Significado de Êxodo 5
Êxodo 5
Intertextualidade com o Antigo e Novo Testamento
Êxodo 5 abre como um choque entre duas vontades: de um lado, a voz de Deus que chamou Moisés para libertar Israel a fim de que o povo celebre uma festa no deserto; de outro, a autossuficiência pétrea de Faraó, que interroga com frieza: “Quem é o Senhor, para que eu lhe obedeça e deixe ir Israel? Não conheço o Senhor” (Êxodo 5:2). Essa pergunta, que parece apenas insolência política, expõe a ferida teológica que atravessará toda a narrativa: conhecer a Deus é obedecê-lo, e recusar seu conhecimento é erguer uma ordem que esmaga vidas. A Escritura inteira, do Antigo ao Novo Testamento, repete o refrão de que a história é um caminho para “saber que eu sou o Senhor” (Êxodo 7:5; Êxodo 14:4) e culmina quando Jesus define a vida eterna como “conhecer a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). Faraó declara não conhecer, e por isso não obedece; Cristo dá-se a conhecer, e por isso convida a obedecer com alegria.
O pedido que inaugura o capítulo é simples e litúrgico: “Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto” (Êxodo 5:1). Não é um capricho religioso para aliviar a carga de trabalhadores; é a razão de ser da liberdade. A palavra hebraica para “servir” e “cultuar” é a mesma raiz ʿābad, e o substantivo ʿăbōdāh pode designar tanto o labor forçado quanto o serviço sagrado. O drama de Êxodo 5 está em qual ʿăbōdāh definirá Israel: a de Faraó, que consome, ou a do Senhor, que consagra. Quando Paulo exorta: “apresentai os vossos corpos como sacrifício vivo… que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1), o vocábulo que usa para culto deriva da mesma ideia de serviço, latreia (latreia), e a linha que une o clamor de Moisés à vida cristã aparece nítida: a verdadeira liberdade não é vagar sem jugo, mas ser ligado ao Senhor para adorá-lo.
Faraó responde com uma estratégia antiga como Babel: tornar o trabalho impossível e dar ao povo a impressão de que a fé é preguiça. “Vós os fazeis descansar de suas cargas” (Êxodo 5:5), diz ele, acusando Moisés e Arão de introduzir um repouso que ameaça a máquina. O verbo ecoa a raiz de šābat, “descansar”, na forma causativa: hišbît, “fazer repousar”. Em outras palavras, Faraó percebe intuitivamente que adoração e repouso pertencem juntos e que o Deus de Israel chama o povo não apenas a produzir, mas a parar de produzir para celebrar. O capítulo antecipa o mandamento do sábado e denuncia seu avesso: o ritmo de Deus santifica o tempo para alegria e justiça (Êxodo 20:8–11), enquanto o ritmo de Faraó esmaga com quotas insensatas. Quando Jesus chama os cansados: “Vinde a mim… e eu vos darei descanso” (Mateus 11:28–30), a promessa de anapausis (anapausis, “descanso”) soa como antídoto à lógica do Egito: o jugo de Cristo é leve porque é jugo de amor, e nele o trabalho volta a ser dom e não cativeiro.
O aumento da opressão revela um padrão recorrente na história da fé: antes do parto, vêm as dores; antes do êxodo, pesa o tijolo sem palha. Ordena-se que busquem palha espalhada e, ainda assim, mantenham a mesma cota de tijolos (Êxodo 5:7–8, 12–14). A memória bíblica conecta essa linguagem à soberba de Babel, onde se disse: “Façamos tijolos e queimemo-los bem” (Gênesis 11:3). Tijolos e cal são símbolos de uma civilização que pretende erguer segurança sem Deus, e em Egito o mesmo material constrói cidades-celeiro com carne humana. Êxodo 5 denuncia esse culto ao tijolo e recorda que o Senhor quer erguer um povo de pedra viva, não uma torre de tijolos queimados (1 Pedro 2:4–5). Mais adiante, o profeta lembrará que a opressão é inútil e autodestrutiva: “Ai dos que ajuntam casa a casa” quando o Senhor não edifica (Isaías 5:8; Salmos 127:1). No Novo Testamento, Jesus resiste à tentação de construir um reino com a matéria-prima do poder coercitivo e escolhe o caminho da cruz, ensinando que o templo de seu corpo seria levantado pelo Pai, não por tijolos de ambição (João 2:19–21).
