Anjos e Arcanjos em Paulo — Enciclopédia da Bíblia Online
ANJOS, ARCANJOS
A palavra portuguesa “anjo” vem do grego ángelos, “mensageiro”, termo que, na tradução grega do Antigo Testamento (LXX), verte o hebraico malʾāḵ — “enviado, emissário”. Em ambas as línguas, o vocábulo é ambivalente: pode designar tanto um mensageiro humano, encarregado de levar uma ordem de um rei ou de executar uma missão, quanto um emissário espiritual que atua como representante do mundo celeste. O Novo Testamento conhece e trabalha com essa ambivalência, mas nas cartas de Paulo o emprego concreto tende para o lado sobrenatural: as catorze ocorrências de ángelos (geralmente no plural) pressupõem ou fazem comparação com seres espirituais, benéficos ou malévolos, em relação com o povo de Deus e com o próprio Cristo. No mesmo arco semântico, archángelos significa “chefe dos anjos” ou “anjo em grau superior”; no corpus paulino, essa designação aparece explicitamente em 1 Tessalonicenses 4:16, ligada à vinda do Senhor. No cânon do NT, Judas 9 reforça o quadro ao nomear Miguel como “o arcanjo”, fixando na tradição cristã primitiva a ideia de uma hierarquia angélica com chefes conhecidos por nome.
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São Miguel Arcanjo por Guido Reni (1636) |
I. Angelologia no AT
No Antigo Testamento, a diversidade de nomes para as entidades celestes delineia um campo de funções e imagens. Além de malʾāḵîm (“enviados”), há títulos coletivos e cultuais como qĕdōšîm (“santos”), benê ʾēlîm e benê (hā)ʾĕlōhîm (“filhos dos deuses/Filhos de Deus”), ṣĕbāʾôt (“exércitos/hostes”) e mĕšārĕtîm (“ministros/servidores”), além do título militar śar (“chefe/comandante”), que irrompe em cenas liminares como a de Josué 5:14. Nessas páginas, os anjos operam como mensageiros ou representantes do alto, geralmente enviados por YHWH para tarefas bem delimitadas: transmitem revelação (2 Reis 1:3), assistem indivíduos (Gênesis 16:9), associam-se a teofanias (Gênesis 18; Gênesis 32:1), integram o conselho celeste que delibera sobre o governo do mundo (Salmo 89:6–9) e compõem o exército divino (Deuteronômio 33:2; Zacarias1:11). A narrativa de Êxodo sabe de um anjo que acompanha Israel no percurso do êxodo e do deserto (Êxodo 23:23; Êxodo 33:2), e a tradição histórica registra um anjo como executor de juízo contra Jerusalém (2 Samuel 24:16). Quando o cenário é visionário ou apocalíptico, a figura angélica assume nitidez de guia e de intérprete: um “homem” que mede o templo e conduz o vidente em Ezequiel 40:3; mensageiros que explicam símbolos e desvelam o sentido de imagens em Zacarias 1:7-17. O livro de Daniel concentra e nomeia funções: anjos combatem, interpretam, disputam espaços celestes e, sobretudo, instituem Miguel como “príncipe” e protetor de Israel (Daniel 10:13; Daniel 12:1); na mesma obra, Gabriel aparece como intérprete de visões (Daniel 8-9), antecipando a força do nome na tradição cristã.
II. “Anjo do Senhor”
A fórmula “anjo do Senhor” adensa o problema. Em diversas perícopes, esse mensageiro de alto escalão aparece e fala de tal modo que a narrativa alterna, sem cerimônia, “anjo do Senhor” e “o Senhor” como sujeitos do mesmo ato, sublinhando que o enviado representa, com autoridade plena, a presença divina. Assim, ele chama Moisés a partir da sarça (Êxodo 3:2), conduz o povo no caminho e à terra (paralelos fortes em Josué 5:13–15 e Juízes 2:1–5) e comparece a Gideão quando o ciclo trôpego do povo pede intervenção salvadora (Juízes 6:11). No conjunto, a imagem é de um agente que fala “em nome de” e que, ao falar, torna presente aquele que envia.
