Lucas 20:1-47 — Interpretação Bíblica

Lucas 20

19:2 Zaqueu. Este era o chefe dos coletores de impostos, o que significava que ele provavelmente licitou o direito de coletar impostos e então contratou outro coletor de impostos para realmente recolher o dinheiro.

19:7 Todas as pessoas... começaram a murmurar. A multidão não estava feliz com a escolha de Jesus de quem honrar com Sua comunhão. Na opinião da multidão, Zaqueu era um pecador. Os cobradores de impostos muitas vezes tomavam para si uma alta porcentagem do que exigiam. Eles eram odiados e desprezados no antigo Israel.

Zaqueu

Lucas 19:1–10

Zaqueu era um chefe dos cobradores de impostos, chefe de um grande escritório de cobradores de impostos. Os cobradores de impostos eram considerados iguais às prostitutas (v. 7; Mt 21:31-32). Eles eram geralmente odiados, porque os impostos iam para uma potência estrangeira. Jericó era uma cidade de sacerdotes. Jesus escolheu um cobrador de impostos em vez de um sacerdote para ficar com ele. Zaqueu se converteu imediatamente e deu provas genuínas disso. Jesus havia dito ao jovem rico que desse tudo (Lc 18:22). Zaqueu deu metade (v. 8), e Jesus o declarou herdeiro da salvação.

19:11 as pessoas pensavam. Evidentemente, os discípulos acreditavam que a chegada de Jesus a Jerusalém sinalizaria a chegada do reino de Deus. A parábola de Jesus nos versículos 12–27 foi projetada para dissipar esse equívoco. Note que os discípulos levantaram a mesma questão em Atos 1:6.

19:13 dez minas. Cada servo recebia uma mina ou cerca de três meses de salário para o trabalhador médio. O mestre, simbolizando o próprio Jesus , quer ver frutos, ou dividendos de seu investimento. Seus servos fizeram bom uso do dinheiro que receberam?

19:20–23 Eu estava com medo de você. A desculpa do servo infiel para o fracasso reflete uma visão negativa do nobre. Se o servo realmente temesse o patrão, teria feito alguma coisa com o dinheiro. Até mesmo colocar o dinheiro no banco renderia juros.

19:31–34 O Senhor precisa disso. Tal empréstimo de um animal não foi tão estranho quanto possa parecer. Havia um costume antigo pelo qual um líder político ou religioso podia requisitar propriedades para uso de curto prazo . Jesus estava entrando em Jerusalém para celebrar a Páscoa e a Festa dos Pães Asmos, festas que comemoravam o grande ato de libertação da nação por Deus. Tais festivais eram frequentemente celebrados com a esperança de que o livramento decisivo de Deus viria.

19:41 chorou por isso. Jesus sabia que tantos do povo de Israel O haviam rejeitado que a nação sofreria julgamento na forma da terrível destruição que veio sobre Jerusalém em 70 dC.

19:43 construir um aterro contra você. Esta é uma previsão do cerco bem-sucedido de Roma a Jerusalém sob Tito. Os detalhes refletem um julgamento divino pela infidelidade da aliança, semelhante à destruição babilônica de Jerusalém em 586 aC (Is 29:1–4 ; Jr 6:6-21; Ez 4:1-3).

19:45 Jesus entrou no templo. Jesus purificou o templo com ira depois de ver que o local de oração havia se tornado uma desculpa para o comércio corrupto. Mercadores vendiam animais de sacrifício no pátio externo do templo (o pátio dos gentios) a preços exorbitantes. Os cambistas estavam fazendo um lucro excessivo trocando moedas pelo shekel do templo. João registra uma purificação do templo em João 2:13-22 , mas não está claro se esse evento é o mesmo que este em Lucas. Visto que João coloca o evento no início do ministério de Jesus, Jesus pode ter purificado o templo duas vezes.

Notas Adicionais:

20.1-8 A autoridade de Jesus vem de Deus, que deu autoridade também a João Batista. Se os líderes religiosos não querem reconhecer a autoridade divina de João Batista, também não vão reconhecer a autoridade de Jesus.

20.1 Jesus estava no pátio do Templo: Todo este capítulo (Lc 20.1-47) traz o ensino de Jesus no Templo. Trata-se, a rigor, de discussões de Jesus com os líderes religiosos. chefes dos sacerdotes: Ver Lc 9.22, n.

20.2 faz essas coisas: Eles estão falando sobre a “limpeza” que Jesus tinha feito no Templo (Lc 19.45-46).

20.9-18 Usando uma figura do AT (Is 5.1-7), Jesus conta a parábola dos lavradores maus. Os líderes religiosos não tinham guardado a aliança de Deus com o povo de Israel. Rejeitaram os profetas que Deus tinha enviado e, no fim, mataram o filho do dono da plantação de uvas. Por isso, o dono, isto é, Deus, vai dar a outros a responsabilidade de cuidar do seu povo (v. 16). Os líderes religiosos captaram a mensagem (v. 19).

20.10 o tempo da colheita: Normalmente, a primeira colheita era feita cinco anos depois da plantação das vinhas.

20.13 o meu filho querido: Estas palavras lembram a voz do céu que falou depois do batismo de Jesus (Lc 3.22) e também quando Jesus estava no monte com Moisés e Elias (Lc 9.35).

