Números 25 — Explicação das Escrituras

Números 25

Números 25 narra um trágico incidente em que os israelitas são seduzidos pelas mulheres moabitas a se envolverem em idolatria e comportamento imoral. Como resultado, a ira de Deus se acendeu contra Israel, e uma praga mortal irrompeu entre eles. Em resposta, Moisés e os líderes agem rapidamente para punir os envolvidos e purificar o acampamento. O capítulo destaca o perigo de comprometer a fé e as graves consequências de se afastar dos mandamentos de Deus.

Explicação

25:1–3 Embora o nome de Balaão não seja mencionado neste capítulo, aprendemos em Números 31:16 que ele foi o responsável pela terrível corrupção dos filhos de Israel descrita aqui. Todas as recompensas de Balaque não conseguiram induzir Balaão a amaldiçoar Israel, mas finalmente o persuadiram a corromper Israel fazendo com que algumas pessoas cometessem prostituição e idolatria com as mulheres de Moabe. Muitas vezes, quando Satanás não consegue ter sucesso em um ataque direto, ele terá sucesso em um indireto.

O verdadeiro caráter de Balaão emerge aqui. Até este ponto podemos pensar nele como um profeta piedoso, leal à palavra de Deus e um admirador do povo de Deus. Mas de Números 31:16 e 2 Pedro 2:15, 16 aprendemos que ele era um apóstata iníquo que amava o salário da injustiça. Balaão aconselhou Balaque como fazer os israelitas tropeçarem: levá-los “a comer coisas sacrificadas a ídolos e a cometer imoralidade sexual” (Ap 2:14). Seu conselho foi ouvido. Isso levou à idolatria grosseira no santuário de Baal de Peor.

25:4–8a Deus ordenou que todos os líderes culpados fossem pendurados ao sol. Antes que a sentença fosse executada, um líder da tribo de Simeão trouxe uma mulher midianita ao acampamento de Israel, para levá-la para sua tenda (v. 14). Finéias, filho do sumo sacerdote (Eleazar), matou homem e mulher com sua lança. Samuel Ridout comenta:

Fineias, “uma boca de bronze”, é singularmente apropriado para aquele que foi tão inflexivelmente fiel a Deus e, por seu implacável julgamento do pecado, garantiu um sacerdócio permanente para si e sua família.15

25:8b–13 Deus enviou uma praga ao acampamento de Israel, matando um total de vinte e quatro mil dos ofensores durante o curso da praga (23.000 em um dia – 1 Coríntios 10:8). Foi a ação heróica de Fineias que deteve... a praga. Por ser zeloso por seu Deus, o SENHOR decretou que um sacerdócio eterno continuaria na família de Finéias.

25:14, 15 A posição de destaque de Zinri em sua tribo e o fato de que a mulher era filha dum chefe midianita poderiam ter impedido os juízes de executar o julgamento contra ele, mas não impediu Finéias. Ele estava com ciúmes por causa de Jeová.

25:16–18 O SENHOR ordenou a Moisés que guerreasse contra os midianitas (que estavam misturados com os moabitas nessa época). Este comando foi realizado no capítulo 31.

Notas Adicionais:

25.4 Toma todos os cabeças do povo e enforca-os. Isto porque pecaram contra o Senhor. Israel é seduzido à prostituição e à idolatria por causa do iníquo conselho de Balaão 31.16.

25.6-15 Mostra o zelo de Fineias e como ele expiou o pecado do povo, v. 13. Por este gesto de zelo, Deus confirmou, com concerto de paz, o sacerdócio que já tinha confiado à família de Arão.

25.8 Então a praga cessou. A retidão de Fineias, futuro sacerdote do Israel, executou a justiça, Sl 106.30, e fez cessar a maldição que, causada pela idolatria do povo, se atribui ao conselho de Balaão que, segundo as tradições israelitas, foi a causa dessa prostituição com a filhas dos moabitas, v. 1; Ap 2.14, 20; Nm 31.16. A retidão perfeita de Cristo afasta o julgamento merecido por nós, os que nEle cremos.

25.11 Meu zelo. Este ato de Fineias revelou que ainda havia entre o povo quem mostrasse zelo pelas coisas de Deus, zelo em vindicar a retidão. Por isso, Deus reconheceu seu ato, ao ponto de o considerar um ato de expiação (v. 13), aliás, a única ocasião descrita do Antigo Testamento na qual um ato, individual, não prescrito pela Lei, foi aceito como uma expiação, que escudou o povo contra a ira de Deus (Sl 106.31).

25.18 O paganismo ao redor de Israel sempre levava o povo de Deus à idolatria. O mundanismo ao redor da Igreja sempre quer levá-la ao caso de Peor e ao caso de Cosbi, ou seja, à impureza da carne e do espírito, 2 Co7.1.

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