III. Segundo Templo / Qumran / Bipolarização
Do lado judaico intertestamentário e do Segundo Templo, a angelologia se expande por continuidade e especialização. O que o AT sugeria vai sendo pormenorizado: anjos protegem indivíduos (1 Enoque 100:5), executam juízos (1 Enoque 56:1–8), atuam como escribas celestes que registram atos e destinos (Jubileus 1:27–29), integram o tribunal e a corte do alto (1 Enoque 14:18–24), servem em liturgias do céu (1 Enoque 61:9–13), acompanham Israel em conflitos e libertações (3 Macabeus 6:18–21), diferenciam-se por nomes e patentes (1 Enoque 61:10; 2 Enoque 20; Testamento de Levi 3) e guiam visões, interpretando mistérios (1 Enoque 17–36). É também nesse período que toma forma uma bipartição nítida: forças de anjos bons, sob Deus ou sob o comando de um arcanjo, em conflito com forças de anjos maus, reunidas sob liderança designada por nomes como Satanás, Mastemá ou Belial. Os manuscritos do deserto da Judeia dão corpo a esse panorama. A Regra da Guerra (1QM) encena o embate cósmico entre Filhos da Luz e Filhos das Trevas, articulando cooperação entre milícias humanas e celestes; e a coleção litúrgica conhecida como “Cantos do Sacrifício Sabático”, preservada em Qumran (4Q400–407; 11Q17) e também em Masada (Mas1k), descreve treze composições associadas aos treze primeiros sábados do ano, com cenas de templo celeste, ordens angélicas e louvor corográfico. Esse material ajuda a entender por que, em alguns círculos judaicos e depois cristãos, se pôde pensar a assembleia terrestre como “em coro” com a assembleia dos céus, tema que terá ressonâncias no modo como Paulo regula a reverência no culto.
IV. Paulo: testemunhas, culto e ordem
Dentro desse horizonte, o apóstolo dos gentios fala de anjos como espectadores, como parte do auditório celeste, como potências hostis e como instâncias cuja importância é relativizada frente à glória de Cristo e do evangelho. Ele também associa anjos à moldura da manifestação final do Senhor. Em 1 Coríntios 4:9, por exemplo, contrapõe o triunfalismo de alguns coríntios — que, no seu juízo, já “reinariam” — à condição dos apóstolos, “expostos” como espetáculo ao mundo, aos anjos e aos seres humanos. O texto não classifica esses anjos como bons ou maus; a justaposição a “mundo” e “homens” pode insinuar uma assistência hostil, mas a ironia da seção (4:8-13) serve sobretudo para desfazer a imagem de grandeza terrestre. O ponto é que a vida apostólica está sob os olhos de uma audiência que ultrapassa o visível, e essa audiência inclui anjos.
V. Paulo: hino cristológico e testemunho celeste
Uma afirmação paralela e positiva aparece em 1 Timóteo 3:16, que preserva um hino preexistente de cadência antitética entre o terreno e o celeste. Dentre as linhas desse hino, “foi visto pelos anjos” alinha-se com “justificado no Espírito” e “elevado na glória”, compondo uma tríade que evoca aclamação celeste ao Cristo exaltado. O mesmo traço retorna em 1 Timóteo 5:21, quando o autor convoca Timóteo na presença de Deus, de Cristo Jesus e dos “anjos eleitos” a observar as diretrizes de disciplina e governo da comunidade: o ministério se exerce sob testemunho do céu. Já em 1 Coríntios 11:10, no bloco sobre a ordem do culto, Paulo declara que a mulher deve ter “autoridade sobre a cabeça por causa dos anjos”, em um contexto em que mulheres e homens oram e profetizam. A leitura que supõe “anjos sexualmente tentados” à maneira de Gênesis 6:2 carece de base no próprio argumento de Paulo; muito mais coerente é entender que o apóstolo pressente a assembleia cristã como se dando “diante” de anjos, à semelhança do que atestam fontes sectárias judaicas: a reverência e a forma correta de culto honram não apenas a Deus, mas também a presença da corte celeste. Na mesma carta, 13:1, a hipérbole “línguas de homens e de anjos” reforça a aproximação entre o culto inspirado e o louvor celeste — não para divinizar o fenômeno carismático, mas para o situar sob proporção e caridade.
VI. Potências hostis / engano espiritual
A tradição cristã primitiva, de acordo com correntes judaicas das quais participa, conhece anjos maus. Em Mateus 25:41, Jesus fala do fogo eterno preparado “para o diabo e seus anjos”, e essa imagem dá o contexto para compreender por que Paulo pode incluir “anjos” na lista de poderes que, apesar de hostis, não conseguem separar os crentes do amor de Deus em Cristo (Romanos 8:38). Na base dessas menções, há especulações antigas sobre anjos “do ar” ou das esferas inferiores que obstruiriam o acesso ao Deus altíssimo, bem como tradições, conhecidas da LXX e dos manuscritos do Mar Morto, sobre “anjos das nações” (Deuteronômio 32:8 segundo a leitura “filhos de Deus”; Daniel 10:13; Eclesiástico 17:17; Jubileus 15:31–32), que funcionariam como poderes tutelares em conflito com o governo universal do Deus de Israel. É por isso que, quando Paulo nomeia tais instâncias hostis, prefere o vocabulário mais amplo de “principados e potestades”, “começos” (archai) e “domínios” (exousiai), que pode — mas não precisa — abarcar seres angélicos em sentido estrito. Em 2 Coríntios 11:14, o apóstolo alerta que Satanás se transfigura em anjo de luz, observação que ele aplica aos seus opositores, “falsos apóstolos” que se travestem de ministros de justiça. Em 2 Coríntios 12:7, chama de “mensageiro de Satanás” (ángelos Satana) o espinho na carne que o humilha, linguagem que pode apontar para uma aflição física persistente ou para hostilidade espiritual recorrente; em todo caso, o ponto não é especular sobre a identidade do mensageiro, mas afirmar que a graça de Deus basta.
