Significado de Hebreus 9
Hebreus 9
Hebreus 9 se aprofunda nos temas da Antiga e da Nova Aliança, enfatizando a superioridade do sacrifício de Cristo e Seu papel como Sumo Sacerdote supremo. O capítulo enfoca o simbolismo e o significado do tabernáculo terrestre e os rituais realizados pelos sacerdotes levíticos em comparação com as realidades espirituais cumpridas em Jesus Cristo.
O capítulo começa descrevendo o layout do tabernáculo terrestre, com seu Lugar Santo e Lugar Santíssimo. Explica como os sacerdotes entravam no Lugar Santo regularmente para realizar rituais, mas apenas o sumo sacerdote entrava no Lugar Santíssimo uma vez por ano no Dia da Expiação para fazer expiação pelos pecados do povo.
O autor ressalta que os sacrifícios da Antiga Aliança eram simbólicos e temporários, incapazes de limpar verdadeiramente a consciência dos crentes. No entanto, o sacrifício de Cristo, como o perfeito Cordeiro de Deus, oferece redenção eterna ao limpar a consciência das obras mortas para servir ao Deus vivo.
O capítulo destaca a superioridade do sacerdócio e do sacrifício de Cristo, comparando-os aos rituais da Antiga Aliança. Jesus, como Sumo Sacerdote, entrou no santuário celestial, o verdadeiro tabernáculo não feito por mãos humanas, oferecendo Seu próprio sangue como o sacrifício final e eficaz pelo pecado.
O autor aponta que o sacrifício de Cristo ocorre uma vez por todas, em contraste com os repetidos sacrifícios da Antiga Aliança. Seu sacrifício traz perdão completo e purifica a consciência dos crentes, permitindo-lhes servir ao Deus vivo sem o peso da culpa.
O capítulo conclui enfatizando a necessidade de derramamento de sangue para o perdão dos pecados e citando o Antigo Testamento para apoiar o conceito de que sem derramamento de sangue não há perdão.
Em termos gerais, Hebreus 9 destaca o simbolismo e a natureza temporária dos rituais da Antiga Aliança realizados no tabernáculo terrestre. Ele contrasta esses rituais com o significado eterno do sacrifício de Cristo como o perfeito Sumo Sacerdote e Cordeiro de Deus. O capítulo destaca o poder purificador do sangue de Cristo, que oferece perdão completo e purifica a consciência dos crentes. Enfatiza que o sacrifício de Jesus cumpre as realidades espirituais simbolizadas pela Antiga Aliança, proporcionando aos crentes acesso à redenção eterna e a oportunidade de servir a Deus com a consciência limpa.
Hebreus 9:1-10.10 Os versículos 1 a 10 do capítulo 9 descrevem os sacrifícios no Dia da Expiação, no tabernáculo terreno (Lv 16). Esses sacrifícios não eram capazes de limpar a consciência. Em contraste, o oferecimento de Cristo de si mesmo, conquistando Sua entrada no santuário celestial (Hb 9:11-14), estabeleceu um novo concerto (Hb 9:15-22), provendo nossa salvação de uma vez por todas (Hb 9:23-28). Sua obediência tornou eficaz Seu sacrifício (Hb 10.1-10). Comentário de Hebreus 9
Hebreus 9:1 O primeiro concerto incluía um santuário terreno, o tabernáculo (v. 2), no qual eram oferecidas ordenanças de culto divino.
Hebreus 9:2-5 Esses versículos descrevem de forma simples o material principal que havia no tabernáculo. No pátio do tabernáculo, encontravam-se um altar para o sacrifício de animais, uma bacia para lavagem cerimonial e a tenda em si (a palavra tabernáculo significa, literalmente, tenda). O tabernáculo era dividido em dois cômodos por um véu. A primeira parte era o santuário ou Lugar Santo, onde ficava o candelabro, a mesa com os pães da proposição e o altar de incenso. O segundo cômodo [mais íntimo] era o Santo dos Santos (v. 3), onde se achava a arca do concerto, ou arca da aliança, na qual estavam guardados símbolos do pacto feito por Deus com Israel por meio de Moisés.
