Estudo sobre Romanos 8:12-14
Estudo sobre Romanos 8:12-14
Romanos 8:12-14
Mais uma vez Paulo coloca em primeiro plano a grande libertação de que todos os que creem gozam em relação ao dever. Assim, pois, irmãos, somos devedores, não à carne como se constrangidos a viver segundo a carne. Obviamente poderíamos prosseguir positivamente: “porém somos devedores de nosso Senhor” (Lc 17.7-10), mas Paulo está enfocando aqui nossa condição de filhos, o que o leva a expressar-se de modo diferente. Antes de mais nada, duas frases com “se” expõem dois tipos de concatenações de que devemos estar cientes: a ânsia enganadora pela vida leva inevitavelmente à morte (v. 13a); unicamente o “matar” espiritual traz consigo a promessa de vida (v. 13b). Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis. Digno de morte não é o próprio corpo. Segundo Rm 12.1 ele deve ser oferecido como sacrifício vivo a Deus, assim como aqui, segundo o v. 11, também está destinado à ressurreição. Contudo ele é um campo de luta entre carne e Espírito, podendo ser conquistado para práticas que acontecem flagrantemente no antiespírito de Gl 5.19-21. Quem não quiser morrer por intermédio delas, tem de matá-las. Isto significa: a partir da situação de mortos declarada em 6.11, romper incondicionalmente as relações com essas ações. Jesus falava em termos drásticos de amputar membros que nos seduzem (Mc 9.47). Com isso não visava o mundo dos sentidos, mas da ação: Acabar com essas ações e em lugar delas realizar algo por meio do Espírito (Rm 12.21). Sua presença é a verdadeira “novidade” (Rm 7.6) no campo de batalha. Ela altera as condições e, em comparação com a condição desesperada de Rm 7.14-25, também conduz a outros resultados (Gl 5.16).
Agora dá maior atenção à forma de ação do Espírito e a decifra como a experiência de ser filho. Pois todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. O Espírito guia, assim como um pastor “conduz” as suas ovelhas, e elas o seguem (Jo 10.3; cf Sl 23.2,3), ou como Deus “conduziu o seu povo pelo deserto” por meio de Moisés (Sl 136.16), ou como Jesus naquele tempo “ia adiante dos seus discípulos” (Mc 10.32) e como aqui um Pai “conduz” seu filho. Portanto, quem anda no Espírito não passa a caminhar, em puro enlevo, apenas na ponta dos pés. Ele não está enfeitiçado. Por outro lado tampouco está continuamente superexigido, porém é essencialmente alguém guiado. Isto significa que quem guia está nitidamente na condição superior de senhor, porém cheio de previdência. Da parte do que é guiado vigora inegavelmente a docilidade, mas cheia de obediência do coração (Rm 6.17), como de filhos de Deus.
Aprofunde-se mais!
Estudo sobre Romanos 8:12-14