Quando Faraó acusa o povo de ociosidade e chama a palavra de Deus de “mentira” (Êxodo 5:9), inaugura outra linha intertextual: o desprezo pelo “verbo” que liberta. Ele quer que os israelitas “se ocupem no serviço” para que “não deem atenção a palavras mentirosas”. O confronto é entre ʿăbōdāh infinita e palavra desacreditada. Mais tarde, Herodes e Pilatos zombarão da “palavra da cruz” como insensatez (Lucas 23:11; 1 Coríntios 1:18), e ainda assim a salvação virá por essa mesma palavra. Paulo dirá que “a fé vem pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Cristo” (Romanos 10:17). Em Êxodo 5, a tentativa de saturar o tempo com tarefas para impedir o povo de escutar é tão antiga quanto eficaz, e a resposta de Deus é insistir na prioridade da voz divina. Quando no monte o Senhor falar, os dez mandamentos começarão com memória e voz, não com cotas e tijolos (Êxodo 20:1–2).
A recusa de Faraó está também no seu “não conhecer” o Senhor (Êxodo 5:2), e a história do êxodo é o arco pelo qual Deus ensinará seu nome à força. No início do período dos juízes, ergue-se uma geração “que não conhecia o Senhor” (Juízes 2:10), e os filhos de Eli, “filhos de Belial”, também “não conheciam o Senhor” (1 Samuel 2:12). Em cada caso, o desconhecimento não é ignorância inocente; é rebeldia que recusa a memória de Deus. Em contraponto, o Evangelho de João é uma longa resposta a Faraó: Jesus “manifesta o nome do Pai” (João 17:6) e realiza sinais para que “creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus” (João 20:31). O conhecimento recusado em Êxodo 5 será oferecido com ternura no ministério de Jesus, que olha a multidão como ovelhas sem pastor e se dá a conhecer como o Bom Pastor (João 10:14).
A tríade de elementos que Moisés apresenta — “comemorar uma festa” (ḥāg), “fazer uma caminhada de três dias” e “oferecer sacrifícios” (Êxodo 5:1–3) — tece um tecido simbólico que a Escritura desdobra. A festa antecipa a Páscoa, que será memória, refeição e marcha (Êxodo 12). A jornada de três dias ressoa a lógica da promessa que passa pela morte e chega à vida no “terceiro dia” (Gênesis 22:4; Oseias 6:2) e encontra seu ápice no “sinal de Jonas”, com a estadia de três dias no ventre da terra (Mateus 12:40). O sacrifício aponta para a economia da expiação e do encontro, que atravessa o culto de Israel e desemboca na mesa pascal de Jesus, onde o Cordeiro interpreta o êxodo definitivo (Mateus 26:17–29). Faraó não percebe, mas o que ele chama de ociosidade é, na verdade, o esboço de uma Páscoa que reconfigurará o tempo.
A figura dos feitores (nōgĕśîm) que espancam os oficiais de Israel (Êxodo 5:14–16) expõe como a tirania terceiriza a violência e coloca irmãos a vigiar irmãos. Esses oficiais correm a Faraó para pedir justiça, em vez de clamar ao Senhor. É um retrato doloroso da alma cativa: busca aprovação do opressor e acusa o libertador. Quando saem de diante de Faraó e encontram Moisés e Arão, lançam sobre eles maldição: “O Senhor vos veja e vos julgue” (Êxodo 5:21). A cena antecipa a dinâmica do deserto, onde o povo murmurará “por causa do caminho” (Números 21:4–5), e projeta sombras até o Novo Testamento, quando os mensageiros do evangelho são acusados de “transtornar o mundo” (Atos 17:6). A bem-aventurança de Jesus paira sobre Moisés: “Bem-aventurados sois quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra vós por causa de mim” (Mateus 5:11–12). Deus consolida seus servos quando a incompreensão dos irmãos se torna mais cortante do que o látego dos feitores.
