Gênesis 12 — Comentário Evangélico

Gênesis 12 — Comentário Evangélico

Gênesis 12 — Comentário Evangélico



Gênesis 12 

A resposta de fé de Abraão (Gn 12:1 -9)
A aliança (vv. 1-3)

Deus chamou Abraão em Ur dos caldeus (Ato 7:2-4), mas ele ficou em Harã até a morte de seu pai (11:27- 32). Deus ordenou separação para si mesmo, nem que fosse preciso a morte para alcançar isso. Esse cha­mado deveu-se total mente à graça de Deus, e as bênçãos da aliança derivaram-se completamente da bondade do Senhor. Deus prome­teu dar a Abraão (1) uma terra; (2) um grande nome; (3) uma grande nação; e (4) uma bênção que se espalharia por todo o mundo. Foi necessária muita fé por parte de Abraão para responder a essas pro­messas, pois ele não tinha filhos, e ele e a esposa eram idosos (11:30). Observe como Deus repete: "Fa­rei". Deus faria tudo isso apenas se Abraão acreditasse. Com certeza, Deus cumpriu suas promessas, pois Israel tem sua terra (e conseguirá mais); os judeus abençoaram todas as nações ao nos dar a Bíblia e Cris­to; e os judeus, os mulçumanos, os cristãos e, até mesmo, os incrédu­los reverenciam o nome de Abraão. Os homens de Babel queriam fazer um nome para si mesmos, mas fra­cassaram (11:4), Abraão, porém, confiou em Deus, e o Senhor deu- lhe um grande nome!

A concessão (vv. 4-6)
"Ló foi com ele" — esse foi o se­gundo erro. Harã, pai de Ló, morreu (11:28), portanto Abraão pôs o jo­vem sob sua proteção, apenas para que este lhe criasse sérios proble­mas. Mais tarde, Deus teve de se­parar Ló de Abraão, antes de poder prosseguir com seus planos para a vida do patriarca. Não há registro da longa jornada deles de Harã até Canaã, mas certamente foi neces­sário fé e paciência para completá- la. E fácil perceber que Abraão era um homem próspero, contudo essa prosperidade não foi uma barreira ao seu caminhar com Deus. Os via­jantes chegaram a Siquém, "o om­bro". Que coisa maravilhosa para o crente viver no "ombro", de onde Deus, "por baixo de ti, estende os braços eternos" (Dt 33:27).

A confissão (vv. 7-9)
A obediência sempre leva à bênção. O Senhor, depois de Abraão chegar a Canaã, apareceu para Abraão a fim de encorajá-lo mais. Abraão não he­sitou em confessar sua fé diante de uma terra pagã. Ele, onde quer que fosse, construía sua tenda e seu al­tar. (Veja 13:3-4,18.) A tenda fala do peregrino, a pessoa que confia em Deus, um dia de cada vez, e está sempre pronta para se mover. O altar fala do adorador que traz um sacrifí­cio e o oferece a Deus. De forma in­teressante, a localização de Abraão, Betei ("a casa de Deus"), fica no oci­dente, Ai ("um monte de ruínas") fica no oriente, e ele viajava em direção à "casa de Deus". Em 13:11, Ló vi­rou as costas à casa de Deus e fez sua jornada em direção ao oriente, de volta ao mundo e com resultados desastrosos. Abraão, sempre que se afastou do desejo de Deus, perdeu a tenda e o altar.

O lapso de fé de Abraão (Gn 12:10-20)
O desapontamento (v. 10)
Havia fome no local a que Deus o conduzira! Os peregrinos devem ter ficado muito desapontados com isso. Deus testava a fé deles a fim de saber se confiavam no Senhor ou na terra. Eles, em vez de permanecerem em Canaã e confiarem em Deus, des­ceram ao Egito, provavelmente por sugestão de Ló (veja 13:10). O Egito simboliza o mundo, a vida de auto­confiança; Canaã retrata a vida de fé e de vitória. O Egito era irrigado pelo lamacento rio Nilo; Canaã recebia as chuvas frescas de Deus (veja Dt 11:10-12). Abraão abandonou sua tenda e seu altar e confiou no mun­do! Veja Isaías 31:1.

A decepção (vv. 11-13)
Um pecado leva a outro: primeiro Abraão confiou no Egito; agora ele acreditou na mentira que sua es­posa disse para protegê-lo. Gêne­sis 20:13 deixa claro que Sara era tão culpada como Abraão, e 20:12 indica que, na verdade, a "mentira" era uma meia-verdade, pois ela era sua meia-irmã. Parece que Abraão estava mais preocupado com a pró­pria segurança que com a de sua es­posa — ou a segurança da semente prometida. Se Sara tivesse permane­cido no harém, Deus não poderia cumprir sua promessa! Abraão, sem sua tenda e seu altar, agia como as pessoas do mundo (SI 1:1 -3).

A disciplina (vv. 14-20)
Que vergonha Abraão, homem de fé, ser repreendido por um rei infiel. O faraó, até saber a verdade a respeito de Sara, "tratou bem" a Abraão, mas, assim que Deus in­terferiu e expôs a mentira, o faraó pediu-lhes que  partissem. O cristão dá um testemunho pobre quando se mistura com o mundo e faz conces­sões. Alguém disse: "Fé é viver sem esquemas". Abraão e todos seus descendentes precisavam aprender essa lição! Ló viveu com o mundo e perdeu seu testemunho (19:12-14); e Pedro permitiu o fogo inimigo e negou seu Senhor.

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