Números 17 — Explicação das Escrituras

Números 17

Números 17 aborda as consequências da rebelião liderada por Coré e os duzentos e cinquenta líderes contra Moisés e a autoridade de Arão. Deus ordena a Moisés que colete bastões representando cada tribo e os coloque dentro do Tabernáculo. No dia seguinte, o cajado de Aarão floresce milagrosamente com flores e amêndoas, significando a escolha de Arão por Deus como o legítimo sumo sacerdote. Este sinal divino solidifica a liderança de Aaron e põe fim a novas disputas sobre o sacerdócio. O capítulo enfatiza a importância da confirmação de Deus na escolha de líderes e o significado de honrar Suas autoridades designadas.

Explicação

17:1–9 A fim de enfatizar ao povo que o sacerdócio era confiado apenas à família de Arão, Deus ordenou que uma vara para cada tribo de Israel fosse colocada no tabernáculo durante a noite. A vara de Levi tinha o nome de Aarão nela. O direito ao sacerdócio pertencia à vara que floresceu. Pela manhã, quando as varas foram examinadas, descobriu-se que a vara de Aarão... havia brotado com botões, produzido flores e produzido amêndoas maduras. A vara de Arão retrata o Cristo ressurreto como o Sacerdote escolhido por Deus. Assim como a amendoeira é a primeira a florescer na primavera, Cristo é a primícia da ressurreição (1 Coríntios 15:20, 23). O candelabro de ouro no lugar santo era “feito como flores de amêndoa, cada um com seu botão e flor” (Êxodo 25:33, 34). Era uma função sacerdotal cuidar do candelabro diariamente. A vara de Arão correspondia em desenho e fruto ao candelabro, significando assim que a família de Arão havia sido escolhida divinamente para ministrar como sacerdotes.

17:10–13 De agora em diante, a vara de Arão deveria ser guardada na arca da aliança como um sinal contra os rebeldes. Depois disso, o povo foi tomado de terror e temeu entrar nas proximidades do tabernáculo.

Notas Adicionais

17.1-13 A confirmação da autoridade de Arão como Sacerdote. Nesta ocasião ficou claro que o sacerdócio ficaria restringido unicamente à sua família e aos seus descendentes.

17.2 Doze bordões. A palavra “bordão”, em heb, é igual à palavra “tribo”, e daí a necessidade de se usar “as casas de seus pais” para representar as doze tribos. Já que a tribo de Levi foi representada, José teria que contar como uma tribo única, e não ser dividido entre os seus dois filhos, Efraim e Manassés. • N. Hom. O décimo sétimo capítulo nos lembra: 1) Só Cristo é o Sacerdote Divino (Jo 14.6; At 4.12); 2) Só Cristo possui a verdadeira vida, cuja vitalidade e frutos espirituais se fundamentam na Sua ressurreição de entre os mortos. 3) Cristo é o único Sacerdote que vive para sempre, testificando ao homem e sendo por ele reconhecido e adorado (Rm 1.4; Hb 7.26).

17.8 O florescimento do bordão de Arão confirma a sua autoridade e a sua aprovação da parte de Deus. Podemos ver aí uma figura de Cristo que, apesar de ser rejeitado pelo povo, foi aprovado por Deus para ser nosso eterno Sumo Sacerdote (At 4.11; Hb 7.2228). Este florescimento do bordão é também uma figura da ressurreição de Cristo, porque todos trouxeram um bordão morto e Deus deu vida ao bordão de Arão, assim também todos os autores de outras religiões têm perecido, mas o Cristo ressuscitado é o Sumo Sacerdote eterno nos Céus, sempre vivo, sempre prestes a interceder por nós pecadores (Hb 4.14-16; 1 Tm 2.5-6; Ap 1.17-18).

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