VII. Lei, evangelho e mediação angélica
Nesse quadro, Paulo também relativiza a estatura dos anjos em face do evangelho. Em Gálatas 4:14, louva a comunidade por tê-lo acolhido “como a um anjo de Deus”, mas em 1:8 bloqueia qualquer pretensão: ainda que “um anjo do céu” anunciasse outro evangelho, seria anátema. A mesma estratégia aparece quando trata da Lei: em Gálatas 3:19, diz que a Lei foi promulgada por anjos, por mão de um mediador, e esse dado será ecoado em Atos 7:53 e Hebreus2:2. A tradição vem de uma leitura que circulava de Deuteronômio 33:2 (na LXX e em testemunhos do deserto da Judeia) e de interpretações do Salmo 68:18, nas quais os anjos aparecem associados à teofania sinaítica; ao mobilizá-la, Paulo não diminui a Lei, mas ressalta o contraste: a promessa é direta, vem de Deus; a Lei, ao contrário, chega mediada (anjos e Moisés). A mensagem cristã — a justificação em Cristo — não é mensagem de anjos, ainda que os anjos a honrem: é o próprio Deus quem age.
VIII. Juízo escatológico e litígios
Do lado eclesial, Paulo sustenta a autoridade da comunidade com uma perspectiva escatológica na qual os crentes, unidos ao Cristo exaltado, participarão da derrota e do julgamento dos poderes. Por isso, em 1 Coríntios6:3, formula a pergunta que humilha os litigantes: “não sabeis que julgaremos anjos?” Não se precisa decidir se esses anjos são bons ou maus; a analogia com 2 Pedro 2:4 e Judas 6 torna verossímil que o alvo sejam os poderes caídos. Se os santos haverão de julgar tais potências no fim, por que não são capazes de julgar entre si os pequenos assuntos da vida diária? A mesma prioridade de Cristo sobre quaisquer mediações espirituais explica o aviso de Colossenses 2:18 contra a “adoração dos anjos”. O genitivo em grego permite duas leituras: culto dirigido aos anjos (genitivo objetivo), caso em que os anjos ocuparam indevidamente o lugar de Deus, ou culto “dos” anjos (genitivo subjetivo), no sentido de práticas visionárias/ascéticas que prometem compartilhar a liturgia celeste. Em ambos os casos, a crítica é que o foco foi deslocado: ou se interpunham poderes entre o fiel e Cristo, ou se descentrava a mediação única do Filho no afã de “subir” à liturgia dos céus. A existência de correntes judaicas que configuravam a assembleia terrena por analogia com o culto angélico — como atestam os Cantos do Sacrifício Sabático — ajuda a entender por que alguém poderia propor, em Colossos, “experiências angélicas” como ápice da vida comunitária; a carta responde recentrando tudo em Cristo, no qual habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
IX. Parusia e restritor
Quando trata da parusia, Paulo faz convergir tradições veterotestamentárias e apocalípticas. Em 2 Tessalonicenses 1:7, fala do Senhor Jesus que se revela do céu com os seus anjos poderosos em fogo flamante, imagem do guerreiro divino acompanhado do exército celeste; em 1 Tessalonicenses 3:13, declara que o Senhor virá “com todos os seus santos”, eco de Zacarias 14:5 (“YHWH virá, e todos os santos com ele”) e de Deuteronômio 33:2 (o Senhor que vem com miríades). O pequeno dossiê recebe reforço da literatura enoqueana e de Judas 14, com a cena do Senhor que advém “com suas santas miríades”. Em 1Tessalonicenses 4:16, a “voz do arcanjo” soa junto da trombeta de Deus, compondo a coreografia verbal do encontro com o Ressuscitado, e em 2 Tessalonicenses 2:6–7, a figura enigmática do “restritor” que retém o avanço do “mistério da injustiça” tem sido identificada, por alguns intérpretes, com uma instância angélica, por vezes Miguel, por analogia com Daniel 10. O ponto não é dogmatizar a identidade do restritor, mas sublinhar que, no tempo oportuno, a providência de Deus remove o obstáculo e o “iníquo” é revelado para ser destruído pelo sopro da boca do Senhor.
