Salmo 95 — Estudo Devocional

Salmo 95 

Canção de louvor a Deus

O Salmo 95 é um cântico de louvor e adoração que exige reverência, ação de graças e obediência a Deus. Serve como um convite para entrar na presença de Deus com alegria e gratidão. Aqui estão algumas aplicações de vida baseadas no Salmo 95:

1. Entre na presença de Deus com ação de graças: imite o espírito de ação de graças e louvor do salmista ao se aproximar de Deus. Comece suas orações e adoração com o coração cheio de gratidão pelas bênçãos e provisões de Deus em sua vida.

2. Adoração e Devoção Diárias: Crie o hábito da adoração e devoção diária em sua vida. Reserve um tempo para orar, ler as Escrituras e cantar canções de louvor para se aproximar de Deus e reconhecer Sua grandeza.

3. Evite corações endurecidos: O Salmo adverte contra ter um coração endurecido como aqueles que se rebelaram no deserto. Proteja seu coração contra a incredulidade, a dúvida e a desobediência. Cultive um coração suave e receptivo à orientação e correção de Deus.

4. Encorajem uns aos outros: O versículo 2 menciona “cantar salmos, hinos e cânticos espirituais”. Incentive os irmãos crentes por meio da música e da adoração comunitária. Participe do culto em grupo e compartilhe a alegria de louvar a Deus juntos.

5. Reflita sobre a Grandeza de Deus: Contemple a grandeza de Deus, Sua criação e Seus feitos em sua vida. Reflita regularmente sobre Seus atributos, como Seu amor, misericórdia e fidelidade, para fortalecer sua fé.

6. Submeta-se à Autoridade de Deus: Reconheça e submeta-se à autoridade de Deus em sua vida. Entregue a sua vontade ao Seu plano e propósito divino, confiando que os Seus caminhos são mais elevados e melhores que os seus.

7. Ouça a voz de Deus: Esteja atento à voz de Deus através da oração, da meditação nas Escrituras e da busca por Sua orientação em suas decisões. Cultive um coração atento para discernir Sua vontade.

8. Incentive o louvor nos outros: Incentive outros a se juntarem a você em louvor e adoração. Convide amigos e familiares para participarem de experiências de adoração coletiva, promovendo uma cultura de louvor em sua comunidade.

9. Pratique a obediência: A obediência é um sinal de fé e reverência a Deus. Esforce-se para viver em obediência aos Seus mandamentos e ensinamentos, entendendo que isso é uma expressão de amor por Ele.

10. Lembre-se dos Atos Passados de Deus: Lembrar-se da fidelidade e provisão passadas de Deus, conforme mencionado no versículo 10, pode aumentar a sua confiança Nele durante os desafios atuais. Mantenha um registro das orações respondidas e dos testemunhos da fidelidade de Deus.

11. Servir aos outros com alegria: O versículo 7 fala sobre ser uma ovelha no pasto de Deus. Servir os outros com alegria e humildade, seguindo o exemplo de Jesus como Bom Pastor.

12. Descanse nas promessas de Deus: Encontre descanso e paz nas promessas de Deus, sabendo que Ele é sua rocha e refúgio em tempos de angústia. Confie que Seus planos são para o seu bem-estar e futuro (Jeremias 29:11).

O Salmo 95 convida você a se aproximar de Deus com um coração de adoração, reverência e gratidão. Incentiva você a cultivar o hábito diário de louvor, a reconhecer a autoridade de Deus em sua vida e a procurar viver em obediência e confiança, encontrando alegria e descanso em Sua presença.

Devocional

Esta é uma série de seis salmos de louvor usados em procissão ao templo, que celebram o triunfo do Senhor. Hoje os que creem em Cristo podem perfeitamente utilizá-los como “trilha sonora” da peregrinação por esta terra, enquanto aqui se reúnem, até o encontro definitivo com o Senhor Jesus em glória.

95.1 Venham todos, e louvemos… à rocha que nos salva. Este é o convite: que todo povo se una para louvar àquele que é nosso lugar de salvação. O livro dos Salmos dá importância tanto à devoção individual quanto à coletiva (veja Sl 2.1-12, nota). O mesmo Deus que tem cuidado com nossa alma considera importante termos a experiência de participação comunitária; no Novo Testamento, o conjunto dos crentes será chamado de Corpo de Cristo.

