Apocalipse 9 — Estudo Teológico das Escrituras

 Apocalipse 9 — Estudo Teológico das Escrituras



Apocalipse 9

9.1 uma estrela caída do céu. Diferente de outras estrelas que terão caído (6.13; 8.8), essa será um ser angélico (cf. v. 2) — provavelmente o próprio Satanás (v. 4; 12.7; veja notas em Is 14.12-14;Lc 10.18). poço do abismo. Mencionado sete vezes em Apocalipse, sempre se refere à prisão onde algumas hordas demoníacas estão encarceradas, o lugar do m ais severo tormento e isolamento(vs. 1-2,11; 11.7; 17.8; 2 0,1,3; veja notas em 2Pe 2.4; jd 6-7).

9.3 gafanhotos. Insetos semelhantes a gafanhotos que descerão em enxames tão densos a ponto de obscurecer o sol e acabar completamente com toda vegetação. Nos anos de 1950, um enxame de gafanhotos devorou todas as plantas de vários milhares de quilômetros quadrados no Oriente Médio. Aqui, no entanto, esses não são gafanhotos normais, mas especialmente preparados, que meramente são a forma externa de demônios, que, com os gafanhotos, trarão destruição total (veja notas em II 2.2,4). “Semelhante a” aparece nove vezes na descrição de João; ele acha difícil descrever o que está vendo de uma maneira tal que o leitor possa compreender, escorpiões. Um aracnídeo que habita em regiões quentes e secas e que tem cauda ereta em cuja ponta há um ferrão venenoso. A vítima de picada de escorpião muitas vezes rola no chão em agonia, espumeja pela boca e range os dentes de dor. O s demônios em forma de gafanhotos são capazes de infligir dor física — e talvez espiritual — como o escorpião (v. 5).

9.4 homens que não têm o selo de Deus. Todos na terra, exceto os dois grupos mencionados no cap. 7 — os 144.000 judeus evangelistas e seus convertidos (veja nota em 7.4).

9.5 cinco meses. O ciclo de vida normal de gafanhotos é cinco meses, geralmente de maio a setembro.

9.6 buscarão a morte a não a acharão. Os atormentados não encontrarão alívio. Nem mesmo as suas inimagináveis tentativas de pôr fim à sua miséria por meio de suicídio terão sucesso.

9.7 rosto de homem. Provavelmente uma referência a essas criaturas demoníacas como seres racionais e inteligentes.

9.8 cabelos de mulher. Jr 5 1.27 se refere a gafanhotos que possuem cerdas como cabelos, dentes de leão. Eles são ferozes, fortes e mortais (cf. Jr 51.27).

9.9 couraças de ferro. Couraças destinavam-se a proteger órgãos vitais e assegurar a vida do guerreiro. Essas criaturas são invulneráveis.

9.10 cinco meses. Veja nota no v. 5.

9.11 Abadom... Apoliom. Embora gafanhotos normalmente não possuam rei (Pv 30.27), essas criaturas demoníacas possuem. Seu nome tanto no hebraico como no grego significa “destruidor”. Há uma hierarquia de poder entre os demônios, assim como há entre os santos anjos. Aparentemente “o anjo do abismo” é um dos líderes mais confiáveis de Satanás ou possivelmente o próprio Satanás.

9.12 primeiro ai. A primeira das últimas três trombetas (veja nota em 8 .13).

9.1 3 ângulos do altar de ouro. A planta designada por Deus para o altar de ouro onde incenso era queimado incluía pequenas saliências (chifres) em cada canto (Êx 30.2; veja nota em 6.9). Normalmente um lugar de misericórdia porquanto Deus respondia às orações do seu povo, o altar retumbará com um grito por vingança.

9.14 quatro anjos. A Escritura nunca se refere aos santos anjos como seres atados. Estes são anjos caídos — outro segmento das forças de Satanás a quem Deus atou, mas serão soltos para realizar o juízo de Deus por meio dos seus cavaleiros (vs. 15-19). O controle de Deus se estende inclusive às forças demoníacas — elas são atadas ou soltas segundo ele ordena. Eufrates. Um dos quatro rios que fluíam pelo jardim do Éden (veja nota em 16.12; cf. Gn 2.14). Começando com Babel, essa região gerou muitas das religiões pagãs do mundo

9.15 a hora, o dia, o mês e o ano. Deus atua segundo o seu plano predeterminado (cf. M t 24.36; At 1.7).

9.16 exércitos. Alguns veem aqui uma referência às forças que acompanham os reis do Oriente (16.12) e identificam os mesmos com um exército humano vindo da Ásia. Mas esse acontecimento ocorre em conexão com a sétima trombeta, não a sexta. A linguagem é mais bem compreendida com o se referindo à força demoníaca que faz guerra com os habitantes da terra e mata um terço da humanidade (v. 15).

9.17 couraças. Veja nota no v. 9. enxofre. Enxofre é uma rocha amarelada e sulfúrica que muitas vezes representa fogo e fumaça em Apocalipse (14.10; 19.20; 20.10). Com um na região do mar Morto, quando incendiados esses depósitos se derretem e produzem córregos abrasadores e gás sufocante.

9.19 cauda se parecia com serpentes. A linguagem de João representa a habilidade de demônios de acionar o seu poder destrutivo em ambas as direções.

9.20-21 Deus lista cinco pecados que são representativos da rebelião deles.

9.20 demônios. Lembram os comentários de Paulo sobre idolatria (veja nota em ICo 10.19-20); demônios personificam os ídolos de pedra e madeira fabricados pelas pessoas.

9.21 nem ainda se arrependeram. Cf. 16.9,11,21. feitiçarias. Essa palavra grega é a raiz da palavra portuguesa “farmácia”. No mundo antigo, drogas eram usadas para entorpecer os sentidos e induzir um estado adequado para experiências religiosas, tais como sessões espíritas, bruxaria, encantamentos e danças com médiuns (21.8; 22.15). Veja nota em E f 5.18.

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