No coração do capítulo, a oração de Moisés se ergue sem verniz, toda verdade e perplexidade: “Senhor, por que fizeste mal a este povo? Por que me enviaste? Pois desde que fui a Faraó… este povo tem sido maltratado, e tu de modo nenhum libertaste o teu povo” (Êxodo 5:22–23). Essa oração tem a música dos salmos de lamento: “Até quando, Senhor?” (Salmos 13:1), e tem o timbre dos profetas que ousam contendar com Deus sem perder o respeito (Jeremias 12:1). No Novo Testamento, João Batista pergunta de dentro da prisão: “És tu aquele que havia de vir?” (Mateus 11:2–3), e Jesus responde não com reprimenda, mas com sinais e Escrituras. Deus não demoniza o desabafo de Moisés; ele o acolhe e, no capítulo seguinte, responde com a gramática da promessa, reinstalando o coração do servo no “Eu sou o Senhor” (Êxodo 6:1–8). Há uma pedagogia de Deus que passa por permitir que a noite escureça antes de nascer o dia, não por sadismo, mas para afiar a esperança.
A oposição entre o descanso que Deus quer e a rotina extenuante que Faraó impõe convida a ler Êxodo 5 também como crítica espiritual a toda cultura que rola como roda sem sabatizar. Quando Jesus defende Maria sentada aos seus pés contra a ansiedade de Marta (Lucas 10:38–42), não está desvalorizando o serviço, e sim resgatando sua ordem: ouvir precede fazer, presença precede produção. Faraó inverte essa ordem ao saturar o tempo do povo para que não “atenda à voz” que chama. O êxodo começa quando a voz volta a ocupar o centro. Em termos do coração, isso é conversão: sair de um calendário tomado por tarefas e entrar no tempo litúrgico que abre espaço para Deus.
Êxodo 5 também revela que a liberdade que Deus dá não é apenas de algo, mas para alguém. O refrão “deixa ir o meu povo… para que me sirva” (Êxodo 5:1) impede que tratemos a salvação como fuga e nos convida a tratá-la como casamento. O Novo Testamento desenha esse para-alguém na linguagem do Noivo e da Noiva (João 3:29; Efésios 5:25–27). A saída do Egito não é um movimento centrífugo de indivíduos rumo à autonomia; é a travessia de um corpo rumo à adoração. Essa é a razão pela qual o endurecimento de Faraó, mesmo sendo mistério, não é absurdo: se a liberdade é para culto, será sempre contestada por sistemas que se alimentam de corpos sem altar. Paulo, ao refletir sobre Faraó, insiste que, ainda na dureza, Deus revela sua glória e preserva um caminho para a misericórdia (Romanos 9:17–18), e essa glória, revelada no mar, resplandecerá também no madeiro, quando o Primogênito abrir passagem para muitos irmãos (João 19:34; Hebreus 2:10).
A menção insistente de Moisés ao “Deus dos hebreus” (Êxodo 5:3) recorda a história da promessa a Abraão e a necessidade de que o mensageiro esteja pessoalmente sob a aliança. O enigma sangrento da estalagem no fim de Êxodo 4 havia selado isso, e agora a missão exige continuidade: quem fala em nome do Deus da aliança não pode tratar culto como concessão administrativa. O pedido pelo “caminho de três dias” não é uma manobra política apenas; é um ato de fidelidade ao Deus que chama ao encontro (moʿēd). Por isso, quando os oficiais de Israel apelam a Faraó e recebem apenas mais dureza, a narrativa nos ajuda a discernir um movimento devocional: clamores dirigidos ao trono errado agravam o cativeiro; clamores dirigidos ao trono certo abrem o mar (Êxodo 2:23–25; Êxodo 14:10–14). Mais tarde, Pedro ensinará que “importa obedecer a Deus antes que aos homens” (Atos 5:29), não como espírito de rebeldia, mas como fidelidade à prioridade do culto.