O vaso do maná lembrava o povo de Israel da provisão miraculosa de Deus para ele no deserto. A vara de Arão era sinal da autoridade do sacerdócio: Deus havia ordenado que Arão e seus filhos fossem os representantes do povo perante Ele. As tábuas eram os Dez Mandamentos, dados à nação no monte Sinai. Sobre a arca ficava o propiciatório, lugar onde Deus tornava Sua presença conhecida. Incensário de ouro. Nessa passagem, parece como se o incensário estivesse no Santo dos Santos, quando, na verdade, estava ao lado do véu que separava o Santo dos Santos do Lugar Santo. Por causa de sua função, no entanto, o incensário era normalmente associado ao Santo dos Santos (Êx 30.6; 40.6).
Hebreus 9:6 Entravam os sacerdotes no Lugar Santo pela manhã e à tarde para queimar incenso no altar de ouro e acender as lâmpadas (Êx 30.7, 8). Toda semana, no Sábado, eram trocados os pães da proposição (Lv 24.5-8).
Hebreus 9:7 Só o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos. Uma vez por ano, no Dia da Expiação, o sumo sacerdote oferecia sangue sacrificial por si mesmo e pelas culpas do povo de Israel (Lv 16). No antigo concerto, o acesso a Deus era limitado (compare com as promessas do novo concerto, em Hb 8.10, 11).
Hebreus 9:8 O fato de que o sumo sacerdote podia entrar no Santo dos Santos apenas uma vez por ano indica o evidente propósito divino de a Lei não visar propriamente a levar os crentes à presença de Deus.
Hebreus 9:9 O tabernáculo era uma alegoria, uma ilustração das verdades espirituais. Para o tempo presente se refere à época do tabernáculo, ou seja, a do Antigo Testamento. Não podem aperfeiçoar. O concerto feito mediante Moisés cobria temporariamente os pecados e a culpa (v. 7), mas não os pecados premeditados, tampouco o pecado inato de todas as pessoas (Sl 51). Em outras palavras, o sistema era falho, não reconciliando propriamente o pecador com Deus.
Hebreus 9:10 Justificações da carne. Isso indica que eram ordenanças externas e temporárias. “Correção” (gr. diorthõsis) significa nova ordem. Aqui, é realçada novamente a natureza temporária do concerto via Moisés.
Hebreus 9:11-14 O primeiro concerto (v. 1) contava com um santuário (v. 2-5) e um serviço de adoração sacrificial (v. 6-10). Cristo, do mesmo modo, teve santuário (v. 11) e ofereceu sacrifício (v. 12-14).
Hebreus 9:11 O tabernáculo de Cristo é mais perfeito, bem melhor, do que o tabernáculo do Antigo Testamento (v. 1-5). Os bens futuros incluem o acesso a Deus (Hb 8.10-12). Por um maior. A preposição por, neste contexto, significa em conexão com. Assim, o maior e mais perfeito tabernáculo não é uma referência ao corpo de Cristo, mas sim ao verdadeiro tabernáculo celestial (Hb 8.2).
Hebreus 9:12 A cerimônia sacrificial do sacerdote levítico alcançava um tipo de redenção simbólica, limitada e recorrente. Cristo, por seu próprio sangue, alcançou para nós eterna redenção. Seu sacrifício jamais precisará ser repetido, porque foi perfeito. Milhões e milhões de sacrifícios animais para a expiação dos pecados foram dispensados e substituídos pelo sacrifício único e culminante de Jesus, nosso perfeito Salvador. Seu sangue derramado foi o caminho de nosso acesso a Deus.
