Apocalipse 3 — Exposição de Apocalipse
Exposição de Apocalipse 3
Apocalipse 3
3.1 ESTÁS
MORTO. A igreja de Sardes estava espiritualmente morta, e
somente uns poucos membros permaneciam fiéis ao evangelho. Exteriormente,
parecia viva e ativa, tinha uma reputação de sucesso e espiritualidade. É
possível que tivesse uma forma impressionante de adoração, mas não o verdadeiro
poder e retidão no Espírito Santo. Jesus, no entanto, via os seus corações.
3.4 TENS EM
SARDES ALGUMAS PESSOAS. No decurso da
história da igreja, sempre houve alguns (i.e., um remanescente) que “não
contaminaram suas vestes” e que procuraram manter a simplicidade e pureza de
devoção a Cristo, que os apóstolos e muitos outros conheciam nos dias do NT (2
Co 11.3).
3.5 RISCAREI O
SEU NOME. Fica claro que qualquer pessoa que experimenta o
novo nascimento, mas que posteriormente deixa de perseverar na fé e de viver
vitoriosamente, terá seu nome tirado do livro da vida (ver Ap 2.7 nota). Ter o
nome apagado do livro da vida é perder a própria vida eterna (Ap 2.7,10,11) e ser
finalmente lançado no lago de fogo (Ap 20.15). É isso que o Espírito diz às
igrejas (v. 6; Ap 13.8; 17.8; 20.12; 21.17; cf. Êx 32.32).
3.7 FILADÉLFIA. Filadélfia era uma igreja fiel, que guardava a
palavra de Cristo e não o negava. Os membros tinham suportado a oposição do
mundo, resistido à conformação às tendências malignas das demais igrejas e
perseverado na lealdade a Cristo e na verdade do evangelho do NT (vv. 7-10).
Por causa da perseverança deles na fidelidade, Deus promete livrá-los da hora
da provação (ver a nota seguinte).
3.10 A HORA DA
TENTAÇÃO. A promessa de Cristo, no sentido de livrar os fiéis
de Filadélfia da hora da tentação, é idêntica à promessa bíblica aos
tessalonicenses, de que seriam preservados da “ira futura” (1 Ts 1.10). Esta
promessa é válida para todos os fiéis de Deus, em todas as eras (vv. 13,22).
Essa hora inclui o tempo divinamente determinado para provação, ira e
tribulação que sobrevirá a “todo o mundo” nos últimos anos desta era,
imediatamente antes do estabelecimento do reino de Cristo na terra (Ap 5.10;
6.19; 20.4). A respeito desse tempo, a Bíblia revela as seguintes verdades: (1)
Esse tempo de tribulação envolve a ira de Deus sobre os ímpios (Ap 6.18; Dt
4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn 9.27; 12.1; Zc
14.1-4; Mt 24.9-31; 1 Ts 5.2 nota; ver o estudo A GRANDE TRIBULAÇÃO). (2) Esse
período de provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, i.e.,
contra os que aceitarem a Cristo durante esse período terrível. Para eles,
haverá fome, sede, exposição às intempéries (7.16) e muito sofrimento e
lágrimas (Ap 7.9-17; Dn 12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de modo indireto as
catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte. Serão perseguidos,
torturados e muitos sofrerão o martírio (Ap 6.11; 13.7; 14.13). Sofrerão as
assolações de Satanás e das forças demoníacas (9.3-5; 12.12), violência de
homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (Ap 6.9; 12.17; 13.15-17).
Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados (Mt 24.15-20). Será um período
terrívelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão
terrível, que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados, porque
descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (14.13). (3) Quanto aos
vencedores anteriores àquele tempo (ver Ap 2.7 nota; Lc 21.36 nota), Deus os
preservará da tribulação, através do arrebatamento, quando os fiéis encontrarão
o Senhor nos ares, antes de Deus derramar a sua ira (ver Jo 14.3 nota; ver o
estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA). Esse livramento é uma recompensa àqueles que
perseverarem em guardar a Palavra de Deus, mantendo a fé verdadeira. (4) Os
crentes de nossos dias, que esperam escapar dessas coisas que estão para vir
sobre o mundo, só o conseguirão mediante a fidelidade a Cristo e sua Palavra e
a vigilância constante na oração (ver Lc 21.36 nota), para não serem enganados
(ver Mt 24.5 nota)
3.11 VENHO SEM
DEMORA. A estreita conexão entre este versículo e o 10
indica (1) que a vinda de Cristo, para arrebatar da terra a sua igreja, será o
meio de livramento dos fiéis (cf. 1 Ts 1.10; 4.14-18), e (2) que o livramento
da hora da provação e da tribulação está reservado somente aos que permanecerem
em Cristo e na sua Palavra (v. 8).
3.15,16 FRIO
NEM QUENTE... MORNO. Esta é a
descrição da condição espiritual da igreja de Laodiceia. (1) A igreja morna é
aquela que transige com o mundo e, em comportamento, se assemelha à sociedade
ímpia ao seu redor; professa o cristianismo, mas, na realidade, é
espiritualmente “desgraçada e miserável” (vv. 17,18). (2) Cristo faz a esta
igreja uma séria advertência no tocante ao seu julgamento contra a mornidão
espiritual (vv. 15-17). (3) Cristo faz também um convite sincero para que se
arrependa e seja restaurada a uma posição de fé, justiça, revelação e comunhão (vv.
18,19). (4) Nesta era de igreja morna, firmes são as promessas de Cristo às
igrejas vencedoras. Ele virá a elas com bênçãos e no poder do Espírito Santo
(vv. 20-22), e abrirá uma porta para que possam glorificar o seu nome e
proclamar o evangelho eterno (v. 8).
3.20 SE ALGUÉM
OUVIR A MINHA VOZ. A igreja de
Laodiceia, em sua próspera auto-suficiência e seu mundanismo (vv. 15-18), tinha
rejeitado o Senhor Jesus Cristo. O convite de Cristo, como estando fora da
porta da igreja, é um apelo seu por comunhão com qualquer pessoa que se
arrepender da mornidão espiritual (v. 21).
3.22 O
ESPÍRITO... ÀS IGREJAS. Devemos sempre
ter em mente a distinção entre as igrejas locais e o Espírito Santo. As igrejas
estão subordinadas ao Espírito de Deus e à sua Palavra inspirada (2 Tm 3.15,16;
1 Pe 1.24,25; 2 Pe 1.20,21). Essa distinção entre o Espírito e as igrejas
locais pode ser expressa através das seguintes verdades bíblicas: (1) O
Espírito não é propriedade das igrejas, nem de qualquer instituição humana. Ele
é o Espírito de Deus e de Cristo, e não o Espírito das igrejas (v. 1). O
Espírito é livre para operar onde quiser, de conformidade com os padrões justos
de Deus (Jo 1.33; 4.24; 7.39; 14.17). (2) O Espírito Santo representa o
senhorio atual de Cristo sobre as igrejas. O Espírito e a sua Palavra são a
autoridade final. As igrejas devem constantemente julgar suas normas de fé e
conduta pelo Espírito. Uma igreja não deve depositar fé noutra igreja; nem
obedecer ou seguir outra igreja. O Espírito e a Palavra inspirada são maiores
do que as igrejas históricas. (3) O Espírito Santo permanecerá em qualquer
igreja, somente à medida que esta permanecer fiel a Cristo e à sua Palavra e
observar o que o Espírito disser às igrejas (Ap 2.5,16,22,23; 3.3,15,16).
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