Mateus 20 — Estudo Teológico das Escrituras

Mateus 20

Mateus 20 é um capítulo do Evangelho de Mateus que contém parábolas e ensinamentos de Jesus, focando principalmente em temas relacionados à generosidade de Deus, à natureza do Seu reino e à importância da humildade e do serviço. Aqui estão alguns aspectos teológicos importantes encontrados em Mateus 20:

1. A Parábola dos Trabalhadores na Vinha:
Em Mateus 20:1-16, Jesus conta a parábola dos trabalhadores da vinha. Nesta parábola, os trabalhadores são contratados em horários diferentes ao longo do dia, mas todos recebem o mesmo salário. Esta parábola ilustra a generosidade e a graça de Deus, enfatizando que a salvação e as recompensas no reino não são baseadas no mérito humano, mas na escolha soberana de Deus. Desafia noções de direito e destaca a verdade teológica da justiça e misericórdia de Deus.

2. As Predições da Morte e Ressurreição de Jesus:
Em Mateus 20:17-19, Jesus prediz Sua iminente prisão, sofrimento e crucificação, bem como Sua ressurreição. Estas previsões são centrais para a mensagem teológica do Evangelho, enfatizando o propósito redentor da missão de Jesus e a Sua vitória final sobre o pecado e a morte.

3. O Pedido de Tiago e João:
Em Mateus 20:20-28, a mãe de Tiago e João pede a Jesus posições de honra para seus filhos em Seu reino. Jesus aproveita esta oportunidade para ensinar sobre a verdadeira grandeza no reino, enfatizando a servidão e o amor sacrificial. Isto sublinha o princípio teológico de que os valores do reino de Deus são muitas vezes contrários aos valores do mundo.

4. A Cura dos Cegos:
Em Mateus 20:29-34, Jesus cura dois cegos que clamam a Ele por misericórdia. Este ato de cura demonstra a compaixão e o poder de Jesus para restaurar a visão aos cegos. Reforça a verdade teológica de que Jesus é a fonte da cura espiritual e física.

5. A Viagem a Jerusalém:
Ao longo de Mateus 20, Jesus e Seus discípulos estão a caminho de Jerusalém, onde ocorrerá Sua crucificação. Esta jornada é um tema teológico central, pois representa a determinação de Jesus em cumprir a Sua missão e proporcionar a salvação à humanidade.

6. O Paradoxo do Primeiro e do Último:
Jesus repete a ideia de que “os últimos serão os primeiros e os primeiros os últimos” (Mateus 20:16), enfatizando a verdade teológica de que o reino de Deus muitas vezes desafia as noções convencionais de status e privilégio. Destaca a importância da humildade e do altruísmo no reino de Deus.

Mateus 20 aborda temas teológicos relacionados à generosidade e graça de Deus, às previsões de Jesus sobre Sua morte e ressurreição, o chamado à servidão e à humildade, o poder de cura de Jesus e a natureza paradoxal dos valores do reino de Deus. Estes ensinamentos fornecem informações valiosas sobre a natureza do reino de Deus e o caráter daqueles que procuram seguir Jesus como Seus discípulos.

Estudo Teológico

20:3 A terceira hora foi por volta das 9:00 da manhã

20:5 A hora sexta era por volta do meio-dia. A nona hora era 15:00

20:6 A décima primeira hora era por volta das 17:00. Restava apenas uma hora no dia de trabalho.

20:13–15 Os primeiros trabalhadores reclamaram que seus salários eram os mesmos dos que haviam sido contratados no final do dia. No entanto, o proprietário não os enganou; todos receberam a quantia acordada pelo seu trabalho. Os primeiros trabalhadores resmungaram porque eram maus em suas perspectivas; seu mestre, no entanto, era soberanamente generoso.

20:16 No contexto de Mateus, os trabalhadores com contrato representam Israel; eles tinham as promessas e as alianças (ver Rom. 3:1, 2; 9:4; Ef. 2:11, 12). Aqueles sem acordo representam os gentios, que seriam feitos iguais ao povo judeu quando a salvação se tornasse disponível a todos pela fé em Jesus Cristo (ver Rom. 11:16, 17; Ef 2:13-15; 3:6).

20:17–19 Mais uma vez o Senhor Jesus antecipou Sua morte e ressurreição (ver 16:21; 17:9, 22, 23). Pela primeira vez Ele se referiu à maneira como Ele morreria – crucificação.

20:24 A indignação dos outros dez apóstolos foi provavelmente devido ao seu próprio desejo por essas posições elevadas. A resposta de Jesus foi dirigida a todos eles (vv. 25-28).

20:26, 27 A medida da grandeza não é posição, poder ou prestígio; é serviço.

20:30 Apenas Mateus menciona dois cegos; Marcos e Lucas referem-se a um, provavelmente aquele que falou. O fato de que Mateus registra que havia realmente dois homens se ajusta especialmente ao seu Evangelho, que foi escrito principalmente para judeus que desejavam duas testemunhas (veja Deut. 17:6). Filho de David, um título messiânico (ver 2 Sam. 7:12-16), identifica Jesus como o herdeiro do trono de David. Este clamor, repetido no v. 31, mostra o discernimento espiritual destes cegos.

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