O capítulo também põe em relevo a diferença entre o jugo que escraviza e o jugo que educa. Faraó chama a palavra de Deus de mentira e acusa de ociosidade quem a escuta; Jesus, em contraste, convida ao jugo “suave” porque nele se aprende de um Mestre “manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). A doçura do jugo de Cristo não anula a seriedade do discipulado; ela a torna possível, porque abastecida de presença. Deus havia dito a Moisés: “Eu estarei com a tua boca” (Êxodo 4:12), e no Novo Testamento a Igreja recebe promessa análoga: “não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós” (Mateus 10:19–20). No ambiente de hostilidade e quotas, a boca sustentada por Deus não se fecha.
Tudo converge para a última linha do capítulo, onde a pergunta de Moisés já citada fere como confissão e oração. Não há triunfo precoce em Êxodo 5, e isso é parte do seu dom devocional. A fé bíblica não falsifica relatórios; ela apresenta ao Senhor o tijolo sem palha, a ofensa dos irmãos, a caricatura do culto como preguiça, a sensação de tarefa impossível. E ali, no real não retocado, o Deus que prometeu libertar começa a ensinar ao seu servo que a demora pode ser o átrio da fidelidade. No Evangelho, os discípulos sentirão algo semelhante entre a sexta-feira do sangue e o domingo do jardim; a palavra que parecia “mentira” aos olhos do mundo ressuscitará visível (Lucas 24:21; João 20:19–20). O êxodo inscrito em Êxodo 5 é, por enquanto, só um traço na areia; mas é traço desenhado pelo dedo da promessa, e não há quota imposta que apague o que Deus escreve.
Ler Êxodo 5 à luz do Novo Testamento e do restante do Antigo é ouvir o mesmo diálogo em registros diferentes: Faraó pergunta “Quem é o Senhor?”, e Deus responde com libertação e culto; o mundo chama de ociosidade o descanso que Deus santifica, e Cristo convida ao descanso que dá sentido ao trabalho; o poder zomba da palavra, e a palavra se torna caminho; as mãos sangram no tijolo, e o Senhor forma com essas mãos um povo sacerdotal; os irmãos acusam, e os enviados aprendem a orar; a noite se adensa, e o “Eu sou o Senhor” prepara o alvorecer. Nesse espelho, a nossa própria vida se reconhece: entre quotas e altar, entre tarefas intermináveis e o chamado a uma festa no deserto, somos convocados a escolher qual ʿăbōdāh nos definirá. E é aqui que a linguagem do capítulo se torna oração: “Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa.” Que o coração receba o êxodo do medo, que a agenda receba o sábado da presença, que os lábios recebam a palavra mansa que não mente, e que, mesmo quando a palha faltar, a esperança não falte — porque o Deus que chama ao culto é o Deus que abre caminho, e a pergunta “Quem é o Senhor?” já está respondida na história pelo Cordeiro que nos conduz, não ao forno de tijolos, mas à mesa e ao cântico.
Comentário de Êxodo 5
Êxodo 5.2 Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel. Mais tarde, estas palavras arrogantes perseguiriam faraó (Êx 12.31,32). Na verdade, ele atribuiria grandeza a Deus e infâmia a si próprio e a seu povo (Êx 9.27). Mas antes disso acontecer, o rei do Egito acreditava ser ele próprio um deus. Ele certamente não sentia nenhuma necessidade de conhecer Aquele sobre quem Moisés e Arão lhe falavam. Triste para o faraó, pois ele nunca teria um encontro com o verdadeiro Deus vivo. Por esta razão, sua resposta foi: tampouco deixarei ir Israel, exatamente como o Senhor havia dito (Êx 3.19; 4.21-23). Note que o faraó ainda não tinha endurecido mais o seu coração (isto foi declarado em Êx 7.13). No próximo encontro, o rei do Egito endureceria seu coração firmemente. O primeiro encontro de Moisés com o faraó revela o problema principal deste que faria com que ele endurecesse o coração: não conheço o Senhor.
Êxodo 5.3 As primeiras palavras de Moisés e Arão [na verdade uma petição] (v. 1) foram substituídas por uma exigência: deixa-nos agora [...] para que ofereçamos sacrifícios ao Senhor e ele não venha sobre nós com pestilência ou com espada. Os israelitas tinham de obedecer a seu Deus.