20.14 a plantação será nossa: Isso dá a entender que se tratava de filho único, o único herdeiro da plantação.

20.17 Escrituras Sagradas: Jesus cita Sl 118.22 (At 4.11; 1Pe 2.7).

20.18 Quem cair em cima dessa pedra: Possivelmente, aqueles que se ofendem com Jesus e sua mensagem. se a pedra cair sobre alguém: O juízo de Jesus sobre aqueles que o rejeitam (Lc 19.27).

20.19-26 Para conseguir alguma prova contra Jesus (v. 20), os inimigos fazem a pergunta sobre os impostos. Se Jesus disser que os judeus não devem pagar impostos ao Imperador romano, as autoridades romanas o prenderão; se ele disser que devem pagar impostos, os judeus o denunciarão como traidor.

20.19 chefes dos sacerdotes: Ver Lc 9.22, n. tinham medo do povo: Lc 19.47-48.

20.20 Governador romano: Na época, Pôncio Pilatos, o governador da Judéia (Lc 3.1).

20.22 a nossa Lei: A Lei de Moisés (Lc 6.2). Imperador romano: Na época, Tibério César Augusto, que governou de 14 a 37 d.C.

20.24 uma moeda: Era um denário romano, moeda de prata com a figura de Tibério e estas palavras: “Tibério César, filho do divino Augusto”.

20.25 Dêem ao Imperador... dêem a Deus: Se pagar impostos ao Imperador romano, o povo de Israel nada perde. Se recusar ouvir a mensagem de Jesus, perde tudo. Também os primeiros cristãos reconheciam que precisavam cumprir os seus deveres para com o Estado (Rm 13.5-7; 1Pe 2.13-17). No entanto, sabiam que só a Deus é que deviam adorar e prestar obediência total.

20.27-40 Ao contrário dos fariseus, os saduceus não acreditavam na ressurreição (At 4.1-2; 23.6-10). A história que os saduceus contam a Jesus (vs. 29-32) é pura invenção. Ela serviria como prova de que a ideia de ressuscitar e voltar a viver uma vida como a que temos aqui na terra é um absurdo. A resposta de Jesus mostra que eles não entendem o que quer dizer ressuscitar.

20.28 a seguinte lei: Eles citam Dt 25.5-6 (Gn 38.8). A Lei de Moisés diz o que devia ser feito para que o nome de um homem e de sua família fosse preservado neste mundo. Nada dizia, assim pensavam os saduceus, sobre a ressurreição. Jesus mostra que eles estão errados.

20.36 serão como os anjos: Depois de ressuscitarem, as pessoas serão imortais, como os anjos, e não vão precisar se casar (v. 35). Jesus aproveita para falar sobre os anjos, pois os saduceus também não acreditavam na existência deles (At 23.8). filhos de Deus: 1Jo 3.1-2.

20.37 Moisés... escreve: Jesus cita Êx 3.6 para provar que Abraão, Isaque e Jacó estão vivos, pois o texto afirma que Deus é o Deus deles, o que não seria verdade se eles estivessem mortos (v. 38).

20.39 Boa resposta, Mestre! Os mestres da Lei gostaram da resposta de Jesus. Isso parece mostrar que eles eram do partido dos fariseus, que acreditavam na ressurreição.

20.41-44 Agora, Jesus faz uma pergunta que os líderes religiosos não conseguem responder. Eles sabiam que o Messias seria descendente de Davi (2Sm 7.12-16; Sl 89.20-30), isto é, seria inferior a Davi. Mas o próprio Davi (Sl 110.1) tinha chamado o Messias de “meu Senhor”, mostrando assim que o Messias era superior a Davi.

20.42 Davi diz: Sl 110.1. meu Senhor: O rei do salmista, que é o Messias. lado direito: Lugar de honra e autoridade.

20.43 estrado debaixo dos seus pés: Figura de derrota e humilhação. A passagem é citada também em At 2.34-35; Hb 1.13 (1Co 15.25; Hb 10.12-13). As palavras de Jesus são indiretamente uma advertência a seus inimigos: eles não sabem com quem estão lidando!

20.45-47 Falando aos discípulos, Jesus acusa os mestres da Lei de serem vaidosos e hipócritas (Lc 11.43; 12.1). Jesus está advertindo os seus discípulos: orgulho, ganância e hipocrisia não devem ter vez entre eles.

20.46 lugares de honra nas sinagogas: Os assentos que ficavam na frente, perto da arca de madeira na qual eram guardados os livros sagrados. os melhores lugares nos banquetes: Bem ao lado da pessoa que tinha convidado para o banquete (Lc 14.8-10).

20.47 orações compridas: Para mostrarem sua devoção a Deus.

Índice: Lucas 1 Lucas 2 Lucas 3 Lucas 4 Lucas 5 Lucas 6 Lucas 7 Lucas 8 Lucas 9 Lucas 10 Lucas 11 Lucas 12 Lucas 13 Lucas 14 Lucas 15 Lucas 16 Lucas 17 Lucas 18 Lucas 19 Lucas 20 Lucas 21 Lucas 22 Lucas 23 Lucas 24