Explicação de Juízes 19
Explicação de Juízes 19
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Juízes 19
19.1 Efraim.
Ficou no centro da Palestina, região mais tarde conhecida por Somaria.
19.3 Falar-lhe
ao coração. Frase idiomática que no hebraico significa amor, carinho
e generosidade no falar.
19.7 Instando
com ele. Encontra-se, nestas linhas, uma visão profunda da vida social
da Palestina, nos remotos tempos de há 3.000 anos passados. A
hospitalidade sem restrições, especialmente com relação aos viajantes, era
encarada com a mais alta seriedade.
19.9 Vai-se
o dia acabando. Lit. “o acampamento do dia” lembrando os anos
de peregrinação nômade no deserto.
19.10-12 Jebus...
cidade estranha. Antes da conquista de Jerusalém por Davi (2 Sm 5.6s), essa
cidade era a fortaleza dos jebuseus e denominada Jebus. Ficava apenas
a uns 10 km ao norte de Belém, a mesma cidade onde Jesus nasceu.
19.13 Gibeá.
Fundada na época da conquista da Palestina pelos israelitas e
habitada pelos benjamitas; distava uns 7 km mais para o norte de Jebus.
Posteriormente, tornou-se a cidade de Saul (1 Sm 10.26). Ramá
ficava a uns 3 km mais distante. Depois de escurecer era perigoso viajar
por aquelas paragens.
19.15 Não
houvera quem os recolhesses. Um sinal de trato extremamente grosseiro era
o não oferecer abrigo a um viajante, especialmente quando o hospedeiro
nada gastaria em provisões. A essa falta, no tocante à hospitalidade,
seguiram-se crimes piores.
19.16 Homem
velho. Este homem, conterrâneo do viajante, não era benjamita. Isto explica,
em parte, as atitudes dos cidadãos de Gibeá para com ele.
19.18 Viagem
para a casa do Senhor. A casa do Senhor, a essa altura, encontrava-se
em Siló. Até este ponto, nenhuma menção se fez deste propósito adicional.
A Septuaginta reza “minha casa”, no lugar de “do Senhor”, e é possível que
o texto original tivesse este sentido.
19.22 Filhos
de Belial A origem da palavra é desconhecida. Pensa-se haver,
talvez, alguma relação com a deusa babilônica da vegetação, também deusa
do Sheol, o túmulo. Cf. Sl 18.4, 5, “torrentes de impiedade” (heb belial)
corresponde, no paralelismo poético, a ”laços de morte” e “cadeias
infernais”. Batendo à porta. No heb “bater” se acha na
forma intensiva deixando subentendida a intenção de arrombar a porta. É de
se notar a semelhança do comportamento dos homens de Gibeá com os de
Sodoma (Gn 19.9ss).
19.23 Está
em minha casa. Os costumes da ética reinante impediram que o homem
velho entregasse seu hóspede aos homens de Gibeá. Pior que a lascívia e a
perversão, era faltar com a hospitalidade. Loucura. O heb nebalah
tem significado ainda mais forte. ”Impiedade”, “devassidão” (cf. 1 Sm
25.25) talvez representem melhor seu sentido.
19.25 Concubina..
entregou. Para se manter uma lei ética, quebra-se outra que,
no moderno sistema de valores, seria infinitamente mais importante.
19.28 Levanta-te.
A narrativa não demonstra a profunda revolta que
aqueles acontecimentos em Gibeá inculcaram, no coração do viajante.
19.29 Despedaçou.
O verbo usado no original é o mesmo usado para o ritual
dos sacrifícios (Êx 29.17; Lv 1.6; 8.20). As doze partes (cf. o caso de
Saul, 1 Sm 11.1-8) simbolizavam as doze tribos de Israel, deixando clara
integral responsabilidade da nação, diante de Deus, e diante daquela
abominação dos benjamitas.
19.30 A importância
deste acontecimento revela-se no fato da unificação da nação de Israel, o
que não acontecera até então.