Hebreus 9:13 De acordo com a lei, o sangue de touros e bodes dos sacrifícios feitos no Dia da Expiação era um pagamento temporário pelos pecados do povo (v. 12). Já a cinza de uma novilha, misturada com água, era usada para a purificação de alguém que tivesse se tornado imundo, pela lei, por haver tocado uma pessoa morta (Nm 19). Destaca o autor de Hebreus que essas cerimônias alcançavam apenas o exterior do ser, não o seu coração.
Hebreus 9:14 O Espírito eterno é o Espírito Santo as três pessoas da Trindade estão envolvidas na purificação. Purificará a vossa consciência. A contaminação espiritual de alguém é interna, não externa (v. 13). A morte de Cristo tem o poder de purificar a mente e a alma da pessoa. Obras mortas referem-se aos rituais da Lei de Moisés, que não podiam dar vida (Hb 6.1). Depositar fé e confiança naquilo que já serviu ao seu propósito e já se extinguiu é inútil. É desobediência a Deus. O autor de Hebreus conclama seus leitores a libertarem sua consciência das regras da lei e se apegarem a Cristo, para sua purificação. Ao fazê-lo, poderiam, em vez de servir às obras mortas, servir ao Deus vivo, verdadeiramente.
Hebreus 9:15 O Novo Testamento apresenta duas bênçãos para o crente: redenção e herança. Os crentes recebem redenção dos pecados cometidos sob a lei. Cristo pagou o preço para nos libertar de nosso próprio pecado. Sua morte substitui nossa morte, a pena pelos nossos pecados. Como os israelitas, os cristãos recebem uma herança, mas a uma herança é eterna (v. 14). Ao imitar a fé e a paciência de Abraão, os cristãos têm a garantia de que herdarão as maravilhosas promessas que Deus lhes fez (Hb 6.12; 8.6-12).
Hebreus 9:16, 17 “Testamento” significa uma vontade manifesta legalmente. Antes que a vontade manifesta em um testamento tenha efeito, aquele que fez o testamento deve morrer.
Hebreus 9:18-21 O testamento feito mediante Moisés foi ratificado pelo sangue, isto é, pela morte. Não, porém, a morte daquele que fazia o testamento, mas dos animais oferecidos como sacrifício a Deus (Êx 24-1-8). Para confirmar a proposição de que a morte é necessária para a ratificação de um testamento, o autor ilustra o assunto recorrendo à ratificação do antigo concerto (Êx 24-3-8).
Hebreus 9:22 Quase indica que existiam exceções para a purificação com sangue (Lv 5.11-13), mas eram poucas em comparação com a importância dos sacrifícios feitos para a remissão de pecados (Lv 17.11).
Hebreus 9:23 Se as figuras tinham de ser purificadas pelo sangue, então um sacrifício ainda melhor era necessário para a realidade do verdadeiro santuário.
Hebreus 9:24 O sacrifício de Cristo foi melhor do que os feitos sob o antigo concerto porque, ao fazê-lo, Ele não entrou em um santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, mas ingressou no verdadeiro santuário, que está no céu perante a face de Deus.
Hebreus 9:25, 26 O sacrifício de Cristo foi melhor do que os feitos sob o antigo concerto porque Ele não ofereceu um sacrifício de animais periódico, anual, mas ofereceu sacrifício de si mesmo e de uma só vez. Na consumação dos séculos. A vinda de Cristo marca o clímax da época do Antigo Testamento.
Hebreus 9:27, 28 Como as pessoas morrem uma vez só, Cristo morreu uma só vez não como os repetitivos sacrifícios do sistema levítico. Todavia, diferente das demais pessoas, Cristo não morreu e enfrentou o juízo. Ele morreu uma vez, para então vir a aparecer uma segunda vez para a salvação (Hb 1.14). Aqueles que o esperam não são propriamente todos aqueles que se dizem crentes, mas somente os que se mantêm firmes até o fim.
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