude sem visão que não se preocupa com aqueles sobre os quais a catástrofe recairá. Por isso a única coisa que Isaías fez foi virar-se para Jeová e exclamar: “Conforta tu, conforta tu o meu povo” (Is. 40:1). Só depois da destruição predita viria o fim do pecado e apostasia de Israel, e só então haveria paz duradoura.

5) A Morte de Ezequias. 20:20, 21.
20. Aqui se faz um resumo das atividades construtoras de Ezequias (cons. II Cr. 32: 27.30).
21. Dominou Ezequias com seus pais. Os atos importantes de Ezequias foram contados. Agora temos de nos voltar para a próxima figura que é um exemplo da vaidade e do orgulho que promoveram a queda de Judá. 

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