X. Anjos e cristologia
Tudo isso desemboca no lugar que os anjos ocupam na reflexão cristológica. Estudos sobre a origem da confissão cristã apontam que a angelologia judaica forneceu uma gramática de “agência divina” capaz de dizer como o Deus único age no mundo sem estabelecer uma segunda divindade ao seu lado. Textos como Ezequiel 1 e 8 descrevem a “glória do Senhor” em forma humana; Daniel 7 fala de “um como filho do homem” que recebe domínio do Ancião de Dias; Daniel 10 volta a exibir príncipes celestes e mensageiros nomeados. No mesmo arco, figuras como o “Anjo do Senhor” dos relatos do Êxodo e da tradição patriarcal e a promessa do “Anjo do Nome” (Êxodo 23:20-21, em que o Nome divino habita no enviado) sustentaram, em alguns círculos judaicos, a ideia de um representante que carrega o Nome e atua com autoridade divina. Em certos apócrifos e pseudepígrafos, nomes próprios estabilizam esse imaginário: Gabriel como intérprete, Miguel como comandante e protetor, Rafael como curador e guia (Tobias 12:15), Melquisedeque como figura judicial e libertadora em 11QMelch, Yahoel como personificação/portador do Nome em Apocalipse de Abraão 10–11. Nada disso faz do cristianismo um “angelismo”; ao contrário, ajuda a entender a passagem conceitual pela qual os primeiros cristãos puderam confessar Jesus como Filho preexistente e exaltado — agente e revelação suprema de Deus — e, ao mesmo tempo, guardar a unicidade divina: Cristo é colocado sobre toda hierarquia, e os anjos, inclusive os mais altos, são relativizados sob seu senhorio.
XI. Superioridade de Cristo
Essa relativização aparece de modo programático em lugares distintos do NT. Ainda que Hebreus não seja paulino, sua abertura é ilustrativa do clima teológico do século I: o Filho, herdeiro de todas as coisas, é superior aos anjos, e a adoração que por vezes rodeia as figuras angélicas é desviada para o Unigênito. Paulo, por sua vez, nunca “angelifica” Cristo; o que faz, no máximo, é descrever a reconciliação cósmica e a criação de todas as coisas “visíveis e invisíveis” — tronos, dominações, principados e potestades — nele e para ele (Colossenses 1:16), dissolvendo os poderes na órbita do Filho. Se anjos presenciam o ministério, se a corte celeste acompanha a vinda, se há anjos julgados ao fim, tudo isso se conjuga numa economia em que Cristo, o Ressuscitado, reina.
XII. Fecho teológico e escopo canônico
Ao fechar o verbete, vale lembrar que a tradição bíblica não oferece “sistemática dos anjos”, mas peças espalhadas que instruem a vida de fé. No AT, os anjos aparecem como sinais de que o Deus de Israel governa com mensageiros e ministros; na literatura do Segundo Templo, os mesmos traços ganham nomes, patentes e cenas mais pormenorizadas. Em Paulo, os anjos estão nos bastidores da missão apostólica, presentes no culto como auditório, simbolizando tanto cooperação quanto oposição, e servindo, sobretudo, de contraste para a primazia do evangelho. Na expectativa da parusia, as hostes celestes acompanham o Senhor vitorioso, enquanto o “arcaico” problema dos poderes é resolvido no julgamento final. Na cristologia, a categoria angélica funciona como ponte conceptual para dizer agência divina sem fratura do monoteísmo, ao mesmo tempo em que se apaga diante do sol mais forte: Cristo, em quem a plenitude habita.
Se a tradição extrabíblica amplia o quadro com material variado — do coro celeste de Qumran ao misticismo de trono da literatura merkabá, dos conflitos em 1 Enoque ao formalismo litúrgico dos Cantos do Sacrifício Sabático —, o cânon cristão encerra a questão de maneira simples: os anjos existem e servem; alguns se rebelaram e serão julgados; nenhum deles é termo do culto, nenhum deles é evangelho, nenhum deles é mediador comparável ao Filho. O interesse teológico de Paulo em nomeá-los é prático: lembrar à igreja que seu caminho se faz diante de Deus e de anjos, sob prova de hostilidades, mas com esperança segura. E, por fim, lembrar que o mesmo Cristo cuja voz de arcanjo convoca os mortos na ressurreição é aquele em quem e para quem todas as forças foram criadas — e diante de quem toda língua, terreno ou celeste, um dia confessará a soberania.
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GALVÃO, Eduardo. Anjos e Arcanjos em Paulo. In: Enciclopédia da Bíblia Online. [S. l.], set. 2025. Disponível em: [Cole o link sem colchetes]. Acesso em: [Coloque a data que você acessou este estudo, com dia, mês abreviado, e ano. Ex.: 22 ago. 2025].