Estudo sobre Apocalipse 11:16-17

Estudo sobre Apocalipse 11:16-17

Estudo sobre Apocalipse 11:16-17



Apocalipse 11:16-17

Depois da proclamação da soberania de Deus segue-se – em interpelação direta – a aclamação. Quem fala são os anciãos-anjos de Ap 4.4. Lá eles enalteciam a criação de Deus, em Ap 5.8, sua redenção, e agora glorificam os seus juízos. Desse modo acompanham com seus cânticos a ação gloriosa de Deus. E os vinte e quatro anciãos que se encontram sentados no seu trono, diante de Deus, prostraram-se sobre o seu rosto e adoraram a Deus. Sua prostração está sendo descrita com toda a sua cerimônia solene, como apenas ainda em Ap 7.11, onde também se enaltece a vitória final. Eles se curvam até que sua testa toque o chão: rendição infinita!

Em contraposição ao júbilo prematuro de vitória de Ap 11.10 ressoa agora: Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso. O último título nesse local confirma o que dissemos na nota 137. Que és e que eras (cf. o comentário a Ap 1.4). Significativamente falta o terceiro elemento: “e que virás”. Agora cabe agradecer-lhe que ele veio com seu poder. O olhar retrospectivo, em sentido causal, com o verbo no pretérito perfeito (como em Ap 5.7; 8.5): porque assumiste o teu grande poder. Desde que a terra existe, Deus está exercendo poder (excurso 8c), mas ele se deteve por muito tempo em relação a esse seu grande poder. “Por que serias como homem surpreendido (“desanimado”), como valente que não pode salvar?” Esse lamento de Jr 14.9 perdurou por séculos. Agora o longo período de protelação finalmente acabou. Deus realizou o julgamento (v. 18).

No estilo da poesia hebraica segue-se uma formulação de conteúdo paralelo: e passaste a reinar (quanto à tradução, cf. nota 502). Portanto, é por isso que se “dá graças”, sendo que se deve pensar no sentido de veneração (cf. o exposto sobre Ap 4.9), não no agradecimento por um benefício pessoal. No presente louvor não falam pessoas redimidas, e sim anjos.

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Apocalipse 11:16-17