Gênesis 31 — Comentário Evangélico

Gênesis 31 — Comentário Evangélico

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Gênesis 31 

A fuga de Jacó da casa de Labão (Gn 31)
A conferência (vv. 1-16)
Três fatores fizeram com que Jacó decidisse partir: a mudança de atitu­de de Labão; a necessidade de esta­belecer sua própria casa; e, acima de tudo, a orientação direta do Senhor. Deus lembrou a Jacó seu voto fei­to em Belém. Agora, o pagão devia voltar e cumprir as promessas que fizera ao Senhor, que o abençoara. Raquel e Lia concordaram em ir, mas a decisão delas fundamentou-se em razões materiais, não na vontade do Senhor. Perguntamo-nos se as espo­sas, até esse momento, sabiam alguma coisa a respeito da experiência de Jacó em Betei.

A perseguição (vv. 17-35)
Jacó, em vez de confiar em Deus para protegê-lo, saiu às escondidas, com pressa, enquanto Labão pastoreava as ovelhas. Os crentes dão um pobre testemunho quando decidem agir às escondidas. Jacó já tinha três dias de jornada à frente de Labão (30:36), portanto eles não se encontraram por uma semana. Deus advertiu Labão antes mesmo que ficasse face a face com Jacó, portanto não havia motivo para Jacó ter medo (v. 31; veja tam­bém Pv 16:7). Labão tentou mostrar com seu semblante que estava ofen­dido, embora provavelmente estives­se feliz em livrar-se do homem que lhe passava a perna e enriquecia à sua custa. No versículo 30, surge a preo­cupação verdadeira dele — alguém roubara seus ídolos! O pecado escon­dido levou a mais pecado quando Ra­quel, a ladra, mentiu para o pai e para o marido, enquanto o raivoso Labão examinava tudo na caravana.

O conflito (vv. 36-42)
Agora, revelam-se os vinte anos de raiva reprimida, e Jacó "deu o troco de imediato" a seu sogro. Labão era idólatra, e Jacó pagão — como po­dería haver qualquer acordo entre eles? A única coisa redentora na fala raivosa de Jacó foi dar a Deus a gló­ria por seu sucesso (v. 42).

A aliança (vv. 43-55)
A chamada "Bênção de Mispa" que encontramos em muitos hinários não é de todo escriturai. Esses dois homens não confiam um no outro, portanto instalaram uma coluna para lembrá-los que Deus os vigia­va. Essas pedras, em vez de teste­munharem a amizade deles (como afirma a "Bênção de Mispa"), tes­temunharam a desconfiança mútua deles. Observe que, no versículo 47, os dois homens nem falam a mesma língua! (Os dois nomes significam "monte de testemunhas" ou "monte de testemunho".) Realmente, é mui­to triste quando os membros de uma família não confiam uns nos outros. Seria muito melhor se tivessem per­doado um ao outro e entregue todas as questões a Deus. O versículo 52 indica que a coluna que Labão le­vantou também era uma fronteira além da qual Jacó não ousava ir.

Acabaram-se os vinte anos de servidão de Jacó, porém ele precisa­va voltar a Betei e acertar as coisas com Deus. Esses capítulos registram várias ex­periências cruciais na vida de Jacó quando este fez sua jornada da casa de Labão para Betei. Eles nos dão três retratos vividos desse ho­mem que ilustram o conflito entre a carne e o espírito, a antiga vida e a nova.

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