Explicação de Êxodo 5

Êxodo 5

5:1 Em 3:18 Deus disse a Moisés para levar os anciãos quando ele fosse diante de Faraó. Nesse meio tempo, o Senhor havia designado Arão como porta-voz de Moisés (4:14-16). Então Arão foi com Moisés no lugar dos anciãos. A mensagem do Senhor foi inequívoca: “Deixe meu povo ir”.

5:2–14 Quando Moisés e Arão entregaram seu primeiro ultimato ao Faraó, ele os acusou de distrair o povo de seu trabalho. Além disso, ele mudou a carga de trabalho insistindo que, a partir de agora, eles teriam que coletar sua própria palha para fazer tijolos, mas produzir a mesma cota de antes. Faraó estava tornando uma situação impossível para os judeus, lembrando o tratamento nazista dos judeus nos campos de concentração. Eles tiveram que percorrer toda a terra do Egito para recolher restolho em vez de palha. O texto hebraico indica o desprezo com que essas pessoas reprimidas foram tratadas. Cole ressalta que o restolho é um substituto ruim para a palha, pois é áspero e irregular. (Cole, Exodus, p. 82.)

5:15–23 Até agora a palha havia sido fornecida aos israelitas. Foi usado para reforçar os tijolos e evitar que grudem nas formas em que foram feitos. Quando os capatazes judeus foram espancados, eles protestaram contra o faraó, mas não receberam consideração. Então eles culparam Moisés e Arão, e Moisés, por sua vez, culpou o Senhor. A oposição de dentro das fileiras do povo de Deus é muitas vezes mais difícil de suportar do que a perseguição de fora.

5.2 Não conheço. Ignorância da pessoa de Deus, e desprezo das suas exigências, são a raiz da pecaminosidade humana.

5.5 Vós o distrais. Assim muitos consideram o culto religioso como o ódio do povo, que produz muitos sonhos, mas tira a vitalidade para o trabalho, ou para a subversão. • N. Hom. Deus deseja dar liberdade aos seres humanos, sendo que é só assim que começam a ser humanos, mesmo. O mundo, ao redor, tem várias forças malignas para tirar a liberdade, como no caso do Faraó, que compensou os anseios religiosos dos israelitas com escravidão redobrada. Assim também acontece muitas vezes quando Cristo oferece libertação às pessoas escravizadas pelo pecado. Há uma tentativa do Diabo para com força redobrada segurar os seus cativos.

5.14 A ideia era a de fazer voltar o simples homem do povo contra os seus próprios lideres e benfeitores, atribuindo a eles a causa da perseguição. Assim, às vezes, Deus permite ao ser humano ser reduzido até os últimos graus da miséria para aprender a recorrer ao seu Criador.

5.17 Estais ociosos. Uma resposta injusta a uma queixa cortês e construtiva. Ociosos eles não eram, já que as obras das suas mãos podem ser vistas no Egito até o dia de hoje. O pagão acha que o culto divino, o sacrifício de louvor, é uma perda de tempo, ao qual o crente responde que são estas horas que tomam as demais horas da vida significativas e construtivas (Sl 127).

5.21 Olhe o Senhor. O plano de Faraó venceu - a própria religião da libertação passa a ser desprezada pelos escravos, que ficam assim desprovidos de sua única esperança.

5.22 Tornando-se ao Senhor. Quando tudo parece estar perdido, vemos que Moisés já tinha aprendido a recorrer à fonte de toda bênção. Perplexo sobre o aparente mau êxito da sua vocação, vê que só aquele que o vocacionou deve ser consultado.

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