Gênesis 40 — Comentário Evangélico

Gênesis 40 — Comentário Evangélico

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Gênesis 40 

José, o servo esquecido (Gn 40)
Agora, José era um servo na prisão real (Gn 41:12). Ele fazia fielmente seu trabalho e esperava pelo dia em que seus sonhos proféticos se tornassem realidade. Um dia, trouxeram dois novos prisioneiros — o mordomo e o padeiro-chefe do faraó. Não se es­clarecem quais foram seus crimes, talvez uma coisa menor que desa- grádou o faraó. Entretanto, sabemos que Deus fez com que fossem pre­sos por causa do plano que o Se­nhor tinha para José. Trataram José com injustiça, mas ele sabia que um dia Deus cumpriría sua Palavra.

Observe a humildade de José quando interpreta os dois sonhos (v. 8). Ele dá toda a glória ao Senhor: "Humilhai-vos, portanto, sob a po­derosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte" (1 Pe 5:6) Os dois prisioneiros estavam em correntes por alguma coisa que fizeram, enquanto José era inocente. A interpretação que fez dos sonhos tornou-se realidade: o mordomo foi reintegrado, e o padeiro, enforcado. Contudo, deixaram José na prisão! Talvez nos perguntemos por que outros vivenciam as bênçãos de que precisamos tanto; contudo, Deus tem seu plano e seu tempo.

Entretanto, no versículo 14, o pedido de José revela uma ponta de desencorajamento e de descrença. José inclinava-se em direção aos bra­ços da carne? Se esse for o caso, o braço da carne desapontou-o, pois o mordomo esqueceu completamente de José pelos dois anos seguintes. Essa foi uma boa lição para José nun­ca confiar nos homens. Em última instância, Deus usaria a má memória do mordomo para libertar José, mas ainda não chegara o momento certo para isso. O mordomo esquecera-se de José, mas Deus não o esquecera!

José tinha 17 anos quando foi para o Egito e 30 anos quando saiu da prisão (Gn 41:46). Isso quer dizer que ele gastou treze anos como servo e como prisioneiro, anos de discipli­na e de treino, anos de preparação para seu ministério de toda a vida, como segundo governante do Egi­to. Deus, se nos entregamos a ele, prepara-nos para o que já planejou para nós.

De muitas maneiras, José é um retrato de nosso Senhor Jesus Cristo, embora em nenhuma passagem do Novo Testamento ele seja especifi­camente chamado como um tipo de Cristo. José era um filho amado que foi odiado e rejeitado pelos irmãos. Eles o venderam como escravo e, um dia, encontraram-no como rei deles. Ele teve de sofrer antes de al­cançar sua glória. Ele venceu a ten­tação e, no entanto, foi preso e tra­tado com injustiça. Era um servo fiel que ministrava aos outros. Por fim, elevaram-no ao trono, e ele foi res­ponsável pela salvação das nações. Os irmãos dele, na primeira vez que o viram, não o reconheceram, mas ele se revelou a eles na segunda vez que vieram ao Egito. O mesmo aconteceria com Israel: eles não reconheceram Cristo quando veio pela primeira vez, mas eles o verão quando vier de novo e se curvarão diante dele.

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