Estudo sobre Apocalipse 11:11

Estudo sobre Apocalipse 11:11

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Apocalipse 11:11

Depois dos três dias e meio este ponto culminante do poder anticristão já passou. Em comparação com os “mil duzentos e sessenta dias” ele de fato representa apenas um “pequeno tempo” (Ap 6.11), por mais demorado e definitivo que possa parecer para as pessoas que o estão suportando. O “terceiro ai”, e com ele a irrupção total da glória de Deus, “chegam rapidamente” (Ap 11.14).

Espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés. Essa formulação aparece quase literalmente no grande capítulo da ressurreição do AT, em Ez 37.10. Nos versículos anteriores apresenta-se um campo de cadáveres. Insepultos, os ossos já estão atirados há mais tempo, esqueletos nus, sem pele, carne nem tendões, alvejados e ressequidos pelo calor do dia. O profeta caminha entre essa montanha de ossos. Será que esses esqueletos voltarão a ter vida? Nesse momento seus ouvidos ouvem um ruído. Sob a palavra da vida de Deus move-se o que está morto, junta-se. Crescem tendões, carne e pele. Depois segue-se, de maneira bem similar a Gn 2.7, o assopro do espírito da vida, e Ezequiel recebe a interpretação: “Filho do homem, estes ossos são toda a casa de Israel” [Ez 37.11].

É, pois, essa poderosa passagem que é trazida à memória, sendo considerada como cumprida na ressurreição da igreja de testemunhas, que na verdade consiste de judeus e gentios. Esta igreja é “toda a casa de Israel” (quanto à formulação, cf. Rm 11.26).

E àqueles que os viram sobreveio grande medo. O fato de que agora ocorre duas vezes “eles viram” (v. 11,12 [rc]) em lugar do “contemplaram” no v. 9 pode ser mais que uma troca arbitrária de vocábulo. No primeiro caso eles viram sem compreender o que viam. Não reconheciam, à vista dos cadáveres, que era justamente na morte dessas testemunhas que se revelava o poder do Senhor delas (cf. acima). Concluíram equivocadamente: “as testemunhas estão mortas, logo Cristo está morto, e logo Deus está morto, e nós estamos à vontade”. Agora, vendo as testemunhas vivas, penetra neles o entendimento correto: “Cristo vive, Deus vive, todas as suas palavras estão vivas, e nós estamos perdidos”. Por isso o medo gigantesco, um exato paralelo com Ap 6.16,17.

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Apocalipse 11:11