Êxodo 5.4-9 Para punir o atrevimento de Moisés e Arão, o faraó impôs cargas extras ainda mais severas aos trabalhadores hebreus, que precisariam, agora, ir buscar a palha para reforçar os tijolos que estavam fazendo. Eles teriam de ajuntar a palha nas horas em que não estivessem trabalhando. Até então, os egípcios forneciam o material para eles. Faraó usou uma desculpa conveniente: os hebreus tinham tempo ocioso, por isto estavam pensando em ir ao deserto para adorar o seu Deus.
Êxodo 5.10-19 Então, saíram os exatores do povo, e seus oficiais, e falaram ao povo (v. 10). Os oficiais, em hebraico shoterim, eram oficiais subordinados. Em algumas versões bíblicas, em vez de exatores e seus oficiais, consta feitores e capatazes [NVI]. Pelo que se foram os oficiais dos filhos de Israel e clamaram a Faraó, dizendo: Por que fazes assim a teus servos? (v. 15) Os oficiais hebreus dos grupos de trabalho compreensivelmente se manifestaram a respeito das novas regras das tarefas. Faraó repetiu a desculpa que dera no versículo 8: Vós sois ociosos; vós sois ociosos; por isso, dizeis: Vamos, sacrifiquemos ao Senhor (v. 17). E ordenou que continuassem a cobrar dos escravos a mesma quantidade de tijolos. Os maiorais hebreus ficaram em uma situação delicada.
Êxodo 5.20, 21 Os oficiais dos filhos de Israel despejaram seu ódio em Moisés e Arão. Certamente suas palavras — o Senhor atente sobre vós e julgue isso, porquanto fizestes o nosso cheiro repelente diante de Faraó — eram penosas. Eles acharam que a conversa que Moisés e Arão tiveram com o faraó não serviu para nada, além de atrair a ira do faraó.
Êxodo 5.22-6.1 Bastante perturbado com as consequências de seu primeiro encontro com faraó, Moisés se queixa com o Senhor.
Êxodo 5.22 Senhor! Por que fizeste mal a este povo? Por que me enviaste? Mesmo sendo impróprias, estas palavras são frequentes na experiência do povo de Deus. As pessoas geralmente pensam que, após elas exercerem a sua fé no Senhor, sua vida será marcada apenas por bênçãos. Quando os problemas chegam, elas inevitavelmente reclamam com o Senhor: “Deus, por quê?” Claramente há uma impropriedade nessas palavras de Moisés. Se Deus é o Senhor, Seus meios não deveriam ser questionados por Seus servos. As duras acusações dos oficiais hebreus o perturbaram profundamente, o que impulsionou Moisés a reclamar com Deus: Por que me enviaste? Este questionamento faz referência à relutância inicial de Moisés de ser o agente de libertação do Senhor (Êx 4.10-17).
Êxodo 5.23 Porque, desde que entrei a Faraó para falar em teu nome, ele maltratou a este povo... Aparentemente Moisés esperava que faraó mudasse logo de ideia assim que ouvisse o porta-voz de Deus falar em nome de Yahweh (Êx 3.14, 15; 5.1). Todavia, Moisés esqueceu que Deus avisou que o rei do Egito faria o oposto (Êx 3.19; 4-21).
Índice: Êxodo 1 Êxodo 2 Êxodo 3 Êxodo 4 Êxodo 5 Êxodo 6 Êxodo 7 Êxodo 8 Êxodo 9 Êxodo 10 Êxodo 11 Êxodo 12 Êxodo 13 Êxodo 14 Êxodo 15 Êxodo 16 Êxodo 17 Êxodo 18 Êxodo 19 Êxodo 20 Êxodo 21 Êxodo 22 Êxodo 23 Êxodo 24 Êxodo 25 Êxodo 26 Êxodo 27 Êxodo 28 Êxodo 29 Êxodo 30 Êxodo 31 Êxodo 32 Êxodo 33 Êxodo 34 Êxodo 35 Êxodo 36 Êxodo 37 Êxodo 38 Êxodo 39 Êxodo 40