95.2 vamos comparecer diante dele. No original, literalmente, está “avancemos até sua face” — ir ao templo era contemplar a face do Senhor, para expressar a gratidão por seu cuidado. cantando alegres hinos. Já é o segundo convite deste salmo para cantarmos. A música e o cantar podem ser instrumentos maravilhosos na comunicação com Deus, na união de seu povo na presença dele, e também como recurso terapêutico para o corpo e para a alma.

95.3 Pois o SENHOR… é Rei poderoso acima de todos os deuses. Enquanto caminhava em direção ao templo, o povo anunciava a grandeza de Deus. Ele é maior que todos os demais poderes. O convite é para reconhecer a Deus, o Pai Eterno, Todo Poderoso, amá-lo de todo coração, e adorá-lo na sua plenitude, por tudo o que ele é.

95.4-5 Ele reina sobre o mundo inteiro. Desde o mais secreto no interior da terra até o mais elevado nos céus, é ele quem cuida de nós (v. 7). Esse reinado cuidador é fonte de paz e segurança.

95.6 vamos nos ajoelhar. Reconhecer a grandeza de Deus e seu domínio vai nos aquietar e encher de alegria. Ficar de joelhos em adoração é uma atitude adequada, é orar com o corpo, reconhecendo em nossa carne que o Senhor é grande e nós pequenos. Não há necessidade de termos medo, visto que desde a morte de Jesus somos guiados amorosamente pelo Espírito como filhos/as do Pai (Rm 8.14-17).

95.7 somos o rebanho do qual ele cuida. Ao declarar a relação que há entre Deus e nós — como rebanho que é cuidado por ele — reafirmamos nossa identidade e dependência do Senhor. Escutem… o que ele nos diz. No original há um tom de advertência: “Hoje, se vocês ouvirem a sua voz”… a presença de Deus também é hora de admitir faltas, de confessar. Segundo alguns estudiosos, essa atitude de ouvir com atenção o que Deus quer nos dizer é o verdadeiro significado de “temor do Senhor”.

95.8-11 Não sejam teimosos, como os seus antepassados. É muito interessante que este salmo traga duas partes tão diferentes: o louvor comunitário, engrandecendo a Deus, que reina sobre tudo e cuida de nós, e agora uma séria advertência para não rejeitarmos seu cuidado (como os antepassados tinham feito). Será que aprendemos a lição? Parece que, como comunidade, o povo de Deus pode escolher entre louvar e apreciar o cuidado divino, ou reclamar desse cuidado e denunciar a falta dele, duvidando da bondade e da fidelidade de Deus (veja nota seguinte). Esse acontecido e este trecho do Salmo são comentados na Carta aos Hebreus, de 3.15 a 4.11, onde é mostrado que o “não querer ouvir” é o oposto de “ter fé”. Assim podemos perceber que somos comunitariamente convidados ao caminho do louvor a Deus, que anda junto com a fé nele, e a evitarmos o caminho da insatisfação, teimosia e desconfiança da fidelidade de Deus.

95.8-9 Massá… Meribá… Ali eles me puseram à prova e me desafiaram. Este “me desafiaram” tem o sentido de “me provocaram”: o episódio é narrado em Êx 17.1-7 (também em Nm 20), onde é explicado que a forma de pôr Deus à prova foi perguntarem “O Senhor está com a gente ou não?” (Êx 17.7). Portanto, o povo não confiou no Senhor, mesmo depois de já tê-lo visto agir muitas vezes a favor deles. Quantas vezes nós também esquecemos o que Deus fez por nós! Por isso a importância da devoção, deste tempo na presença de Deus, em comunidade, para lembrar que ele é nossa rocha e nosso pastor que vai nos conduzir e carregar.

95.10-11 Durante quarenta anos aquele povo me irritou. O não crer em Deus teve consequências, que o povo registrou em muitos salmos (Sl 81; 106) para aprender a lição. No aconselhamento, que também possamos registrar nossos erros, para aprender com eles. Mas que isso não nos impeça de ter comunhão, tal como o povo aqui, pois o poder é de Deus, e não nosso! É interessante que o salmo termine assim — recordando a fúria de Deus. Tal como uma relação entre pai e filho que em certa hora deixa no ar o desgosto, para que se medite e aprenda com ele. Onde eu lhes teria dado descanso. A terra prometida para os israelitas; hoje o descanso está na relação com Deus, mais do que num lugar. Ele é nosso refúgio, e o lugar que ele nos indicar será nosso lugar de repouso. Veja o quadro “Descanso fundamental” (Sl 92).